Plácido de Castro na visão de Francisco Marins
PLÁCIDO DE CASTRO NA VISÃO DE FRANCISCO MARINS
Miguel Carqueija
Resenha do livro “Território de bravos”, de Francisco Marins. Edições Melhoramentos, São Paulo-SP, Série Taquara-Póca volume VI, 9ª edição, agosto de 1969. Ilustrações de Oswaldo Storni.
Excelente livro sobre a história verdadeira de Plácido de Castro, o caudilho gaúcho que lutou no Acre para expulsar os bolivianos e incorporar ao Brasil aquele território por desbravar.
Marins, cuja habilidosa escrita é apropriadíssima para o público infanto-juvenil, reveza a narrativa entre a fazenda de Taquara-Póca e seus personagens, e a história de Plácido de Castro narrada pelo Professor Justino às crianças locais.
É claro, a história é vista por um prisma brasileiro e favorável à posição brasileira, o que provavelmente não combina com o que é contado na Bolívia. Além disso Plácido de Castro teve seus problemas com as autoridades brasileiras e acabou sendo assassinado. O autor não dá notícia sobre o destino da mãe e da noiva de Plácido, que ficaram no Rio Grande do Sul.
No início do conflito Plácido não pôde tomar parte por estar atacado de uma daquelas febres amazônicas. Depois, recuperado, tratou de liderar a rebelião contra o domínio boliviano.
“E sua presença realiza um milagre. As tropas já indiferentes e meio amotinadas impressionam-se com a atitude enérgica do bravo comandante, e colocam-se a seu dispor.”
Valem a pena esses conflitos de disputa das terras, com derramamento de sangue? Mesmo assim o livro é empolgante e recomendado ao público juvenil, pelo texto escorreito, as informações históricas e a nobreza de linguagem, sem detalhes chocantes.
Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2020.
PLÁCIDO DE CASTRO NA VISÃO DE FRANCISCO MARINS
Miguel Carqueija
Resenha do livro “Território de bravos”, de Francisco Marins. Edições Melhoramentos, São Paulo-SP, Série Taquara-Póca volume VI, 9ª edição, agosto de 1969. Ilustrações de Oswaldo Storni.
Excelente livro sobre a história verdadeira de Plácido de Castro, o caudilho gaúcho que lutou no Acre para expulsar os bolivianos e incorporar ao Brasil aquele território por desbravar.
Marins, cuja habilidosa escrita é apropriadíssima para o público infanto-juvenil, reveza a narrativa entre a fazenda de Taquara-Póca e seus personagens, e a história de Plácido de Castro narrada pelo Professor Justino às crianças locais.
É claro, a história é vista por um prisma brasileiro e favorável à posição brasileira, o que provavelmente não combina com o que é contado na Bolívia. Além disso Plácido de Castro teve seus problemas com as autoridades brasileiras e acabou sendo assassinado. O autor não dá notícia sobre o destino da mãe e da noiva de Plácido, que ficaram no Rio Grande do Sul.
No início do conflito Plácido não pôde tomar parte por estar atacado de uma daquelas febres amazônicas. Depois, recuperado, tratou de liderar a rebelião contra o domínio boliviano.
“E sua presença realiza um milagre. As tropas já indiferentes e meio amotinadas impressionam-se com a atitude enérgica do bravo comandante, e colocam-se a seu dispor.”
Valem a pena esses conflitos de disputa das terras, com derramamento de sangue? Mesmo assim o livro é empolgante e recomendado ao público juvenil, pelo texto escorreito, as informações históricas e a nobreza de linguagem, sem detalhes chocantes.
Rio de Janeiro, 12 de fevereiro de 2020.