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A MALA DE HANA
 
A MALA DE HANA – Uma história real
Autora: Karen Levine
 
            Uma criança de 13 anos chamada Hana Brady, que nasceu na pequena cidade de Nove Mesto na antiga Tchecoslováquia (atual República Tcheca) em maio de 1931. Seus pais morreram na câmara de gás no campo de concentração nazista, comandado pelo ditador Adolf Hitler.
            Na Segunda Guerra Mundial O Japão era aliado dos nazistas. Em função disso, como repúdio e memória das barbáries que fizeram com os judeus, foi fundado o Museu do Holocausto em Tóquio, para contar a história do que houve na Guerra.  Nesse museu foi recebida a foto de uma mala, com o Nome Hana Brady, acompanhado de um código.
            No ano 2000 uma professora japonesa chamada  Fumiko Ishioka decidiu ir atrás e descobrir quem era a dona daquela misteriosa mala. Sabiam que era de uma tal Hana Brady porque vinha escrito seu nome em tinta branca acompanhado de um código, que era um controle dos nazistas.
            O que eles sabiam que a mala estaria no museu de Auchwitz, no local de um campo de extermínio. Ali muitos tiveram uma morte cruel nas câmaras de gás. Entre todos, foram seis milhões de judeus. Só crianças foram 1.500.00. Isso no espaço de 1939 e 1945.
            As crianças alunas da professora Fumiko faziam-lhe perguntas. Queriam saber quem e como era a antiga dona daquela mala, que em 2000 estaria com 69 anos.
            A professora decidiu que seria melhor mostrar através de objetos que as crianças pudessem ver e tocar. Escreveu para museus do Holocausto de várias partes do mundo, mas a resposta quando havia era de que, nada poderia ser tirado de lá.
            Fumiko resolveu ir pessoalmente até Polônia onde houvera muitos campos de concentrações na época do domínio nazista. Foi até o museu do Holocausto de Auschwitz. Com muito custo e persistência conseguiu alguns desenhos feitos pela menina Hana. Algumas fotos dela e da família. Descobriu através dos desenhos que a menina gostava de teatro e o seu grande sonho era ser professora. Era também poetisa. Lá havia uma lista com os nomes dos judeus que eram mandados para a morte. Ali estava Hana Brady, que não havia marca alguma. Isso significaria que a pessoa havia sido morta.  Logo acima, estava outro nome sublinhado: George Brady. Aquele grifo indicava que a pessoa havia sobrevivida. Mas lá conseguiu a mala. Eles lhe mandaram pelo correio. Parte do sonho da professora estava realizado.
            Como foi informada de que George não havia morrido, foi até Nove Mesto, a pequena cidade onde morava a família Brady. Disseram que George Brady foi embora para o Canadá. Casou, teve filhos e lá prosperou muito.
            A professora japonesa resolveu ir até Toronto, com o endereço que havia lhe dado. Chegando lá, encontrou no escritório: George Brady. Um senhor com 72 anos, saudável e rico. Contou a sua trajetória. O irmão de Hana lhe contou todos os detalhes que se lembrava da irmã. Os dois choraram. O homem chorou, mas se alegrou porque sabia que a sua história, principalmente da irmã que tanto amava estava sendo contada ao redor do mundo.
            Professora Fumiko levou George até o Japão para conhecer o Museu do Holocausto e dar palestra aos alunos. Chegando lá, encontrou várias homenagens feitas pelas crianças, à dona da misteriosa mala. Dentre estas estavam também alguns poemas escritos da pequena poetisa que a vida foi lhe ceifada tão cedo e numa forma tão cruel. George, a professora e a filha do senhor Brady se abraçaram e choraram. Um grande sonho estava sendo realizado e a história do Holocausto contada.
 
            PROFESSORA HANA BRADY. O grande sonho da pequena Hana Brady que queria muito ser professora foi e está sendo realizado. Através da misteriosa mala, está sendo contada a milhões de pessoas ao redor do mundo. Cada um que lê ou ouve sobre Hana, aprende sobre o Holocausto e que esses judeus passaram...
 
            Com base nesse relato tão rico de detalhe saiu o livro A Mala de Hana, escrita por Karen Levine. Uma história real emocionante que leva o leitor às lágrimas.
 
(Christiano Nunes)

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George Brady e sua irmã Hana Brady


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Professora Sumiko e George Brady - Ano 2001


Esta é uma republicação. Postei a primeira vez em abril / 2016.
Cada vez que releio me emociono.