Lucrécia Borgia
Esse livro do qual faço essa resenha cujo título "Lucrécia Borges" de autoria de Jean Plaidy, que foi traduzido por Luiz Carlos do Nascimento Silva, segunda edição que fora editado no ano de 2001 no Rio de Janeiro pela Editora Record.
Esse era um dos pseudônimos da autora que nascera em Londres no dia 01/09/1906 e morrera no dia 18/01/1993. Sendo suas principais publicações: A Saga dos Plantagenetas com 14 volumes, Lucrécia e A Madona das sete colinas.
Esse romance foi realizado depois de um estudo acurado sobre a vida da dama que fora vista como um veneno para a sociedade, uma mulher ardilosa, incestuosa e depravada. Estudos esses que fizeram a autora chegar a conclusão, que Lucrécia não era esse monstro todo que as pessoas imaginavam. Na concepção da autora Lucrécia era uma mulher boa, submissa, mas que infelizmente fora vítima das intenções do seu pai, o papa Alexandre VI e do seu irmão o ditador César Borgia.
Lucrécia era filha de Roderigo Borgia que posteriormente viera a ser o papa Alexandre VI e sua mãe chamava Vanozza que vivia nos arredores de Roma, sendo que Lucrécia vivia no Vaticano, juntamente com seu pai e os irmãos Godofredo, Giovanni e César Borgia.
César inicialmente fazia parte do papado, mas devido ser um homem muito ambicioso e não ter vocação para o bispado, pediu junto a seu pai a exoneração do mesmo, pedido esse que foi aceito por seu pai e seu conselho. Dando início a uma série de conquistas, seu ideal era conquistar o mundo, sendo que contava com todo apoio do seu pai.
O comentário que tinha na região, era que incestos eram cometidos dentro da família Borges, sendo que César enciumado do relacionamento de Lucrécia com Giovanni pelo qual nutria muito carinho, matou o seu próprio irmão. Aliás César procurava matar todos que se aproximavam de Lucrécia.
Godofredo idolatrava seu irmão César, e mesmo sendo casado com Sanchia, sentia o maior orgulho de saber que sua esposa e seu irmão eram amantes.
Lucrécia casara três vezes devido aos conchavos políticos de César e do seu pai em troca de alianças. O primeiro casamento fora realizado com o Conde de Catignola Giovanni Sforza. Com o tempo vendo que o conde não atendia aos seus anseios políticos, o papa Alexandre VI, mesmo contra o não consentimento de Giovanni, arrumara um jeito de anular o casamento, alegando que o mesmo não havia consumado, sendo acatado pelo Vaticano. Posteriormente Giovanni morrera e as suspeitas eram que César era o responsável pela morte do conde.
Nesse meio tempo da sua separação, Lucrécia tivera um caso com o espanhol Pedro Caldes, chegando até ter um filho com ele. Quando César e seu pai ficaram sabendo dessa notícia, trataram imediatamente de matar Pedro e deram um sumiço no filho Giovanni.
Vendo que Lucrécia estava muito triste com a morte do amante, trataram de encomendar o segundo casamento com Afonso de Biscegli, que era irmão de Sanchia Aragão. Lucrécia apaixonara por completo pelo jovem Afonso, com o qual tiveram um filho com o nome de Roderigo em homenagem ao papa. Vendo que Lucrécia mais e mais amava Afonso, César tramou o seu assassinato, sendo que tal acontecimento chocara por completo Lucrécia.
Para tentar apaziguar a tristeza que havia no coração de Lucrécia, encomendaram um terceiro casamento com Alfonso D'Este que viera a ser Duque de Ferrara com a morte do pai. Esse casamento não trouxe nenhuma alegria pra Lucrécia, sendo que Alfonso só a procurava a noite para fazer sexo, e mesmo assim ela tinha que dividi-lo com as cortesãs da região, pelas quais Alfonso tinha uma grande queda. Devido o descaso de Alfonso por Lucrécia, nessa época ela teve dois romances. Um com o poeta Pietro Bembro que era amigo de Hércules Strozzi que viera ser um grande amigo de Lucrécia. O outro romance viera a ter com o Marquês de Mantua Francesco Gonzaga. Francesco apaixonara verdadeiramente por Lucrécia, que motivada pelo fato dele ser casado com a sua inimiga Isabella, que era irmã de Alfonso.
O seu Pai o papa Alexandre VI tinha muitos inimigos no Vaticano devido o poder que ele exercia sobre todos, então tramaram contra o papa que fora morto por envenenamento, seu filho César também fora envenenado, mas conseguira resistir aos efeitos do veneno. Infelizmente com a morte de seu pai, César vira seu poder e influência praticamente ser extirpado. O novo papa buscara apoio com César, mas depois de eleito, não cumprira seu acordo, enviando César para a prisão. César consegue fugir da prisão, mas logo em seguida é morto.
Com a morte do pai e do seu irmão César, Alfonso tratou de eliminar todas as pessoas que faziam parte do círculo de amizade de Lucrécia, entre eles o nobre Hércules Strozzi que era filho da família Strozzi poderosíssima na região, tratara também de exilar os seus irmãos que eram amigos de Lucrécia Giúlio e Ferrantes.
No fim da vida de Lucrécia o que dava ela prazer era o seu romance com o Duque de Mantua, que também tivera um fim devido as perseguições do seu marido. Lucrécia tinha uma vida desgostosa, sem prazer, depois da morte do pai e do irmão e depois de um parto mal sucedido ela morrera aos 39 anos.