Orientação para o matrimônio


ORIENTAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO
Miguel Carqueija

Assinado por Frei B. Dissel, Ordem Carmelita, este livrinho recebeu “imprimatur” do Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Antonio (17/3/1954) e de Frei Bonifácio Hanek, provincial da Ordem Carmelita (2/3/1954) e não tem indicação da casa impressora, que deve ter sido uma simples gráfica.
Este opúsculo é refleto de bons conselhos e informações muito úteis. Curiosamente na capa consta o aviso: “leitura reservada”. Na verdade destina-se a noivos. Começa com uma frase brilhante: “O matrimônio é instituição divina e um santo sacramento que requer santa preparação.”
Antes de mais nada o autor sabiamente lembra que o homem e a mulher, criaturas de Deus, estão a serviço de Deus.


“Dotou o Criador os homens do poder maravilhoso de dar a vida a novos seres humanos.”
“Foi Deus Nosso Senhor que fez tudo assim, por isso a união corporal mencionada não é pecado para os casados, mas é para eles um direito conforme as palavras: “Sereis dois numa só carne”.


Lembra o autor que “o ato conjugal é um direito e um dever mútuo”, que um dos cônjugues não deve recusar ao outro sem motivo razoável. Um desses motivos é a embriaguês, que pode até prejudicar a prole.
O autor se refere ao crime horroroso do aborto, crime de homens e mulheres, e cita Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal do Rio de Janeiro:


“Pode haver maior crueldade do que o assassínio de vitimazinhas inocentes e indefesas, praticado por aqueles que deviam proteger-lhe a vida: os pais e o médico?”

Demora-se Frei Dissel em torno da necessidade do aleitamento materno, as suas vantagens. E lembra ainda a esplêndida prerrogativa das mães: “À mãe é, mais que a outrem, confiada a educação primeira da criança, nos primeiros meses e anos” (Pio XII).
Este precioso opúsculo encerra recordando o grande e sensível exemplo da Mãe de Jesus Cristo.

Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 2018.