SEM OLHOS EM GAZA, resenha
SEM OLHOS EM GAZA, resenha
Miguel Carqueija
“Sem olhos em Gaza”, romance de Aldous Huxkey. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro-RJ, 4ª edição, 1970. Biblioteca do Leitor Moderno, 107. Tradução de V. De Miranda Reis. Capa: Marius Lauritzen Bern. Título original inglês: “Eyeless in Gaza”.
Aldous Huxley (1894-1963) é considerado um dos grandes autores ingleses da modernidade. Todavia este romance, da década de 30, é decepcionante. O autor utilizou técnica ousada, ao colocar capítulos onde as épocas se revezam, da primeira á quarta década do século XX. Assim, por exemplo, o capítulo XII situa-se em 30 de agosto de 1933, o XIII em 20 e 24 de maio de 1934, já o XIV recua para 8 de dezembro de 1926. Bem mais adiante vemos, no capítulo XLIII, as datas de 20 e 21 de julho de 1914.
Essa gangorrra cronológica é, de fato, um experimentalismo literário. Mas não basta ser experimental para prestar; os personagens é que não prestam, cada um é pior do que o outro e, por desinteressante a história (ainda mais pela falta de continuidade) acabei perdendo o fio da meada. O personagem principal, Anthony, além de covarde é mentiroso. Há zombarias descabidas à religião e, da parte das diversas figuras, um comportamento em geral cínico e libertino, além do uso constante de filosofia de botequim. Tudo para pretender satirizar ou expor as mazelas da sociedade britânica, em seu setor intelectual.
O meu livro favorito de Huxkey, de todos os que eu li, é “O macaco e a essência” (Ape and essency), uma ficção científica, este realmente um grande livro.
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2017.
SEM OLHOS EM GAZA, resenha
Miguel Carqueija
“Sem olhos em Gaza”, romance de Aldous Huxkey. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro-RJ, 4ª edição, 1970. Biblioteca do Leitor Moderno, 107. Tradução de V. De Miranda Reis. Capa: Marius Lauritzen Bern. Título original inglês: “Eyeless in Gaza”.
Aldous Huxley (1894-1963) é considerado um dos grandes autores ingleses da modernidade. Todavia este romance, da década de 30, é decepcionante. O autor utilizou técnica ousada, ao colocar capítulos onde as épocas se revezam, da primeira á quarta década do século XX. Assim, por exemplo, o capítulo XII situa-se em 30 de agosto de 1933, o XIII em 20 e 24 de maio de 1934, já o XIV recua para 8 de dezembro de 1926. Bem mais adiante vemos, no capítulo XLIII, as datas de 20 e 21 de julho de 1914.
Essa gangorrra cronológica é, de fato, um experimentalismo literário. Mas não basta ser experimental para prestar; os personagens é que não prestam, cada um é pior do que o outro e, por desinteressante a história (ainda mais pela falta de continuidade) acabei perdendo o fio da meada. O personagem principal, Anthony, além de covarde é mentiroso. Há zombarias descabidas à religião e, da parte das diversas figuras, um comportamento em geral cínico e libertino, além do uso constante de filosofia de botequim. Tudo para pretender satirizar ou expor as mazelas da sociedade britânica, em seu setor intelectual.
O meu livro favorito de Huxkey, de todos os que eu li, é “O macaco e a essência” (Ape and essency), uma ficção científica, este realmente um grande livro.
Rio de Janeiro, 28 de maio de 2017.