Resenha do livro AS TECNOLOGIAS DA INTELIGÊNCIA

Pierre Lévy é filósofo, sociólogo e pesquisador em ciência da informação e da comunicação e estuda o impacto da Internet na sociedade, as humanidades digitais e o virtual .

O livro “As tecnologias da Inteligência” possuem como assunto principal a importância do conhecimento na composição das saberes e intelectos dos humanos.

I. A metáfora do hipertexto

Etimologia:

Hipertexto: "forma de apresentação de informações em um monitor de vídeo, na qual algum elemento (palavra, expressão ou imagem) é destacado e, quando acionado (ger. mediante um clique de mouse), provoca a exibição de um novo hipertexto com informações relativas ao referido elemento; hipermídia"

O hipertexto se classifica por seis princípios básicos e abstratos:

1. Princípio de metamorfose – A rede hipertextual está em constante criação, modificação.

2. Princípio de heterogeneidade– Os nós e conexões da rede hipertextual serão heterogêneos, ou seja, poderão assumir diversas formas, como imagens, sons, palavras, modelos, etc.

3. Princípio de multiplicidade e de encaixe das escalas – Um nó ou conexão pode revelar-se como sendo composto por toda uma rede.

4. Princípio de exterioridade – Os caminhos escolhidos em um hipertexto são de origem externa ao texto, ou seja, vem de seu usuário. A rede depende de um elemento externo que a impulsione.

5. Princípio de topologia – A rede não está no espaço, ela é o espaço. Os meios compostos por hipertextos interligados são similares e vizinhos, ou seja, tem de ser compatíveis. Por exemplo, um texto de um livro não é comumente ligado a um texto de internet.

6. Princípio da modalidade dos centros – A rede hipertextual não possui centros, cada texto, cada som, cada imagem que está interligada possui um centro de significância próprio. A rede possui permanentemente diversos centros, que possuem diversas ramificações.

Imagens do sentido: Uma iniciação do que é hipertexto, o que é comunicação e como uma única expressão é capaz de nos causar o efeito da reflexão sobre alguns itens ou circunstâncias, como no exemplo dado pelo livro: uma palavra no caso maçã nos faz lembrar da fruta, do seu cheiro e da sua forma.

O hipertexto: Salientando a história do hipertexto, formado por Vannevar Bush e o termo criado por Theodore Nelson. Por meio de exemplificações essa parte do capítulo nos indica de que maneira o hipertexto é capaz de ser utilizado: de modos educativos como, entender a manusear e as técnicas de um motor através de vídeo animado e com apenas um clique sobre as peças saber o seu nome e como usa-las. Todas as facilidades que conseguem ser desenvolvidas com o hipertexto assim como as interfaces que ficaram destacadas nos anos oitenta com a informática, chamado pelo Lévy de princípios básicos da interação amigável. Temos o manuseio do mouse e o menu. Foi como consequência dessa interação amigável que o hipertexto foi realizado e depois espalhado.

Sobre a técnica enquanto hipertexto, o computador pessoal: O invento do computador pessoal por jovens californianos na região de Silicon Valley, uma área em que grande maioria das pessoas poderiam expressar suas ideias e com uma larga escala de abundancia de meios eletrônicos. Nos revela as maiores empresas de informática dando uma certa evidência a Apple desde a sua origem e todos os obstáculos até se tornarem uma megaempresa se transformando na Apple Macintosh. Um dos maiores sucessos da Macintosh foi o mouse.

O Groupware: Essa parte do capítulo nos apresenta como é trabalhoso refletir em coletivo em uma ocasião onde um grupo têm pessoas distintas uma das outras, que pensam de maneira diferente buscando atingir uma concordância sobre alguma temática. O Groupware auxilia cada indivíduo a se encontrar dentro de uma discussão oferecendo uma representação gráfica da rede de argumentos. Produzido pela equipe de Douglas Engelbert, o Groupware abrangia utilitários para desempenho, programação, processamento de texto e diversos catálogos para documentos.

Groupware: é um grupo formado para ajudar ao trabalho em equipe, representa uma aplicação promissora dos hipertextos que ajuda ao raciocínio, à argumentação, à discussão, à criação, à organização, ao planejamento, etc.

A metáfora do Hipertexto: A divergência do homem para um animal é a capacidade de pensar/refletir. Essa parte nos apresenta como uma pessoa pode pensar de maneira tão distinta da outra por meio da interpretação. Para que um grupo compartilhe a mesma essência, não basta que seja dado à mesma mensagem, é preciso o Groupware que nos oferece as anotações, os comentários e as críticas.

A 1ª parte deste livro engloba concepções primordiais da tecnologia e seu progresso conforme os anos, o Lévy apresenta uma novidade da “atualidade”, no que se refere a internet e seu extenso costume nas interações entre as pessoas. Expressa a respeito da utilização do hipertexto e sua clareza na demanda de conceitos relacionados no levantamento da sabedoria além da gradual indispensabilidade de um computador pessoal em prol dos frequentes acessos que gradualmente seriam mais e mais fundamentais ao longo do tempo e o uso indispensável da web. Com início deste artifício outras ideias são citadas como o próprio hipertexto e groupwere como sinônimos, portanto apresenta o papel de além de agrupar informações, mas redes sociais, críticas e registros.

II. Os três tempos do espírito: A Oralidade Primaria, a Escrita e a Informática

Palavra e memória: Nas mentes, por meio de buscas mnemotécnicas (técnica de estimulação da memória), nas matérias primas variadas, as inscrições de todos os tipos. Em 1ºlugar a escrita, depois desempenham o papel de travas de irreversibilidade. Obrigando o tempo a passar somente em um sentido. Elaboram inúmeras histórias com ritmos diversos. Uma organização social pode ser julgada como um apetrecho que serve para reter formas, para acumular as inovações, contanto que seja integrado e todo o novo técnico viver. Em vínculo à forma do raciocínio espontâneo, o qual não tem muito a ver com a “razão” hipotética fixada em seu interior, afinal a nossa memória não é um dispositivo de armazenamento e recuperação fiel, portanto podemos e devemos perder certas lembranças para armazenarmos novas coisas, de fato a nossa memória não é leal às informações. Segundo com a psicologia cognitiva contemporânea, não há apenas uma, mas diversas memórias, funcionalmente distintas.

A escrita e a história: Com a escrita somos capazes de abordamos que ainda os meios de conhecimento e os estilos de temporalidade são majoritários. A história é atacada, perder sua hegemonia na civilização da televisão e do computador.

A rede digital: O progresso da máquina, o 1º computador, o Eniac dos anos 40, para programá-lo tinha a necessidade que fosse ligado diretamente aos circuitos, sistema que era realizador por intermédio de cabos. Nos anos 50 as orientações eram efetuadas através de códigos binários. As telas por tanto se popularizaram no final dos anos 70, consideradas por bastante tempo como equipamento físico do computador, os primeiros microcomputadores eram vendidos sem os cubos catódicos cujo somos habituados hoje. Consequentemente a tela é necessária, como o monitor e o teclado, tais simbolizam a própria máquina.

O tempo real: Esses desejam possuir a informação mais fundamentada, mais ágil possível, para tomar a decisão mais sábia. O sistema não é para conservar o saber do especialista, mas para progredir a partir do conhecimento exposto. As linguagens permitem que o sistema seja melhorado ou alterado sem a necessidade de começar tudo novamente.

O esquecimento: Mesmo que efetuada por novos procedimentos, uma enorme parte da herança cultural permanece. Nada de bom é realizado se não houver envolvimento da pessoa. A subjetividade da memória, seu ponto crucial e vital, precisamente deve se rejeitar a pista ou o que foi arquivado no passado, para ser inaugurado o novo tempo.

Nessa 2ª parte, “Os Três Tempos do Espírito: A Oralidade Primária, A Escrita e A Informática” remota um método histórico do ser humano e sua relação com a sabedoria. A princípio o ser humano repassava sua história por meio da oralidade, histórias contadas de mãe para filha e assim se criavam as relações sociais entre as pessoas. Em seguida, veio a imensa reforma da escrita, a qual permitiu a transmissão e armazenamento de informações que a mente humana não tem capacidade de realizar. Na época atual, segundo o Lévy, a revolução da informática abrindo muitas possibilidades de conexão entre as pessoas de forma larga e sem precedentes sendo que a tecnologia de cada época não extingue a outra, só vem a acrescentar.

III. Rumo a uma ecologia cognitiva

Após ler o termo “ecologia cognitiva”, diversas hipóteses podem aparecer em sua reflexão. Particularmente a indecisão do significado da ideia. Ao ouvirmos a palavra “ecologia”, velozmente relacionamos aos estudos que já estamos familiarizados a fazer na escola, sobre o meio ambiente, a natureza, etc. A palavra Ecologia quer dizer a parte da Biologia que tem como intento a aprendizagem das relações dos seres vivos com o seu meio natural. Cognitiva, é a Função da inteligência ao obter um conhecimento.

O Autor faz um profundo estudo sobre a competência de conhecimento dos indivíduos no meio em que vive. Consciência, inteligência, tecnologias, psicanálises, raciocínio e interfaces são alguns aspectos interpretados pelo Pierre nesta obra.

A 3ª parte do livro Cita a respeito de duas maneiras: o sujeito e a razão. A ideia em relação ao sujeito discursa sobre um tema filosófico referente a multiplicidade do ser humano, sua estrutura psicológica e características sobre o cognitivo humano. Já a razão oferece a racionalidade do indivíduo na utilização das tecnologias inteligentes no auxílio da memória e próteses no corpo. Os dois conceitos, segundo o Pierre, se dizem respeito as condições históricas sendo propicias a possibilidades de uma Ecologia Inteligente percebido que os que estão nas redondezas do ser humano influenciam nas ações e tomadas de decisões.

Red Linces
Enviado por Red Linces em 14/06/2017
Código do texto: T6027436
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