João17 Ouvir - Comentários e notas da Bíblia de Jerusalém

João17 Ouvir

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1 Jesus falou assim e,

levantando seus olhos ao céu, e disse:

- Pai, é chegada a hora;

Glorifica a teu Filho,

para que também o teu Filho te glorifique a ti;

Jesus na Hora de se manifestar ao mundo – é elevado à cruz – para nossa salvação.

Os sinais no Evangelho de João apresenta essa preparação para a hora de Jesus.

A carne e o mundo negam a hora de Jesus.

A paz do mundo – transitória, instável, limitada, imposta - não é a Paz que vem de Jesus – perene, satisfatória, livre, eterna!

Ora, ainda João nos explana sobre a HORA DE JESUS em:

“Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.

E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.

E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.

Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.!” João 17:2-6

O mundo se opõe a Deus em: “E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.” João 17:11

“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.” João 17:14

A oposição de Jesus e o mundo se tornar cada vez mais uma antítese em São João como

Mentira/ódio/mal/maligno X verdade/ luz/ Salvação/ Jesus:

“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.

Não são do mundo, como eu do mundo não sou.

Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.

Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.” João 17:15-18

Mas a ambiguidade se instala quando vemos que o mundo se identifica também à criação de Deus em “Fundação do mundo”:

“Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.

Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.” João 17:23,24

Na nota da Bíblia de Jerusalém: “d”, na p. 1395, “Rejeitando Jesus, os judeus se perdem, sem esperança: pecam contra a verdade. É o pecado contra o Espírito Santo.”

“Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.” João 17:25

Ora estar no mundo como testemunha e não ser reconhecido pelos homens é o risco dos discípulos. Porém, por isso, Jesus orou para que sejam fortes no mundo. Porque não são do mundo como Jesus não é do mundo, está na Casa do Pai a nos preparar uma Mansão eternamente amorável como prêmio.

Só o amor de Jesus nos sustenta com a ação do Espírito de Jesus, o Espírito Santo, a Verdade da qual emana a Luz de Jesus e o amor eternamente fiel de Deus Pai em nome de Jesus:

“E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.” João 17:26

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O mundo na concepção joanina – os que resistem a Deus e a sua verdade revelada em Jesus - perseguem seu Cristo, com ódio, o domínio de Satanás, do mal. Os discípulos devem resistir às tentações e provações do mundo enquanto oposição a Jesus.

Como Jesus é a Luz do mundo, os discípulos são convocados a serem também – por isso devem permanecer no mundo como testemunhas

da Verdade, da Luz, da Vida. (nota explicativa “g” – p. 1383).

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Do Antigo Testamento, a bíblia dos protestantes exclui 7 livros, os assim chamados “deuterocanônicos” (denominados "apócrifos" pelos protestantes): Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel. Esses livros originalmente foram escritos em grego e, baseados numa decisão tomada no período da igreja nascente (final do primeiro século), não foram incluídos na lista dos livros considerados inspirados pelos judeus. Os cristãos, todavia, usavam tais escritos. Provavelmente por isso a comunidade hebraica, que precisava criar uma identidade autônoma dos cristãos, decidiu excluí-los do seu cânon. Os cristãos durante 1500 anos usaram os 73 livros. Porém, por ocasião da Reforma promovida por Lutero, esses livros foram considerados pelos protestantes como não inspirados (Lutero não os retirou da edição de sua Bíblia, embora não equiparesse o seu valor ao dos outros livros). Mais tarde as edições protestantes da Bíblia excluíram definitivamente esses textos, enquanto que para a igreja católica eles continuam válidos e tem o valor de palavra inspirada.

Entre as igrejas cristãs ortodoxas há outras versões da Bíblia que além dos livros citados incluem outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca).

http://www.catolicismoromano.com.br/content/view/5802/29/

J B Pereira e https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/17
Enviado por J B Pereira em 08/10/2018
Reeditado em 11/10/2018
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