RESENHA - Subordinação e Coordenação

RESENHA

CARONE, Flávia de Barros. Subordinação e Coordenação: confrontos e contrastes. São Paulo: Ática, 2001.

Flávia de Barros Carone é uma importante estudiosa do ramo da linguística. Professora da Universidade de São Paulo, doutora em Letras e pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, Carone é autora de diversos livros, dentre eles: Subordinação e Coordenação: confrontos e contrates, no qual desenvolve reflexões críticas e disposições gerais acerca dos processos linguísticos da língua portuguesa.

Seu livro foi produzido no Brasil, estado de São Paulo, e é resenhado segundo a 6ª edição, do ano de 2001. Seu todo é composto por um total de oitenta e seis páginas, divididos em sete capítulos, que são, respectivamente: No país do espelho; Um pouco de teoria; Subordinação e Coordenação; Articulação de orações: problema gramatical ou lógico?; Algumas conclusões inocentes e outras nem tanto; Vocabulário crítico; Bibliografia comentada.

Os dois primeiros capítulos são destinados às teorias e conceitos básicos relativos à sintaxe. No primeiro, há uma breve teorização mediante os personagens de Carroll, que discutem o aspecto gramatical das palavras. Com isso, a autora procura inaugurar os estudos sintáticos por meio do questionamento levantado ao final do capítulo: como distinguir as conjunções?. Seguidamente, Carone adentra o segundo capítulo levantando conceitos substanciais para o entendimento do sistema linguístico, abordando função e functivos, catálise e homogeneidade.

O terceiro capítulo destina-se a distinguir, conceitualizar e exemplificar os processos de subordinação e coordenação. Nele, os estudos acerca das relações linguísticas se dão mais profundamente, com a exposição de eventuais semelhanças e diferenças entre as duas, baseadas em discussões teóricas, e a elucidação entre as denominações “termo” e “oração”.

No quarto capítulo, esquadrinhando um percurso da subordinação para a coordenação, Carone apresenta de que forma a relação entre as orações coordenadas e subordinadas acontece, expondo também o ponto de vista de outros teóricos, e termina sua argumentação alertando para o cuidado que se deve ter na aplicabilidade da coordenação.

O quinto capítulo é reservado às ponderações finais de Flávia, que retoma alguns conceitos e encerra sua linha de raciocínio deixando um questionamento em aberto: seria a coordenação sempre uma imagem espelhada da subordinação?. Após isso, conclui-se que, por mais requintado e complexo seja seu pensamento, o falante deve fazer uso dos inúmeros mecanismos sintáticos da língua, para que haja logicidade discursiva em sua forma de se expressar.

Diante dessas informações, depreende-se a magnitude deste livro de Flávia Carone, tanto para estudiosos da área de linguística quanto para os demais que desejem adentrar, ou conhecer de forma aprofundada, os arranjos sintáticos da língua portuguesa, mediante as conjunções subordinadas e coordenadas. Tal como exposto, a autora promove reflexões críticas de forma clara e objetiva ao longo de toda sua obra. Por essa razão, somos capazes de compreender diversas teorias no que diz respeito à estrutura da sintaxe.