UMA ANALOGIA A ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Uma analogia Ao livro ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA ,de José Saramago,1995.

Quer fazer ginástica mental? Quer fazer seus neurônios fervilharem e o coração bater forte? Leia José Saramago. Neste romance de 288 páginas, o autor mexe com as essências mais recônditas do ser humano. Quando a cegueira terminou paulatinamente, assim como veio esse mesmo mal, o narrador de Saramago nos relata que as pessoas ex-cegas, porque antes eram apenas cegos, sem nome, olham a cidade de lá de cima e então elas gritavam e cantavam.

Assim nos veremos brevemente, louvando, agradecendo, pela oportunidade de recomeçarmos os nossos afazeres a partir do que sobrará, pelo que chegará e também pelo que já se fora. O que sobrará precisa ser refletido com os olhos da alma focados no outro, para o outro e igualmente vindo do outro, pois só assim, nos veremos a nós mesmos por completo, por fora e por dentro, porque nos conhecer a nós mesmos, pensamos que já nos conhecemos.

O que sobrará precisa ser reconduzido, e reconstruído com materiais de ternura, de compreensão, de gratidão e de perdão a nós mesmos e aos outros. O conhecimento, a entrega e a percepção daquilo que melhor sabemos fazer, com o nosso melhor sorriso, com o nosso melhor pensamento também precisa ser repensado para a pobrezinha da nossa casa. Somos cegos que vendo, não queremos ver o que está acontecendo com ela que, em completo desespero e sofrimento, nos sufoca, nos aperta para que consigamos enxergar de verdade.

É preciso ver e enxergar no sentido mais amplo e completo, para percebermos e recomeçarmos positivamente diferente. Sair da caverna é pavoroso, mas é igualmente curativo e restaurador. Vamos sair todos juntos para junuar os caquinhos das sobras e avançarmos para um novo recomeço sendo melhores. Sigamos mudando o que precisa ser mudado e tudo vai dar certo. Sigamos!

Edneuda Pinto, agosto de 2020.

Claraliz Almodova
Enviado por Claraliz Almodova em 16/09/2020
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