Ignorância e Verdade
Resenha. Chaui, Marilena. Convite à Filosofia. Unidade 3. Capítulo 1. P. 111-115.
Ignorância e Verdade.
A verdade como um valor. “Filosofia não se aprende por métodos ou sistemas, mas por debates em busca de um valor que confere ao mundo um sentido: a verdade”(P. 111, Chauí,Marilena, Convite à Filosofia, 2000). Ignorância, incerteza e insegurança. A autora descreve sobre a ignorância de forma clara e objetiva. “Ignorar é não saber alguma coisa”. Em sua visão, a ignorância é um estado de inércia em sua própria acomodação. Muitas pessoas podem ter um alto grau de ignorância que não a percebem. Ignoram o que desconhece. Seu pensamento também diz que temos crenças e opiniões formadas que nos impossibilitam, ou, pelo menos, nos bastam como úteis e eficazes. Nos deixam acomodados ao superficial sem reconhecer que há algo a mais para ser buscado. Já na incerteza, Marilena Chauí, descreve que há uma dúvida sobre tudo aquilo que se conhece, colocando então, a curiosidade de buscar algo que seja verdadeiro e que nos tire da insegurança, deixando de lado nossos receios até então no velho conhecimento que se tem. Essa incerteza mostra que a superficialidade do conhecimento em certos momentos, nos deixam sem ação ao novo e nos desconcertam de maneira que, nos levam a temer sobre aquilo que de inédito se apresenta. Perde-se a autoridade do senso que já se conhecia algo, deixando a pontada de vontade de descobrir algo e/ou, da autodescoberta. Marilena ressalta que o desejo de descobrir a verdade, apresenta-se nos seres humanos desde uma tenra idade. Crianças estão curiosas para saber se o que é ensinado a elas é de fato mentira ou verdade. Uma vez que, a vida é feita de muitas decepções, esse desejo sobre a verdade aumenta em nós. Crianças em certos momentos vivem no mundo do faz-de-conta, mas estão cientes de que ele é apenas um mundo de fantasia. Elas voltam para a realidade no mesmo interesse pela busca da verdade que outrora tinham. Dificuldades para a busca da verdade. Na sociedade que hoje vivemos está difícil a busca da verdade já que, o tempo todo temos vários meios de comunicação que nos bombardeiam de inúmeras informações vindas de todos os cantos do mundo, comenta Marilena. Essa grande gama de informações levam a sociedade a pensar que por estarem sendo informadas sobre várias notícias, isso basta para o seu conhecimento. Não buscam fazer uma análise concreta daquilo que se tem em mãos. Fica fácil acreditar no que dizem. A autora propõe um pensamento muito curioso e interessante. Ela diz que se colocarem uma pessoa para ler vários tipos de jornais, vários noticiários, estudasse em escolar diferentes, iria perceber que mesmo tendo o mesmo assunto tratado, a pessoa teria várias informações
divergentes. Isso a faria perceber que há uma necessidade de ir a fundo em algo para se ter uma verdade. Mas a confiança em quem está dando informações é tão grande, que a pessoa se sente satisfeita. Um outro meio perigoso de informação é a propaganda. Marilena lembra que a propagandas nunca falam de fato para que serve tal produto. Sempre mostram o lado belo e produtivo daquilo que querem vender. Fantasiam o produto de forma que não percebemos e nos sentimos motivados para adquiri-los. Não por menos, a autora descreve um pensamento importante sobre a política. Pessoas depositam suas confianças em políticos por inúmeras promessas que fazem. Ao fim de tudo, veem que nada foi feito e dizem que não tem como acreditar na política brasileira. Não há verdade nas falas e não há o desejo de buscar a verdade naquilo que é falado. Em outro cenário, pode haver uma reação contraria. Pessoas podem duvidar e não se sentirem totalmente satisfeitas com aquilo que ouvem, e ir atrás da verdade. Começam a perguntar e se informar como fizeram filósofos no passado, que saiam nas praças e ruas colocando em prova tudo o que não lhes convinham acreditar. Querem a libertação da mente e do conhecimento. “Podemos, dessa maneira, distinguir dois tipos de busca da verdade”, diz Marilena. O primeiro vem com a decepção, incerteza e insegurança. O segundo surge da deliberação ou decisão em não ficar na aceitação das crenças e opiniões preestabelecidas. Um dos filósofos mais famosos da história, Descarte, colocou certa vez em prova todo o conhecimento adquirido ao longo da vida. Ele só iria aceitar tudo como verdade, se provasse a ele ser verdadeiro, se tudo aquilo de fato, fosse racional e de confiança para ele. “Penso, logo existo”. A autora coloca esta frase de Descarte em destaque para fechar seu texto. Segundo ela, se a mesma duvidar que está pensando, ainda assim isso será um pensando. Uma dúvida automaticamente é um pensamento. Conclusão. Percebe-se com base no texto, que todos os seres humanos, tem dentro de si algo que grita pela verdade. Um sentimento ou até mesmo um instinto de saber, de conhecer o que é verdadeiro e o que é mentiroso. Não tem problema de vez em quando pensar no mundo do faz de conta como fazem as crianças. Mas precisamos ter a real noção daquilo é fantasia e o que é real. A fantasia nos leva para um mundo só nosso, serve muitas das vezes para nos livrar do peso do mundo real. Um mundo de muitas mentiras e enganos. Atualmente vivesse na hera da tecnologia. Muitas informações indo e vindo, bombardeios de notícias vindas diariamente em sites, televisão, aplicativos de celulares etc. Apesar de toda a tecnologia que se dispõe hoje, muitas pessoas ainda ficam alienadas somente naquilo que chegam até elas, sem saber ou negando saber que, em suas mãos, estão grandes ferramentas de acesso para desvendar o ainda não conhecido. Se uma sociedade começar a pensar de forma crítica, debater ideias, reconhecer que pouco sabem, muitas coisas iriam mudar. Menos enganos e extorsões mentais e intelectuais iriam sofrer. Não há dúvida alguma que este pequeno texto da Marilena Chauí, faz pensar no assunto ignorância e saber, de forma que, leva a mergulhar num oceano de questionamentos e descobrimentos pessoais. Pensar, raciocinar, dialogar, expor ideias e questionamentos, são armas poderosas que todos têm a capacidade de possuir. Armas de defesa e o ataque contra toda ignorância que ainda existe de certa forma, em vários âmbitos do conhecimento. Espera-se com muito entusiasmo, que em breve, a sociedade desperte do torpor da ignorância, renasça para o esplendor do conhecimento verdadeiro e sincero, e, seja plenamente feliz com novos ideais e perspectiva de vida.
Fica nesta conclusão, a frase que deu um brilho todo especial no texto de Marilena, para reflexão e inspiração de todos nós; “Penso, logo existo”.
Leandro Augusto Nogueira.
Universidade do Vale do Paraíba
Filosofia e Ética.
Resenha. Chaui, Marilena. Convite à Filosofia. Unidade 3. Capítulo 1. P. 111-115.
Ignorância e Verdade.
A verdade como um valor. “Filosofia não se aprende por métodos ou sistemas, mas por debates em busca de um valor que confere ao mundo um sentido: a verdade”(P. 111, Chauí,Marilena, Convite à Filosofia, 2000). Ignorância, incerteza e insegurança. A autora descreve sobre a ignorância de forma clara e objetiva. “Ignorar é não saber alguma coisa”. Em sua visão, a ignorância é um estado de inércia em sua própria acomodação. Muitas pessoas podem ter um alto grau de ignorância que não a percebem. Ignoram o que desconhece. Seu pensamento também diz que temos crenças e opiniões formadas que nos impossibilitam, ou, pelo menos, nos bastam como úteis e eficazes. Nos deixam acomodados ao superficial sem reconhecer que há algo a mais para ser buscado. Já na incerteza, Marilena Chauí, descreve que há uma dúvida sobre tudo aquilo que se conhece, colocando então, a curiosidade de buscar algo que seja verdadeiro e que nos tire da insegurança, deixando de lado nossos receios até então no velho conhecimento que se tem. Essa incerteza mostra que a superficialidade do conhecimento em certos momentos, nos deixam sem ação ao novo e nos desconcertam de maneira que, nos levam a temer sobre aquilo que de inédito se apresenta. Perde-se a autoridade do senso que já se conhecia algo, deixando a pontada de vontade de descobrir algo e/ou, da autodescoberta. Marilena ressalta que o desejo de descobrir a verdade, apresenta-se nos seres humanos desde uma tenra idade. Crianças estão curiosas para saber se o que é ensinado a elas é de fato mentira ou verdade. Uma vez que, a vida é feita de muitas decepções, esse desejo sobre a verdade aumenta em nós. Crianças em certos momentos vivem no mundo do faz-de-conta, mas estão cientes de que ele é apenas um mundo de fantasia. Elas voltam para a realidade no mesmo interesse pela busca da verdade que outrora tinham. Dificuldades para a busca da verdade. Na sociedade que hoje vivemos está difícil a busca da verdade já que, o tempo todo temos vários meios de comunicação que nos bombardeiam de inúmeras informações vindas de todos os cantos do mundo, comenta Marilena. Essa grande gama de informações levam a sociedade a pensar que por estarem sendo informadas sobre várias notícias, isso basta para o seu conhecimento. Não buscam fazer uma análise concreta daquilo que se tem em mãos. Fica fácil acreditar no que dizem. A autora propõe um pensamento muito curioso e interessante. Ela diz que se colocarem uma pessoa para ler vários tipos de jornais, vários noticiários, estudasse em escolar diferentes, iria perceber que mesmo tendo o mesmo assunto tratado, a pessoa teria várias informações
divergentes. Isso a faria perceber que há uma necessidade de ir a fundo em algo para se ter uma verdade. Mas a confiança em quem está dando informações é tão grande, que a pessoa se sente satisfeita. Um outro meio perigoso de informação é a propaganda. Marilena lembra que a propagandas nunca falam de fato para que serve tal produto. Sempre mostram o lado belo e produtivo daquilo que querem vender. Fantasiam o produto de forma que não percebemos e nos sentimos motivados para adquiri-los. Não por menos, a autora descreve um pensamento importante sobre a política. Pessoas depositam suas confianças em políticos por inúmeras promessas que fazem. Ao fim de tudo, veem que nada foi feito e dizem que não tem como acreditar na política brasileira. Não há verdade nas falas e não há o desejo de buscar a verdade naquilo que é falado. Em outro cenário, pode haver uma reação contraria. Pessoas podem duvidar e não se sentirem totalmente satisfeitas com aquilo que ouvem, e ir atrás da verdade. Começam a perguntar e se informar como fizeram filósofos no passado, que saiam nas praças e ruas colocando em prova tudo o que não lhes convinham acreditar. Querem a libertação da mente e do conhecimento. “Podemos, dessa maneira, distinguir dois tipos de busca da verdade”, diz Marilena. O primeiro vem com a decepção, incerteza e insegurança. O segundo surge da deliberação ou decisão em não ficar na aceitação das crenças e opiniões preestabelecidas. Um dos filósofos mais famosos da história, Descarte, colocou certa vez em prova todo o conhecimento adquirido ao longo da vida. Ele só iria aceitar tudo como verdade, se provasse a ele ser verdadeiro, se tudo aquilo de fato, fosse racional e de confiança para ele. “Penso, logo existo”. A autora coloca esta frase de Descarte em destaque para fechar seu texto. Segundo ela, se a mesma duvidar que está pensando, ainda assim isso será um pensando. Uma dúvida automaticamente é um pensamento. Conclusão. Percebe-se com base no texto, que todos os seres humanos, tem dentro de si algo que grita pela verdade. Um sentimento ou até mesmo um instinto de saber, de conhecer o que é verdadeiro e o que é mentiroso. Não tem problema de vez em quando pensar no mundo do faz de conta como fazem as crianças. Mas precisamos ter a real noção daquilo é fantasia e o que é real. A fantasia nos leva para um mundo só nosso, serve muitas das vezes para nos livrar do peso do mundo real. Um mundo de muitas mentiras e enganos. Atualmente vivesse na hera da tecnologia. Muitas informações indo e vindo, bombardeios de notícias vindas diariamente em sites, televisão, aplicativos de celulares etc. Apesar de toda a tecnologia que se dispõe hoje, muitas pessoas ainda ficam alienadas somente naquilo que chegam até elas, sem saber ou negando saber que, em suas mãos, estão grandes ferramentas de acesso para desvendar o ainda não conhecido. Se uma sociedade começar a pensar de forma crítica, debater ideias, reconhecer que pouco sabem, muitas coisas iriam mudar. Menos enganos e extorsões mentais e intelectuais iriam sofrer. Não há dúvida alguma que este pequeno texto da Marilena Chauí, faz pensar no assunto ignorância e saber, de forma que, leva a mergulhar num oceano de questionamentos e descobrimentos pessoais. Pensar, raciocinar, dialogar, expor ideias e questionamentos, são armas poderosas que todos têm a capacidade de possuir. Armas de defesa e o ataque contra toda ignorância que ainda existe de certa forma, em vários âmbitos do conhecimento. Espera-se com muito entusiasmo, que em breve, a sociedade desperte do torpor da ignorância, renasça para o esplendor do conhecimento verdadeiro e sincero, e, seja plenamente feliz com novos ideais e perspectiva de vida.
Fica nesta conclusão, a frase que deu um brilho todo especial no texto de Marilena, para reflexão e inspiração de todos nós; “Penso, logo existo”.
Leandro Augusto Nogueira.
Universidade do Vale do Paraíba
Filosofia e Ética.