A HORA E A VEZ DE “POESIAS DE UM MENINO POETA.”DE JP MEES.
 
Saúdo com vivaz entusiasmo a presença de JP Mees em nosso mundo de letras, através da leitura de seu livro de estreia “Poesias de um menino poeta”.
Com toda a candura característica de sua tenra idade, JP Mees trás novo frescor e alento ás letras brasileiras, é uma semente que o tempo e a vida irão depurar... Se torná-lo um escritor profissional que seja bem-vindo, se levá-lo por outros caminhos que bons ventos o levem...
O que me importa salientar neste momento é a existência de um jovem escritor que faz a sua estreia no mundo das letras publicadas, tendo em vista que nas deixadas para trás, ou só em conversas, certamente ele já tem alguma história... Pois, a vida é um aprendizado constante!
Vale salientar que para se escrever houve a interiorização de conceitos, vivências, que com o devido acompanhamento e proverbial incentivo, desaguou em uma publicação, assim, creio que fica patente a importância da educação, da conversa, do estimulo, coisas que para o jovem JP Mees não faltam...
Vale apontar, que o intercambio entre gerações, respeitando-se algum empecilho que possa causar uma diferença de idade, é salutar e de extrema importância, tendo em vista que a oralidade é veiculo para a escrita, sendo uma etapa imediatamente anterior á alfabetização e á escrita propriamente dita. Sem falar que se aproximar a juventude aos nossos termos é também prepará-los para o mundo adulto, enquanto que para nós outros é muitas vezes um refrigério para os nossos dissabores...
No mais, cumpre salientar, que a despeito de sua pouca idade, e assim uma pouca vivência, um jovem petiz como é o JP, trás dentro de si, as suas próprias impressões de mundo, e de expectativas a partir delas...
Assim, ler JP Mees é dar-lhe ouvidos!
Assim, imprimir os seus trabalhos iniciais, expostos aqui no “Poesias de um menino poeta” é dar mais amplitude para a sua voz!
Que a audiência para os seus trabalhos possa aglutinar mais jovens de sua idade, ou além dela, em torno do trabalho com a língua Pátria, com a qual nos fazemos brasileiros, pela qual devemos ter o maior zelo, enquanto espelho que reflete a nós mesmos, enquanto grito de nossas melhores expectativas, enquanto brado por liberdade e paz, dentre tantas demandas a mais filhas de nossos tempos...
Assim, este meu vivaz entusiasmo, é muito mais um respeito por esta semente!
É a alegria em se pensar em uma esperança para o futuro de nossa Pátria... Pois, uma Pátria só será plena em si mesma, quando respeitando individualidades ás aglutinem em um objetivo maior.
Mas, afinal o que é a poesia, senão um flash, um retrato, um recorte de um instante filtrado pela sensibilidade, pela inteligência e pelo trabalho árduo de reescrita de um dado observador?
Assim, quanta beleza não se desprende das linhas de JP Mees, neste livro de estreia!
Vale a leitura já pelo que apresenta, vale a leitura pelo que pode vir a ser... Ainda mais se pensarmos que nós mais velhos, calejados pela vida, soterrados por regras e mais regras, e na escrita por regras e regras gramaticais, de formato disso e daquilo, perdemos vez e outra a espontaneidade... Nossos escritos correm o risco de serem artificiais por demais.
Mas, asseguro com firmada certeza, o amor e o respeito por estas tais regras gramaticais é de suma importância em qualquer escrita, o culto das formas em se escrever isso ou aquilo, tem a ver com os fins a que se propõem... Mas, valorize-se a espontaneidade da juventude! – Em algum momento será mais eloquente do que muitos de nós, velhos ratos de bibliotecas, velhos encastelados em certezas, que por vezes são muito incertas...
Assim, saúdo o novo, prego a manutenção das condições que propiciam JP Mess de expressar o que pensa e o que sente, apenas ressentido de que isso não se faz, ou não se faça, para com todos os nossos jovens, ou porque não o fazemos, ou porque o que fazemos não alcançam a todos por igual...
Seja como for, o nosso futuro sempre começa no nosso agora!
E agora é a hora e a vez de ler “Poesias de um menino poeta” de JP Mees...
-Enquanto ele pensa estar “Brincando de poesia”, pois quando a coisa ficar mais séria vai ser outro capitulo desta história, e que Calíope possa transformar a poesia de JP Mees em épica e ainda mais digna de figurar no panteão permanente da memória!
 
 
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.net
27/05/2019