Antologia “Contos do Desconhecido”
Escrever sobre este gênero é uma promessa assumida de se enfrentar grandes desafios. Seja o “Horror”, o “Suspense”, o “Terror” ou o recém-chegado do grupo “Thriller Psicológico”, qualquer um desses se trata de atingir o público de maneira que ele se sinta desconfortável, mas que, ao mesmo tempo, o faça se identificar com a história, se envolver com ela e acompanhar até um final, pelo desfecho que seja. Sem embarcar na velha sentença de que cada livro é um universo a ser descoberto, mas já embarcando, o ato de sentar para ler uma obra mostra o quanto necessitamos de boas histórias para manter nossos símbolos particulares ativos.
Quando buscamos histórias com essa temática, estamos, sobretudo, buscando algo que complete a natural curiosidade que temos por coisas sobrenaturais, malignas, ou situações de extremo risco. Por exemplo, muitos psicólogos procuram pela trilogia de Thomas Harris, sobre o lendário Hannibal Lecter, ‘O Dragão Vermelho”, “O Silêncio dos Inocentes” e “Hannibal”, pois são obras que contam muito mais do que simplesmente uma história com começo, meio, fim e consequências. Ela de fato possui um significado.
Sendo assim, válido para todos gêneros literários, aliás, sempre que procuramos por uma ficção queremos encontrar uma história que seja intimamente ligada às nossas aspirações pessoais. Um leitor de romances quer se apegar ao seu lado afetuoso, um leitor de sci-fi quer que sua mente explore todas as possibilidades que estão além do que podemos tocar, ver e sentir, bem como no suspense onde o leitor quer mergulhar numa narrativa que o desafie a ponto de se colocar no lugar do personagem e pensar numa forma de sair daquela situação.
No projeto “Contos do Desconhecido” estamos na ambiciosa tentativa de mesclar a antiga vertente literária, que nos remete ao distante tempo da poesia grega, chamada “Antologia” com algo, ao menos se comparado com a história da escrita, recente, o “Terror”, ou como preferir chamar. Emular contos sobre um tema e conseguir manter o bom nível ao longo de 40 histórias não é uma tarefa que qualquer um toparia, por isso optamos a quem mais entende do assunto: o público. Recolhemos, avaliamos, aprovamos, e também recusamos, contos que vão desde a tecnologia em favor dos psicopatas até os anseios de espíritos perdidos. Ao longo desse período nos ficou muito claro que trilhar o lado que consideramos desconhecido é muito mais interessante do que sair à caça de respostas definitivas.
É um consenso que esse é uma das escolas literárias mais utilizadas por autores e editoras, mas o que não quer dizer que seja impossível inovar e rejuvenescer um mercado continuamente explorado. “Contos do Desconhecido” em resumo é uma coleção de histórias de terror, com diferentes autores, variando entre um, dois ou três contos para cada, que juntam suas visões e criam uma sucessão de relatos, com o adendo e o diferencial de que esses mesmo relatos não são simplesmente uma compilação de sangue, lâminas e espíritos, mas na verdade uma declaração de leitor para leitor. Ambos os lados se conhecem e sabem o que procuram: capturar a essência da curiosidade nativa que temos pelo que é misterioso, oculto, secreto.
A Editora Immortal
Nós somos o que os Romanos chamariam de Visigodos. O mercado literário é um grande império, tal qual como era o de Augusto e Julio, posteriormente com outros. Poucas, e grandes empresas dominam o ramo, tal qual poucos e grandes líderes dominaram o Império Romano. Abaixo está todo o resto. Editoras menores, não possuem acesso aos mesmos direitos que as editoras gigantes, tal qual comerciantes pequenos não possuíam acessos aos mesmos direitos que os grandes mercadores.
Nascemos como um grupo de escritores, que mesclaram suas ideias e a partir delas criaram um universo conjunto de histórias. Obviamente, a cobiça e o interesse começam a aumentar conforme o trabalho se desenvolveu. Então o próximo passo era que nos aceitassem, queríamos começar por cima, tínhamos um ótimo material, mas grandes empresas não precisam de pequenos escritores, subimos nossa expectativa de um jeito tão alto que acabamos caindo de cara num deserto de rochas pontiagudas.
Esse grupo baixou suas vontades, mas ter obras publicadas ainda era um sonho que permanecia vivo, sim. Discutimos entre nós até que surgisse a ideia de ter uma editora própria, uma marca para chamar de nossa e que fosse justa. Pensar, ter ideias, dar pitacos, emitir opiniões é o que todos gostam de fazer, e isso era o que mais estava à nossa disposição, faltava somente arregaçar as mangas e colocar tudo em prática. Descobrir toda a burocracia, quando se desviava de um, apareciam outras duas, foi um momento que exigiu extrema paciência, era hora de julgar o quanto valeria a pena.
E valia sim. Os pensamentos só estão nas coisas boas, dinheiro, ser conhecido, ser requisitado, ninguém conta as infinitas dificuldades que virão antes disso, e tropeçar, cair e se machucar no caminho, se levantar e continuar correndo não lhe dá a certeza de que um dia irá alcançar o sucesso, que depende de tão infinitos quanto as dificuldades, apenas diz que você tem o básico para enfrentar gente mais preparada, um império muito maior que o nosso vilarejo, nesse caso.
Então encerramos todos os trâmites, horas de pesquisa, CNPJ, imposto, gráfica, corrigir, diagramar. Só não cito ‘encontrar obras para serem publicadas’ pois escritores talentosos e comprometidos querendo uma única chance são encontrados aos montes, talvez o grande império precise de representantes melhores, já que são incapazes de enxergá-los. Assim surgimos, a Editora Immortal, o nome-chave diz muito sobre nós, “Imortal” é o que não acaba, o que não existe, o que sempre estará ali. É o que somos.
Nossos negócios progrediram muito bem inicialmente, as obras chegavam, oferta e demanda estavam equiparadas. A partir daí também nos dispusemos a sair atrás de autores, oferecendo a eles diretamente a oportunidade, não apenas esperando que viessem até nós como súditos, implorando, como acontece hoje em dia com aqueles que querem começar do alto, sem passarem pela arena, sem enfrentar os leões. O processo exige dinheiro, separamos o que poderia ser publicado e o que deveria ser publicado, o que nos rendeu quatro excelentes obras lançadas. É o nosso arsenal, que iremos aumentar com o novo projeto intitulado “Contos do Desconhecido”.
Para acessar o projeto e conhecer a Editora Immortal:
http://bit.ly/contosdodesconhecido
https://editoraimmortal.wixsite.com/
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Seja bem-vindo ao Desconhecido!