Resenha: A hora da estrela, de Clarice Lispector
Em mais um livro, Clarice Lispector consegue mostrar sua brilhante escrita criativa por meio de uma estrutura bem concisa e coerente, com cada cena e personagens bem construídos e descritos em seu último romance, mas que com certeza ficará para a eternidade na literatura brasileira.
Em A hora da estrela, Clarice apresenta um narrador fictício que conta a história da nordestina Macabéa que, orfã e pobre, decide ir morar no Rio de Janeiro tentar uma vida melhor e mais digna. Lá consegue um bom lugar para morar, se emprega como datilógrafa e passa os dias ouvindo a Rádio Relógio. Passa-se um tempo, e Macabeá acaba se apaixonando pelo metalúrgico Olímpio de Jesus que depois a trai com uma colega de trabalho. Devido a enorme decepção, ela vai a uma cartomante que lhe revela um futuro brilhante.
Com uma escrita bem intimista, Clarice Lispector nos apresenta um livro que nos traz uma reflexão sobre nós mesmos, quando desejamos o bem em nossas vidas com questionamentos acerca de como podemos começar as coisas para alcançar nossos objetivos.
Em mais um livro, Clarice Lispector consegue mostrar sua brilhante escrita criativa por meio de uma estrutura bem concisa e coerente, com cada cena e personagens bem construídos e descritos em seu último romance, mas que com certeza ficará para a eternidade na literatura brasileira.
Em A hora da estrela, Clarice apresenta um narrador fictício que conta a história da nordestina Macabéa que, orfã e pobre, decide ir morar no Rio de Janeiro tentar uma vida melhor e mais digna. Lá consegue um bom lugar para morar, se emprega como datilógrafa e passa os dias ouvindo a Rádio Relógio. Passa-se um tempo, e Macabeá acaba se apaixonando pelo metalúrgico Olímpio de Jesus que depois a trai com uma colega de trabalho. Devido a enorme decepção, ela vai a uma cartomante que lhe revela um futuro brilhante.
Com uma escrita bem intimista, Clarice Lispector nos apresenta um livro que nos traz uma reflexão sobre nós mesmos, quando desejamos o bem em nossas vidas com questionamentos acerca de como podemos começar as coisas para alcançar nossos objetivos.
Tudo no mundo começou com um sim, Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo já começou.
[…]
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o que estou escrevendo. […] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes (LISCPECTOR, 1998, p.11)
[…]
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré- pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos — sou eu que escrevo o que estou escrevendo. […] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes (LISCPECTOR, 1998, p.11)
Por meio de uma linguagem simples, mas bem definida e com um teor psicológico e intimista, a narrativa de A hora da estrela nos ajuda a compreender sobre os problemas do ser humano como um diálogo sobre nós como forma de proteção. É um livro que vale a pena ser lido.