Enquanto houver champanhe há esperança
Uma biografia de Zózimo Barrozo do Amaral by Joaquim Ferreira dos Santos
O papel do colunista social e suas relações com a elite é a tônica deste livro. Zózimo Barrozo do Amaral e antes dele Ibrahim Sued, ambos no Rio de Janeiro se notabilizaram por criar uma marca pessoal seguindo os passos do antológico Jacinto de Thormes para representar o que fazem de suas vidas, quais os critérios de valores que possuem e como convivem as elites da sociedade.
Este gênero nasceu e se desenvolveu na imprensa americana num estilo de notas curtas e sincopadas sobre artistas, celebridades, milionários, figuras excêntricas, autoridades e outras pessoas da sociedade que pudessem ser destaque na coluna.
Na coluna social de Zózimo Barrozo do Amaral no Jornal do Brasil, independente do “savoir faire” deste “métier” destaca-se o fato da política aparecer nos textos do colunista durante a ditadura militar, quando, ironicamente, antes denominadas como triviais e fúteis, as colunas contribuíram com informações sobre os bastidores do poder, ainda que em grande parte de maneira disfarçada, em que somente os mais informados entendiam.
Lembro-me do meu pai lendo atentamente a coluna Zózimo do JB todas as tardes quando chegava do trabalho... Acho que por isso que comprei o livro. Se eu tivesse vivido no Rio ou fosse carioca curtiria mais a leitura.