HOBSBAWM, Eric J. A Era dos Impérios. 13 ed. São Paulo – SP: Paz e Terra, 2011.

Hobsbawm entende que o imperialismo é um fenômeno histórico ocorrido entre 1880 e 1914. Nesse período o mundo com exceção da América e da Europa foi dividido entre potências imperiais: Grã-Bretanha, França, Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, EUA, Japão e Rússia. O imperialismo tem diversas dimensões: econômicas, política, cultural, psicológicas e ideológica.

O imperialismo ocorreu quando surgiu uma economia mundial e o capitalismo atingiu todas as regiões e todos os espaços do mundo passou a ser de interesse para as potencias capitalistas. Os principais fatores foram: matéria-prima como borracha, petróleo, alumínio e cobre, passaram a ser mais importante depois da segunda revolução industrial. O consumo em massa de alimentos como cereal, chá, café, açúcar e cacau nas grandes potências. Esses alimentos eram provenientes das colônias e quem os controlavam tinham grandes lucros. Esses fatores levaram a uma competição no plano internacional entre os países o que ocasionou o início do imperialismo.

Nessa época houve uma relação muito grande entre economia e política os Estado defendendo interesse das empresas. O imperialismo é uma fase monopolista do capitalismo. No sistema monopolista de uma indústria com alto poder de monopólio, nesse modelo há uma grande diferença entre custo e preço, o que significa uma alta taxa de lucro e salários muito baixos. Em caso de queda de produção os monopolistas diminuiriam sua produção e não os preços de modo a maximizar seus lucros. Isso levaria a uma subutilização da fábrica e dos equipamentos e do aumento do exército industrial de reserva. Tenderia a reduzir os investimentos pois os monopólios estabelecidos não expandiriam seus negócios. Isso leva a contradição porque, as riquezas dos monopólios tende a aumentar a vontade de investir e por outro lado, as oportunidades de investimento são reduzidas pelo próprio monopólio. Essa taxa decrescente de investimento levaria a um estreitamento do mercado e o desemprego diminuiria o consumo. Assim, o monopolismo levaria a uma queda do mercado e a uma ineficiência crônica da demanda. A tendência seria o congelamento de cada ramo da indústria. A maneira de resolver essa contradição é a exportação do capital.

É portanto, a concorrência entre os diversos monopólios nacionais que causam o imperialismo. A grande depressão fez com que os interesses econômicos dependentes e metropolitanas entrassem em choque, porque os preços dos produtos primários que o terceiro mundo dependiam caíram mais do que os bens faturados.

Nos anos de 1930 foram estabelecidos contatos no terceiro mundo entre minorias politizadas e a gente comum de seus países, surgiram tendências gerais de política de massa, como o populismo autoritário latino-americano com líderes autoritários. No entanto, foi a segunda Guerra mundial que transformou os grandes impérios coloniais. Surgiram novas potências que eram hostis ao velho colonialismo os EUA e a União soviética É o período em que o livre mercado capitalista sofre retração e são erguidas barreiras comerciais. A indústria é um critério de modernidade. O mundo avançado pode ser descrito como um processo de urbanização. Em 1880 o mundo estava dividido entre o progresso (países industrializados) e o atraso (países dominados e colonizados). Um grande distanciamento entre países desenvolvidos e os não desenvolvidos.

O avanço dos meios de transporte tornam os países desenvolvidos mais competitivos economicamente, o que fez com que os países passassem a adotar barreiras comerciais e a constituir impérios para que aumentasse sua competição e assegurar mercados consumidores. Com isso surgiu uma busca por recursos naturais, facilitado pela migração e pelos meios de comunicação. Dentro dos próprios países a competição tornara-se mais acirrada, o que deu origem a formação de cartéis e oligopólios.

A concessão do sufrágio universal, em 1907, não foi apenas em resposta a pressões: foi uma desesperada tentativa no sentido de mobilizar as massas eleitorais que votariam, talvez, em partidos não nacionais (católicos ou mesmo socialistas) contra os irreconciliáveis e rixentos blocos nacionais. A democracia que assim substituía a política dos notáveis na medida em que era bem-sucedida não substituía o clientelismo e a influência pelo “povo”, mas pela organização: ou, mais exatamente, os comitês, os notáveis de partido, as minorias ativistas.

Nesse período, os movimentos de partidos e adeptos socialistas cresceram, muitos através de trabalhadores organizados em sindicatos de classes. A luta de classes mostrava-se efervescente apoiada em sindicatos e partidos políticos graças a ampliação do direito ao voto e países imperialistas competiam por mercados consumidores em outros países.

Zeneide Cordeiro
Enviado por Zeneide Cordeiro em 24/07/2019
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