Chesterton: o mistério anárquico
CHESTERTON: O MISTÉRIO ANÁRQUICO
Miguel Carqueija
Resenha do romance “O homem que foi Quinta-Feira (um pesadelo)”, de G.K. Chesterton. Título do original inglês: “The man who was Thusday (a nightmare)”, copyright 1937 by Penguin Book Limited. Tradução: José Laureano de Mello. Círculo do Livro, São Paulo-SP, 1976.
Chesterton, criador do detetive Padre Brown, é um dos mais populares romancistas britânicos da primeira metade do século passado. Baluarte do Catolicismo, amigo de Hillaire Belloc, era dono de um estilo seguro e elegante.
Este curioso romance, originalíssimo, parece passar-se no plano natural, como uma novela policial, focalizando uma luta entre policiais ingleses e anarquistas. Todavia é um romance surreal, onde as coisas nunca são o que parecem, e acaba adquirindo ares verdadeiramente sobrenaturais.
É de fato um romance alegórico.
Syme, o personagem principal, é um detetive especial convocado para combater os dinamitadores anarquistas. É uma época anterior à Primeira Guerra Mundial, ainda se fala no Czar. Syme acaba entrando numa espécie de desafio com o anarquista Gregory. Outros personagens, cada um mais esquisito que o outro, vão surgindo, com destaque para Domingo, um gigante assustador mas cujas verdadeiras intenção e natureza só no final serão mais ou menos reveladas.
A história envolve, hipnotiza, as peças vão se encaixando aos poucos, só um grande escritor produziria um livro como esse.
Rio de Janeiro, 11 de março de 2020.
CHESTERTON: O MISTÉRIO ANÁRQUICO
Miguel Carqueija
Resenha do romance “O homem que foi Quinta-Feira (um pesadelo)”, de G.K. Chesterton. Título do original inglês: “The man who was Thusday (a nightmare)”, copyright 1937 by Penguin Book Limited. Tradução: José Laureano de Mello. Círculo do Livro, São Paulo-SP, 1976.
Chesterton, criador do detetive Padre Brown, é um dos mais populares romancistas britânicos da primeira metade do século passado. Baluarte do Catolicismo, amigo de Hillaire Belloc, era dono de um estilo seguro e elegante.
Este curioso romance, originalíssimo, parece passar-se no plano natural, como uma novela policial, focalizando uma luta entre policiais ingleses e anarquistas. Todavia é um romance surreal, onde as coisas nunca são o que parecem, e acaba adquirindo ares verdadeiramente sobrenaturais.
É de fato um romance alegórico.
Syme, o personagem principal, é um detetive especial convocado para combater os dinamitadores anarquistas. É uma época anterior à Primeira Guerra Mundial, ainda se fala no Czar. Syme acaba entrando numa espécie de desafio com o anarquista Gregory. Outros personagens, cada um mais esquisito que o outro, vão surgindo, com destaque para Domingo, um gigante assustador mas cujas verdadeiras intenção e natureza só no final serão mais ou menos reveladas.
A história envolve, hipnotiza, as peças vão se encaixando aos poucos, só um grande escritor produziria um livro como esse.
Rio de Janeiro, 11 de março de 2020.