"Hercólubus ou planeta vermelho" de V. M. Rabolú: um lixo literário tão absurdo que chega a ser hilário!
Como bom cético, li esse livro com uma certa curiosidade jocosa. Pense em um livro tão maluco, mas tão maluco, que você pensa, da primeira à última página, que tudo é uma piada! A literatura esotérica é basicamente o que pode ser visto nesse livro: uma série de afirmações sem respaldo científico (pseudociência) colocadas numa linguagem confusa (ora obscura), somadas a um tom de ameaça e/ou promessa.
Confesso que não sei o que choca mais: a coragem do autor de colocar tais maluquices num livro ou o fato de que há pessoas que realmente acreditam nesse monte de asneiras.
Não custa relembrar: vivemos em plena era da informação. Temos telescópios poderosos e amadores espalhados por todo o canto do mundo. Se houvesse algum planeta vindo para perto da nossa vizinhança, com certeza, com anos de antecedência, perceberíamos e tal fato seria impossível de esconder (aliás, qual seria o interesse em esconder isso, sejamos adultos?)
Dentre os capítulos malucos que falam sobre viagem astral, alienígenas e planetas desconhecidos, cito um que me rendeu umas boas risadas. Trata-se do capítulo sobre mutações em animais. Fiquei imaginando: o autor desse livro deve ter assistido Godzilla e dito "Isso faz sentido!". (risos)
Serve para dar umas risadas e só. No mais, totalmente descartável. Um lixo literário.
(RABOLÚ, V. M. (Joaquín Enrique Amórtegui Valbuena): tradução da Associação Cultural Alcione. Hercólubus ou planeta vermelho. Associação Cultural Alcione, (edição gratuita), 2006, 45 páginas)
P.S.: Resenha escrita em 2016.