As crônicas do tuaregue
AS CRÔNICAS DO TUAREGUE
Miguel Carqueija
Resenha do livro de crônicas “O tuaregue”, por Jair Cordeiro Lopes. Letra Editorial, Florianópolis-SC, 2015. Prefácio anônimo (?)
Os livros de crônicas desse autor são de fácil leitura por causa da leveza de estilo e variedade de assuntos, apesar de que o autor poderia alinhavar melhor as suas redações. Devo dizer que não concordo com muitas das ideias defendidas pelo Jair, especialmente em assuntos de religião e direito à vida. Por exemplo, ele parece não conhecer a exegese bíblica desenvolvida pela Igreja Católica e que é estudo assaz sério, que inclui mesmo pesquisa arqueológica. Coloca Igreja Católica com iniciais minúsculas, olvidando que se trata do nome da instituição, a palavra “igreja” grafa-se com inicial minúscula quando se refere a algum templo católico ou ortodoxo, aí é substantivo comum. Ele também exagera e muito o número de vítimas da Inquisição. Todavia, reconhece a existência da Inquisição Protestante.
A afirmação à página 334, de que após o fim do universo o tempo continuará a existir junto com o vácuo absoluto não tem o menor fundamento. O tempo só tem existência junto com o espaço, a matéria, a energia e os eventos. Sem o universo não existe tempo, mas a Eternidade onde Deus reside.
A crônica “Leite nosso de cada dia”, à página 97, é valioso e, para tranquilizar o autor, esclareço que já não consumo leite nem de saco nem de caixa, mas somente leite em pó. E eu lembro que, em criança, o leite era de garrafa e entregue a domicílio. E provavelmente era melhor que o atual.
Na página 51, a crônica “As mais belas flores do planeta” entra na saudável paixão do Jair pelas orquídeas e presta excelentes informações.
Ele também é justo ao falar nas atrocidades do comunismo e do nazismo, inclusive ao lembrar algo de que se fala pouco: o triste destino dos soldados soviéticos prisioneiros dos alemães e libertados no fim da guerra. De volta à “pátria” foram encarcerados em campos de concentração. Ser capturado pelo inimigo era crime...
Enfim, um livro com altos e baixos mas com algumas informações úteis.
Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2020.
AS CRÔNICAS DO TUAREGUE
Miguel Carqueija
Resenha do livro de crônicas “O tuaregue”, por Jair Cordeiro Lopes. Letra Editorial, Florianópolis-SC, 2015. Prefácio anônimo (?)
Os livros de crônicas desse autor são de fácil leitura por causa da leveza de estilo e variedade de assuntos, apesar de que o autor poderia alinhavar melhor as suas redações. Devo dizer que não concordo com muitas das ideias defendidas pelo Jair, especialmente em assuntos de religião e direito à vida. Por exemplo, ele parece não conhecer a exegese bíblica desenvolvida pela Igreja Católica e que é estudo assaz sério, que inclui mesmo pesquisa arqueológica. Coloca Igreja Católica com iniciais minúsculas, olvidando que se trata do nome da instituição, a palavra “igreja” grafa-se com inicial minúscula quando se refere a algum templo católico ou ortodoxo, aí é substantivo comum. Ele também exagera e muito o número de vítimas da Inquisição. Todavia, reconhece a existência da Inquisição Protestante.
A afirmação à página 334, de que após o fim do universo o tempo continuará a existir junto com o vácuo absoluto não tem o menor fundamento. O tempo só tem existência junto com o espaço, a matéria, a energia e os eventos. Sem o universo não existe tempo, mas a Eternidade onde Deus reside.
A crônica “Leite nosso de cada dia”, à página 97, é valioso e, para tranquilizar o autor, esclareço que já não consumo leite nem de saco nem de caixa, mas somente leite em pó. E eu lembro que, em criança, o leite era de garrafa e entregue a domicílio. E provavelmente era melhor que o atual.
Na página 51, a crônica “As mais belas flores do planeta” entra na saudável paixão do Jair pelas orquídeas e presta excelentes informações.
Ele também é justo ao falar nas atrocidades do comunismo e do nazismo, inclusive ao lembrar algo de que se fala pouco: o triste destino dos soldados soviéticos prisioneiros dos alemães e libertados no fim da guerra. De volta à “pátria” foram encarcerados em campos de concentração. Ser capturado pelo inimigo era crime...
Enfim, um livro com altos e baixos mas com algumas informações úteis.
Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2020.