Alegria na escola: SNYDERS, Georges. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1988.
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O livro tem três partes distribuidas em 204 páginas na 3ª edição de 2001.
J B Pereira
O instigante da leitura do texto de Snyders é a relação escola no contexto diferenciador na formação do espírito juvenil à medida que a escola consegue descobrir o lúdico e o poder do encantamento pessoal e grupal pela pedagogia da alegria e não incialização de textos enfadonhos e flexibilização dos temperamentos em prol de um ambiente saudavelmente alegre - sem medo e sem punições... seria então idealizar... Carnavalizar a escola?
A autodisciplina e a responsabilização como não peso existencial... o estudo não traumatizador e ferrenho... mas o propedêutico vital para a vida flexível no exercício da cidadania plural e ética da alteridade e da identidade não ecólatra.
O autor associa alegria da escola com o conceito sociológico de progresso para deduzir uma educação progressista.
O conceito progresso é critica por muitos por ser polêmico e ambíguo. Não há consenso e a ambiguidade advém de que os pobres são excluídos do progresso. Veja os países em desenvolvimento diante da exploração dos desenvolvidos, aqui estamos na rede de visão neomarxista - neolibertária ou libertadora.
Os pedagogos falam de uma visão crítico-social dos conteúdos da escola como criso iluminador para a alegria sincera e madura diante da complexidade do legado histórico e dos saberes da humanidade.
Dom Bosco associava alegria à educação preventiva salesiana preparada pela honestidade e da profissionalização via oficinas e oficios para a vida social competiva, que não seja esmagadora e predagória.
Leticia é a alegria temporária dos romanos. Gaudium é a perene decorrente de motivações interiores do eu profundo e da espiritualização do ego...
Não há alegria sem ética democrática, flexível,não descartável, inexorável, com o sentido da vida no sublime e não nas forças da natureza e de sistemas ecolátricos.
Nesse sentido, a escola com sua complexidade e transformações e tendências, poderia incluir a estratégia de aprender e ensinar como alegria no jogo respeitoso pelos direitos do outro e de si como incluso ser em formação e cidadania corresponsável e multicultural.
O estudo não deveria se contrapor ao prazer dos jogos e do viver como assevera Fénelon e Dom Bosco.
Cabe-nos rever os conceitos de educação, cultura e autoridade como parceria, inclusão e partilha de saber e domínios. Virar a mesa é a palavra de ordem.
Uma escola rígida é tacanha e inflexível na moral e nos valores culturais e na respeitabilidade ao diferente. Não deveria nos matar a escola nossa curiosidade. Não tánatus - eros se aliaria ao psique e à libido com o respeito ao diferente e ao possível como utopia e autodiscplina. O amor se distancia do ódio. Do desejo ao fato: a pintura para Freud é o que mais nos aproxima de nossa primitividade e nosso desejo de ser livre... de se expressar e viver em grupo.
O monge e o executivo associa ser projetado no sucesso profissional e na capacidade de servir, escutar e compreender o outro e incluir no projeto da vida e do trabalho.
Os salmos dos judeus nos exorta a uma alegria contagiante diante da casa de Deus e na retrospectiva de que fomos maravilhas geradas no seio materno. Salmo 138/9.
Tudo respira amor e vitalidade infinita de louvor e adoração na criação para São Francisco de Assis. Doci é sentir em jmeu coração o palpitar do cosmos e o Senhor de tudo que respira e canta ao criador.
Penso que a alegria tudo atrai, já o ódio e a tristeza de todos nos afastam.
Parece para os gregos a aletheia é a verdade está entre o equilíbrio dos saberes e sabores - entre o eros a fonte de vida - a filia como jogo de amizade e partilha e o àgape como amor incondicional ou divinal.
Fiquemos com o que Dom Bosco avizinhava: " um triste santo é um santo triste: Fora de minha casa, melancolia... "
Abraão vislumbrava uma alegria maior que está no "spes contra spes..." - caminhava rumo a terra da libertação prometida por Javé e não punha sua esperança em qualquer coisa e nem ídolo. Deus está acima de tudo e no centro da vida de Abraão - seu povo é mais numeroso que as estrelas e as areia do mar.
J B PEREIRA
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Georges Snvders: em busca
da alegria na escola
Roberto Muniz B.rretto de C.rvllho*
Resumo: Neste trabalho pretendemos relatar de forma sintética as principais conclusões que chegamos ao analisar o pensamento pedagógico de
Georges Snyders. Tal análise visou apanhar e compreendera construção e
o significado da Pedagogia Progressista proposta por este autor e a evolução de seus conceitos básicos. Verificamos a evolução do pensamento do
autor ao longo de sua obra, assim como dos conceitos principais por ele
utilizados. Concluímos que apesar de podennos agrupar suas obras em
dois grandes conjuntos com temas e preocupações diferentes, estes são
na verdade inter1igados, constituindo um no desdobramento eaprofundamento
do outro. O tema da alegria na escola, que é característico das últimas
obras de Snyders, não esta ausente em suas primeiras obras. A alegria na
escola constitui um desdobramento da Pedagogia Progressista.
Palavras Chaves: Snyders, Georges, 1917; Educação progressista
https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/viewFile/10528/10074
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Contribuições de Georges Snyders para a pedagogia
universitária
Renata de Almeida VieiraI
Maria Isabel de AlmeidaII
Resumo
Este artigo é resultante de uma pesquisa de pós-doutoramento,
a qual envolveu investigações de natureza bibliográfica sob a
perspectiva do pensamento pedagógico do educador francês Georges
Snyders (1917-2011). O objetivo principal do artigo é apresentar o
potencial de contribuição das teorizações snyderianas (relativo a
Georges Snyders), em especial no que tange à questão do saber
ensinado e da alegria no aprender, a fim de derivar subsídios para
o campo da pedagogia universitária, pedagogia implicada com os
desafios atuais postos ao ensino superior. Tal objetivo origina-se da
seguinte questão problematizadora: de que modo os pressupostos
snyderianos, especialmente os conceitos de saber e alegria no
aprender, podem somar às discussões do campo da pedagogia
universitária? Para a consecução do objetivo em referência são
abordadas as seguintes questões: a pedagogia universitária no
panorama social e educacional de novas demandas apresentadas
à universidade e aos seus docentes; fundamentos teóricos da
pedagogia progressista snyderiana, precisamente os conceitos de
saber ensinado e alegria; e, ainda, possibilidades de contribuições
do posicionamento pedagógico snyderiano em prol da renovação
do saber e da alegria no aprender na universidade. Destaca-se que o
desenvolvimento da presente discussão se norteia pela perspectiva
de qualificar pedagogicamente a ação formativa no ensino superior,
ação esta comprometida com a melhoria qualitativa da formação
humana e profissional dos estudantes.
palavras-chaves: Pedagogia universitária — Georges Snyders — Saber — Alegria.
http://www.scielo.br/pdf/ep/v43n2/1517-9702-ep-S1517-9702201605141169.pdf
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BIBLIOGRAFIA
http://www.scielo.br/pdf/ep/v43n2/1517-9702-ep-S1517-9702201605141169.pdf
SNYDERS, Georges. Pedagogia progressista. Coimbra: Almedina, 1974.
SNYDERS, Georges. La actitud de izquierda en pedagogia. México: Cultura Popular, 1979.
SNYDERS, Georges. Pedagogias não-directivas. In: SNYDERS, Georges; LÉON, Antoine; GRÁCIO, Rui. Correntes
actuais da pedagogia. Lisboa: Livros Horizonte, 1984. p. 13-38.
SNYDERS, Georges. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1988.
SNYDERS, Georges. Alunos felizes: reflexão sobre a alegria na escola a partir de textos literários. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1993.
SNYDERS, Georges. Feliz na universidade: estudo a partir de algumas biografias. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
SNYDERS, Georges. Y a-t-il une vie après l’école? Paris: ESF, 1996.
SNYDERS, Georges. Para onde vão as pedagogias não-diretivas? 3. ed. São Paulo: Centauro, 2001.
SNYDERS, Georges. A escola pode ensinar as alegrias da música? 5. ed. São Paulo: Cortez, 2008a.
SNYDERS, Georges. J’ai voulu qu’apprendre soit une joie. Paris: Syllepse, 2008b.