Um estudo crítico sobre a televisão
UM ESTUDO CRÍTICO SOBRE A TELEVISÃO
Miguel Carqueija
Resenha do opúsculo “TV: uma “escola” mas de que?” (“os efeitos da tv no aproveitamento escolar”), pela Comissão de Estudos de “O Amanhã de Nossos Filhos”, São Paulo-SP, 1993, Coleção Tudo sobre a TV, fascículo I. Prefácio do Professor Samuel Pfromm Netto.
Esta pequena obra de aproximadamente 30 páginas representou, na época, um enérgico grito de alerta contra esta verdadeira calamidade pública em que a mídia televisiva se tornou. A má qualidade da programação — inclusive no aspecto moral — representa péssima influência sobre as crianças e adolescentes.
Os subtítulos refletem bem a seriedade da obra. Eis alguns: “TV e sua influência no universo infantil”; “Os ritmos da TV e a demolição da psique infantil em curso”; “Supervelocidade da TV”; “A supervelocidade lesa a mente da criança”; “TV e destruição do senso crítico”; “TV, uma escola de imbecilização e analfabetismo funcional”; “Impacto negativo das cenas eróticas e violentas”; “Perda do hábito da leitura “ etc.
E nem se diga que são tolices. O estudo se fundamenta na posição de pessoas eminentes. Veja-se o que diz o Dr. Guy Verneil, especialista francês em ritmos escolares:
“Primeiro problema: o cansaço. A TV aparece a esse propósito como a inimiga da escola: ela desvia os alunos do trabalho escolar, diminuindo-lhes o sono noturno, tornando-as sonolentas e desatentas durante as aulas. Ela é um obstáculo ao aprendizado da leitura.”
O Professor Manuel Rufo acrescenta:
“O fracasso escolar, a falta de concentração, as dificuldades de memorização, a agitação das crianças estão diretamente proporcionadas ao tempo que elas passam diante do vídeo. É bem evidente que disso resulta um déficit de sono, com múltiplas reações em cadeia... além de se tornarem agitadíssimas na escola e padecerem de insônia.”
E sobre a presença de televisores nos quartos das crianças diz o Professor Salomão Chaib:
“É um crime contra o cérebro e a saúde mental. Além de roubar preciosos momentos de repouso, adormece-se levando no subconsciente mensagens subliminares de dramas tenebrosos (sic), de emoções negativas que continuam pelo sono adentro através de sonhos agitados, gerando assim crianças nervosas e de pouco rendimento escolar.”
De lá para cá a situação só piorou com as novas mídias: internet, celular de múltiplos recursos, redes sociais. Os pais precisam ser menos omissos e disciplinar o uso das mídias. Todas essas invenções são maravilhosas, mas não nos devemos escravizar a elas.
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2019.
UM ESTUDO CRÍTICO SOBRE A TELEVISÃO
Miguel Carqueija
Resenha do opúsculo “TV: uma “escola” mas de que?” (“os efeitos da tv no aproveitamento escolar”), pela Comissão de Estudos de “O Amanhã de Nossos Filhos”, São Paulo-SP, 1993, Coleção Tudo sobre a TV, fascículo I. Prefácio do Professor Samuel Pfromm Netto.
Esta pequena obra de aproximadamente 30 páginas representou, na época, um enérgico grito de alerta contra esta verdadeira calamidade pública em que a mídia televisiva se tornou. A má qualidade da programação — inclusive no aspecto moral — representa péssima influência sobre as crianças e adolescentes.
Os subtítulos refletem bem a seriedade da obra. Eis alguns: “TV e sua influência no universo infantil”; “Os ritmos da TV e a demolição da psique infantil em curso”; “Supervelocidade da TV”; “A supervelocidade lesa a mente da criança”; “TV e destruição do senso crítico”; “TV, uma escola de imbecilização e analfabetismo funcional”; “Impacto negativo das cenas eróticas e violentas”; “Perda do hábito da leitura “ etc.
E nem se diga que são tolices. O estudo se fundamenta na posição de pessoas eminentes. Veja-se o que diz o Dr. Guy Verneil, especialista francês em ritmos escolares:
“Primeiro problema: o cansaço. A TV aparece a esse propósito como a inimiga da escola: ela desvia os alunos do trabalho escolar, diminuindo-lhes o sono noturno, tornando-as sonolentas e desatentas durante as aulas. Ela é um obstáculo ao aprendizado da leitura.”
O Professor Manuel Rufo acrescenta:
“O fracasso escolar, a falta de concentração, as dificuldades de memorização, a agitação das crianças estão diretamente proporcionadas ao tempo que elas passam diante do vídeo. É bem evidente que disso resulta um déficit de sono, com múltiplas reações em cadeia... além de se tornarem agitadíssimas na escola e padecerem de insônia.”
E sobre a presença de televisores nos quartos das crianças diz o Professor Salomão Chaib:
“É um crime contra o cérebro e a saúde mental. Além de roubar preciosos momentos de repouso, adormece-se levando no subconsciente mensagens subliminares de dramas tenebrosos (sic), de emoções negativas que continuam pelo sono adentro através de sonhos agitados, gerando assim crianças nervosas e de pouco rendimento escolar.”
De lá para cá a situação só piorou com as novas mídias: internet, celular de múltiplos recursos, redes sociais. Os pais precisam ser menos omissos e disciplinar o uso das mídias. Todas essas invenções são maravilhosas, mas não nos devemos escravizar a elas.
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2019.