As estranhas criaturas de John A. Keel
AS ESTRANHAS CRIATURAS DE JOHN A. KEEL
Miguel Carqueija
Resenha do livro “Estranhas criaturas do tempo e do espaço”, por John A. Keel. Edilivro (Edições do Livro, Ltda.), Lisboa, Portugal, 1980. Título original: “Strange creatures from time & espace”. Capa: Vitório Martins. Sem indicação de tradução.
Esta edição portuguesa ressente-se de uma péssima revisão; entretanto o tema é aliciante. Ao longo de mais de 300 páginas acompanhamos relatos produzidos através de séculos, mas principalmente no século 20, a respeito de estranhas visagens. Depoimentos e notícias que falam em seres misteriosos: monstros marinhos de tamanho inaudito, pterodáctilos, “yetis” e “bigfoots” (seriam talvez a mesma coisa) mas também íncubos, súcubos e OVNI’s. O autor junta tudo no mesmo saco, apenas fazendo no final uma distinção entre aparições de animais propriamente ditos e outros casos que seriam intromissões de seres vindos de alguma outra realidade do espaço-tempo.
Como não é possível negar tudo, e como diria Shakespeare, “há mais coisas entre o Céu e a Terra do que sonha a tua vã filosofia”, segue-se que a obra é assaz perturbadora. Keel chega a sugerir uma explicação para a recorrência nos mesmos locais de aparições de “bigfoots” e bichos similares, e de discos voadores. Tais seres estariam sendo soltos para distrair a atenção dos humanos com caçadas inúteis, enquanto os UFO’s, ali perto, realizavam tranquilamente suas missões.
Será?
Também são abordadas as mortes e mutilações de animais.
Acabei lembrando de um colega de trabalho que afirmava existirem na roça os sacis, que batiam nos cachorros e estes voltavam para casa assustados.
Mas como também não se pode acreditar em tudo, senti falta de mais verossimilhança, de método, nesse livro. Parece-me que o autor amontoou mais dados do que poderia processar, mas há muitas informações curiosas e a obra merece ser lida — e cada qual tire as suas conclusões.
Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2018.
AS ESTRANHAS CRIATURAS DE JOHN A. KEEL
Miguel Carqueija
Resenha do livro “Estranhas criaturas do tempo e do espaço”, por John A. Keel. Edilivro (Edições do Livro, Ltda.), Lisboa, Portugal, 1980. Título original: “Strange creatures from time & espace”. Capa: Vitório Martins. Sem indicação de tradução.
Esta edição portuguesa ressente-se de uma péssima revisão; entretanto o tema é aliciante. Ao longo de mais de 300 páginas acompanhamos relatos produzidos através de séculos, mas principalmente no século 20, a respeito de estranhas visagens. Depoimentos e notícias que falam em seres misteriosos: monstros marinhos de tamanho inaudito, pterodáctilos, “yetis” e “bigfoots” (seriam talvez a mesma coisa) mas também íncubos, súcubos e OVNI’s. O autor junta tudo no mesmo saco, apenas fazendo no final uma distinção entre aparições de animais propriamente ditos e outros casos que seriam intromissões de seres vindos de alguma outra realidade do espaço-tempo.
Como não é possível negar tudo, e como diria Shakespeare, “há mais coisas entre o Céu e a Terra do que sonha a tua vã filosofia”, segue-se que a obra é assaz perturbadora. Keel chega a sugerir uma explicação para a recorrência nos mesmos locais de aparições de “bigfoots” e bichos similares, e de discos voadores. Tais seres estariam sendo soltos para distrair a atenção dos humanos com caçadas inúteis, enquanto os UFO’s, ali perto, realizavam tranquilamente suas missões.
Será?
Também são abordadas as mortes e mutilações de animais.
Acabei lembrando de um colega de trabalho que afirmava existirem na roça os sacis, que batiam nos cachorros e estes voltavam para casa assustados.
Mas como também não se pode acreditar em tudo, senti falta de mais verossimilhança, de método, nesse livro. Parece-me que o autor amontoou mais dados do que poderia processar, mas há muitas informações curiosas e a obra merece ser lida — e cada qual tire as suas conclusões.
Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2018.