O ÚLTIMO ELEFANTE BRANCO, resenha
O ÚLTIMO ELEFANTE BRANCO, resenha
Miguel Carqueija
Resenha do romance “O último elefante branco”, de Emílio Salgari. João Romano Torres & Cia., Editores, Lisboa, Portugal, 2ª edição, sem data (por informação achada na internet, a data de edição é 1951). Volume 4 das “Obras de Emílio Salgari”. Primeiro volume de “A cidade do rei leproso”. Tradução: Bernardo de Alcobaça. Sem indicação do título original.
Como Júlio Verne na França, Emílio Salgari foi, na Itália do século XIX e início do século XX, o grande autor de narrações aventurescas passadas em toda parte, com profusão de informações geográficas, históricas e científicas, personagens idealistas e um viés para a ficção científica.
Este romance passa-se no Sião, no Extremo Oriente. Salgari desvenda — e não sabemos até que ponto vai a veracidade das informações — os costumes naquele reino distante e quase desconhecido no Ocidente. Acompanhamos o drama de Lakon-tay, ministro que cai em desgraça perante o rei, por terem morrido sucessivamente todos os elefantes brancos do reino e que, supostamente, eram a garantia de felicidade e prosperidade. Lakon-tay tem uma linda filha, Len-pra, um servo fiel, Feng, e faz amizade com o Dr. Roberto Galeno, médico italiano que estava morando uns tempos em Bangkok, a capital do reino do Sião (hoje este país chama-se Tailândia). Roberto é, no fim das contas, o herói da história, que com Lakon-tay, Len-pra e Feng irá numa perigosa expedição ao norte do país, em busca de um elefante branco. Serão seguidos pelos pérfidos conspiradores, que com veneno haviam morto todos os elefantes brancos do rei.
Mien-ming, figurão da corte e sedento de poder, além de cobiçoso da bela Len-pra, e seu cúmplice Kopom, são os principais vilões, sempre prontos a praticar maldades. No caminho até a velha cidade real há muito abandonada na selva não faltam encontros com animais perigosos e descrições de hábitos locais e até costumes bárbaros, como a luta de tartarugas. Entretanto a história terá continuidadeno volume “A conquista do talismã”.
Guardadas certas limitações da época — como a sem-cerimônia com que os heróis praticam a caça, hoje “esporte” de má fama — o romance é interessante e apropriado ao público juvenil.
Rio de Janeiro, 21 de abril de 2018.
O ÚLTIMO ELEFANTE BRANCO, resenha
Miguel Carqueija
Resenha do romance “O último elefante branco”, de Emílio Salgari. João Romano Torres & Cia., Editores, Lisboa, Portugal, 2ª edição, sem data (por informação achada na internet, a data de edição é 1951). Volume 4 das “Obras de Emílio Salgari”. Primeiro volume de “A cidade do rei leproso”. Tradução: Bernardo de Alcobaça. Sem indicação do título original.
Como Júlio Verne na França, Emílio Salgari foi, na Itália do século XIX e início do século XX, o grande autor de narrações aventurescas passadas em toda parte, com profusão de informações geográficas, históricas e científicas, personagens idealistas e um viés para a ficção científica.
Este romance passa-se no Sião, no Extremo Oriente. Salgari desvenda — e não sabemos até que ponto vai a veracidade das informações — os costumes naquele reino distante e quase desconhecido no Ocidente. Acompanhamos o drama de Lakon-tay, ministro que cai em desgraça perante o rei, por terem morrido sucessivamente todos os elefantes brancos do reino e que, supostamente, eram a garantia de felicidade e prosperidade. Lakon-tay tem uma linda filha, Len-pra, um servo fiel, Feng, e faz amizade com o Dr. Roberto Galeno, médico italiano que estava morando uns tempos em Bangkok, a capital do reino do Sião (hoje este país chama-se Tailândia). Roberto é, no fim das contas, o herói da história, que com Lakon-tay, Len-pra e Feng irá numa perigosa expedição ao norte do país, em busca de um elefante branco. Serão seguidos pelos pérfidos conspiradores, que com veneno haviam morto todos os elefantes brancos do rei.
Mien-ming, figurão da corte e sedento de poder, além de cobiçoso da bela Len-pra, e seu cúmplice Kopom, são os principais vilões, sempre prontos a praticar maldades. No caminho até a velha cidade real há muito abandonada na selva não faltam encontros com animais perigosos e descrições de hábitos locais e até costumes bárbaros, como a luta de tartarugas. Entretanto a história terá continuidadeno volume “A conquista do talismã”.
Guardadas certas limitações da época — como a sem-cerimônia com que os heróis praticam a caça, hoje “esporte” de má fama — o romance é interessante e apropriado ao público juvenil.
Rio de Janeiro, 21 de abril de 2018.