Até o último plano
ATÉ O ÚLTIMO PLANO
Miguel Carqueija
Resenha do romance de ficção científica “Plano Sete”, de Mordecai Roshwald. Editora Livros do Brasil, Lisboa, Portugal, sem data, Coleção Argonauta 75. Tradução: Alfredo Margarido. Capa: Lima de Freitas. Título original: “Level Seven”.
Romance extraordinariamente pessimista do autor ucraniano, “Plano Sete” é contado em forma de diário por um homem recrutado com centenas de homens e mulheres para habitar um abrigo subterrâneo militar, o mais profundo de todos, destinado a controlar os mísseis atômicos a serem usados em caso de guerra.
Na verdade são sete abrigos ou planos, como fica implícito, os mais próximos da superfície destinados a abrigar diversas categorias de gente. E vêm a ser uma prisão perpétua, por assim dizer, por causa da impossibilidade de retornarem à superfície. Os habitantes perdem seus nomes civis, passam a ser conhecidos por números, como na civilização numérica de "Nós", de Evgeny Zamiatyn (uma das características da distopia: a desumanização da humanidade).
O romance é sombrio, pessimista, passando a ideia do fim inevitável da humanidade em caso de guerra nuclear. Mas, por que não são mencionados os países? É claro que a grande referência é a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética, então um tema atual.
É a novela mais claustrofóbica que eu já li em toda a minha vida.
O autor nasceu na Ucrânia (1921), viveu algum tempo em Israel e faleceu nos Estados Unidos (2015), tendo escrito outras obras de ficção científica.
Rio de Janeiro, 22 a 28 de outubro de 2018.
ATÉ O ÚLTIMO PLANO
Miguel Carqueija
Resenha do romance de ficção científica “Plano Sete”, de Mordecai Roshwald. Editora Livros do Brasil, Lisboa, Portugal, sem data, Coleção Argonauta 75. Tradução: Alfredo Margarido. Capa: Lima de Freitas. Título original: “Level Seven”.
Romance extraordinariamente pessimista do autor ucraniano, “Plano Sete” é contado em forma de diário por um homem recrutado com centenas de homens e mulheres para habitar um abrigo subterrâneo militar, o mais profundo de todos, destinado a controlar os mísseis atômicos a serem usados em caso de guerra.
Na verdade são sete abrigos ou planos, como fica implícito, os mais próximos da superfície destinados a abrigar diversas categorias de gente. E vêm a ser uma prisão perpétua, por assim dizer, por causa da impossibilidade de retornarem à superfície. Os habitantes perdem seus nomes civis, passam a ser conhecidos por números, como na civilização numérica de "Nós", de Evgeny Zamiatyn (uma das características da distopia: a desumanização da humanidade).
O romance é sombrio, pessimista, passando a ideia do fim inevitável da humanidade em caso de guerra nuclear. Mas, por que não são mencionados os países? É claro que a grande referência é a guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética, então um tema atual.
É a novela mais claustrofóbica que eu já li em toda a minha vida.
O autor nasceu na Ucrânia (1921), viveu algum tempo em Israel e faleceu nos Estados Unidos (2015), tendo escrito outras obras de ficção científica.
Rio de Janeiro, 22 a 28 de outubro de 2018.