NEW CRITISM Teixeira, Ivan. New Critism. Fortuna Crítica 3. Artigo. Editora Cult,
NEW CRITISM Teixeira, Ivan. New Critism. Fortuna Crítica 3. Artigo. Editora Cult, set/1998. Ivan Prado Teixeira (1950-2013). Ivan Teixeira é professor de do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP, co-autor do material didático do Anglo Vestibulares de São Paulo (onde lecionou literatura brasileira durante mais de 20 anos) e autor de Apresentação Machado de Assis (Martins Fontes) e Mecenato pombalino e poesia neoclássica (a sair pela Edusp). Tem se dedicado a edições comentadas de clássicos – entre eles as Obras poéticas de Basílio da Gama(Edusp) e Poesias de Olavo Bilac (Martins Fontes) – e dirige a coleção “Clássicos para o vestibular”, da Ateliê Editorial. O New Critism, traduzido como Nova Crítica ou Neocrítica, foi o terceiro ensaio de uma série de seis artigos de lvan Teixeira denominado “Fortuna Crítica” O New Critism, traduzido como Nova Crítica, é um movimento inicial da teoria literária surgido na década de 20 nos Estados Unidos. Ele propõe a separação do texto e do autor a fim de que o texto seja objeto em si mesmo. Rompe com biografismo da crítica de então, mas rejeita também a análise literária a partir de contextos sociais ou culturais. Por isso dizemos que se enquadra na Corrente Textualista dos estudos literários. Um dos conceitos mais conhecidos destes teóricos é o leitura atentiva, leitura analítica e minuciosa do texto preconizada por Thomas Stearns Eliot (1888 - 1965), poeta modernista, dramaturgo e crítico literário inglês nascido nos Estados Unidos, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1948. Outro importante precursor é William Empson (Seven types of ambiguity, 1930), seguido de I. A. Richards (Principles of criticism, 1924) Eliot rejeitou a idéia de poesia como expressão da personalidade do poeta, concebendo-a como criação do espírito, que organiza as experiências da personalidade. Para ele, a visão individual de mundo deve se transformar em sabedoria técnica. Nasce o correlato objetivo, conceito que trata da formulação de um grupo de objetos, situações ou paisagens com o poder de causar no leitor de um poema a emoção desejada. O autor organiza tais elementos de forma que, uma vez apreciados na leitura, desencadeiam uma carga emocional imediata no leitor. Não devendo o autor trabalhar com suas emoções próprias na produção de um poema, mas com símbolos universais que causem reação emocional. Na antologia Understanding poetry (Cleanth Brooks e Robert Penn Warren, 1938), consta que os poemas se organizam segundo pressupostos técnicos ou formais, de modo a facultar o estudo de elementos essenciais à estrutura do enunciado poético: poemas narrativos, poemas descritivos, problemas de métrica, de tom, de imagem, etc, consolidando os critérios para uma leitura inseparável do texto poético, propondo a idéia de que todo poema deve ser abordado como se fosse um pequeno drama, em que se destacam um falante, uma estória e sua transmissão a um suposto ouvinte – componentes que integram a situação ficcional de