O sapo que queria ser príncipe
“Sou um homem: nada do que é humano me alheio.”
Romano. Terence, Heaut. Tim.
“Não diga a si mesmo: ‘Eu não deveria ter que fazer isso para me motivar.’ O que você sabe sobre si mesmo? Você é, por um lado, a cosa mais complexa do universo inteiro e, por outro, alguém que não consegue nem mesmo ajustar o relógio do seu micro-ondas. Não superestime seu autoconhecimento.”
A frase que citei acima é do Jordan B. Peterson, Jordan não é tão diferente assim de Rubem Alves, do que de mim ou você. São homens que ousam pensar e, homens que pensam são dados como estranhos e, tudo que nos é estranho, nos é desconhecido e o que é desconhecido, aumenta a nossa curiosidade; um espírito curioso estará sempre avido a aprender.
Alguém que usa de suas memórias para endossar uma filosofia, que parte da reflexão da própria vida, é alguém que merece respeito e, Rubem Alves faz isso com maestria, no livro “O Sapo que queria ser príncipe”, onde narra experiências da infância ( de forma poética ) que tiveram grande relevância na sua posteridade. O ponto central do livro parte do questionamento inadequado daquilo que todos julgam ter certeza, usando como primazia a dúvida, princípio elementar da filosofia; Rubem nos incitar a criticar e por fim determinar.
Sem esquecer de suas raízes teológicas, faz várias referências aos dogmas eclesiásticos e as doutrinas protestantes, com certeza levou a cabo a passagem de Jó 40: 2 “Será que alguém que usa de censuras poderá discutir com o Todo-Poderoso?” sem usar de censuras “O sapo que queria ser príncipe” é um livro de autoconhecimento, das descobertas de uma criança ( o próprio autor ) e seu lugar no mundo que, de forma empírica nos faz emergir na nossa própria realidade e no mundo que nos cerca.
Rubem Alves faleceu em 19 de julho de 2014, mas ainda vive mesmo após de sua morte, através de seus livros; “O Sapo que queria ser príncipe” é uma ótima recomendação de livro, é uma leitura indispensável para todo bom leitor.