Resenha da obra "Toda Versidade"
Toda versidade é a primeira obra desses três autores que chegam com uma proposta bem diversificada de fazer poemas. Trata-se da versidade dos conceitos: o amor, a dor, a solidão, mas também alegrias, ânsias e desejos em meio a uma existência que em si já é marcada pela diversidade da vida.
Na obra de Paulo Goudinho, O riso da futilidade, é possível encontrar o tom irônico, mas também divertido, de quem percebe a futilidade naquilo que é mais simples no cotidiano comum, mas, de tão prosaico, não se desvela aos olhos de indivíduos desatentos.
Em Retalhos, obra de Nunes de Oliveira, o tempo é a tônica forte dos versos, trazendo uma cronologia de sentimentos e emoções que expressam paixões, medos e desilusões para, em meio a esses retalhos de vida, afirmar-se como um ser sempre em mutação.
Por fim, Das coisas anímicas, obra de Érica Barros, vemos a alma da mulher atenta ao seu íntimo, à sua condição delicada que ver e trata de todas as “coisas” com a sutileza de quem nasceu vocacionada a ser feminina. Mas não se engane, pois nesses versos também se encontra a fortaleza de um espírito que sabe o que é ser mulher.
Eis a versidade dos sentimentos, que vieram à luz num profundo ato de reflexão, essa qualidade tão nobre do ser humano.