O zumbido do invasor

O ZUMBIDO DO INVASOR
Miguel Carqueija

Resenha do romance de ficção científica “Vuzz...”, por P.A. Hourey (título idêntico ao do original francês). Editora Livros do Brasil, sem data. Coleção Argonauta 49. Tradução de Mário Henrique Leiria. Capa de Lima de Freitas.

Esta é uma ficção científica no estilo clássico, sem as tortuosidades que vieram se impondo nas últimas décadas. O tema básico é muito conhecido: a chegada à Terra de uma inesperada ameaça cósmica. É uma história envolvente de terror humano diante da ameaça de aniquilação total da raça humana. A narração é aliciante e o final desconcertante, dificilmente esquecível.
O romance deve ter sido escrito na década de 1950 ou até antes. Eis o que diz na contra-capa:
“No mês de julho de 1980, Paria é sacudida por uma espécie de tremor de terra. A Torre Eiffel inclina-se como a Torre de Pisa e o Arco do Triunfo abate. Que se teria passado?
Um enorme meteoro chocara com a Terra.
Mas o mais assustador são as propriedades desse meteoro. Quando um homem se aproxima dele, emite um som: “Vuzz...” e uma marca negra aparece no rosto da vítima. Depressa a morte se manifesta... e é a epidemia. Será o fim da espécie humana?
Mas o cientista Noel Nayen e o jornalista Morfil declaram guerra ao Vuzz...”
São poucos os personagens além desses dois, com destaque para o Professor Thelme, Hélene Rocha (também cientista) e Vincendon, repórter colega de Jacques Morfil, ambos do jornal Paris Jour. A novela descortina um cenário apocalíptico em Paris e seus arredores, com uma doença incurável trazida pelo meteoro e que reduz as forças das pessoas até levá-las à impotência total. Também os animais são atingidos. Há certas suspeitas de que o gás que escapa da rocha meteórica possui algum tipo de inteligência e propósito.
Esta é uma história tensa e original, que eu recomendo aos fãs de ficção científica.

Rio de Janeiro, 15 de julho de 2017.