Vidas roubadas

Resenha

Livro: Vidas Roubadas

Autora: Ana Cláudia Esquiávo

Editora: Editorial Eco Literário

Estamos diante de um suspense em que vamos conhecer a história de vida de duas mulheres: Joana e Alexia. Joana é uma renomada estilista brasileira que superou inúmeros obstáculos e dramas pessoais para chegar aonde chegou. Após a morte do pai, que tanto a amava, ela já não se sentia tão bem e seu relacionamento com a mãe e a irmã não era um dos melhores. Sua grande desventura foi ter sido presa por um crime que não cometeu e sofreu bastante na cadeia, porém foi lá que teve a oportunidade de mostrar seu talento e ter um novo sentido na vida. Entretanto, as marcas deixadas pela prisão ainda atormentam sua alma.

Alexia é uma grande jornalista investigativa que ama sua profissão e já ganhou vários prêmios, servindo de exemplo e inspiração para seus colegas. É uma mulher determinada, inteligente e comprometida com aquilo que acredita. Entretanto, teve que se afastar de suas matérias, pois sofreu alguns atentados após investigar o tráfico infantil em sua cidade. Alguns dramas pessoais a perseguem e ela tenta superá-los da melhor maneira. A editora do jornal a transferiu para a coluna de moda e durante uma entrevista ela conhece Joana. A partir daí, elas se conhecem melhor e Alexia vê na história de vida da estilista uma oportunidade de fazer algo que vá além de desfiles e desenhos de roupas.

A duas mulheres irão viver uma grande aventura que, além de perigosa, irá mudar mais uma vez a vida de ambas. O livro é disposto em capítulos curtos e que prendem a atenção do leitor. No início, as duas personagens principais contam a história e a narrativa é em primeira pessoa. Algumas lacunas vão surgindo durante a narrativa e esse revezamento inicial não continua. Portanto, em alguns momentos a narrativa não é linear.

A ação é bastante recorrente e deixa a leitura com fluidez; as lacunas são preenchidas aos poucos, mas para o leitor perspicaz elas não serão novidades, pois há pistas na obra que permitem uma prévia do desfecho. A obra trata do tráfico infantil de maneira sensível e com empatia. Os personagens são bastante humanos e têm seus dramas para vencer. O fim da obra é previsível, mas muito bom. Uma leitura diferente e que pode ser feita de maneira bem rápida.