A escrita é meu prazer
No meu cérebro de poeta não falta imagem literária e nem idéia boa. Em qualquer assunto eu escrevo o que penso e me saio muito bem. Escrever para mim é algo prazeroso. Até hoje não me faltou assunto para eu escrever, para eu narrar uma crônica, um soneto e até mesmo outro texto literário, porque a literatura faz parte da minha vida e sempre me incentivou a escrever qualquer coisa. Depois de cinquenta anos de leitura, eu já sinto uma enorme habilidade para produzir um poema, ou um artigo sem perder o discernimento das coisas verdadeiras. Ao me afastar da viola, senti grande impulso para escrita e não parei mais de escrever o meu pensamento literário. Meus trinta anos de viola estão sepultados para sempre, porque o meu universo hoje é a arte literária e não mais a viola, ou a literatura oral. Escrever para mim é algo mais do que sublime, visto que eu passo a dizer tudo que sinto e penso. Todo e qualquer texto literário que eu pruduzir tem como escopo o sofrimento da nossa gente e sobretudo o meu sofrimento de homem intelectual, que até hoje foi pouco admirado por uma sociedade medíocre, que não sabe na verdade o que realmente é cultura. O meu esforço artístico não é louvado por ninguém, sobretudo pelos meus conterrâneos. Uma sociedade chavasca como a nossa não pode de maneira alguma dar valor a quem é intelectual. Ser intelectual no Brasil é muito perigoso máxime se vier de um meio humilde como é o meu caso. Eu escrevo não é porque sou doutor, escrevo porque sinto a arte em mim, e procurei nos livros o conhecimento técnico para narrar aquilo que quero levar ao conhecimento do meu leitor. Não foi fazendo o famoso ENEM do governo, que aprendi a escrever, foi lendo desde menino que descobri a hábito da escrita.