A máquina de histórias
Conheci o livro “A máquina de histórias” através de um aluno. Na volta das férias de julho de 2014, as crianças precisavam indicar um livro lido e então esse título surgiu. Ele se destacou dentre tantos outros, que se repetiam inúmeras vezes, tanto pelo seu nome quanto por suas ilustrações, que eram bem diferentes.
No momento em que foi pedido para que trouxéssemos um livro infantil para apresentar na aula, imediatamente me lembrei dele. Acredito que sua história, apesar de simples, pode proporcionar uma discussão bem interessante.
O livro conta a história de um menino de aproximadamente 7 anos que adora passar o tempo procurando coisas diferentes por ai. Em uma dessas aventuras, Hélio encontra uma caixa perdida em seu porão e, após remexê-la, acha um objeto muito diferente. Ele fica intrigado, pois ele não faz “bip” ou “plim!” e não tem botão de liga/desliga, como a maioria de seus brinquedos. Ele tinha letras e símbolos, como um teclado de computador, mas não tinha nenhuma tela. O que poderia ser?
Após muitas tentativas ele consegue liga-lo e, então, percebe que esse objeto é na verdade uma máquina que escreve, pois apertando os seus botões ela faz letras e essas letras formam palavras e, às vezes, alguns desenhos. Com esses desenhos ele consegue criar diversas histórias e é a partir dai que ele conclui que se trata, então, de uma máquina de histórias.
Infelizmente, depois de Hélio passar horas e mais horas utilizando a máquina, ela para de funcionar. Ele fica muito chateado, pois era com ela que agora ele criava suas histórias e com a máquina quebrada isso não seria mais possível. Ainda triste com a perda, ele resolve revirar aquela caixa novamente. Após mexer e remexer nela, ele encontra mais alguns objetos. Com esses novos objetos ele percebe que não era a máquina que fazia as histórias, era ele, pois mesmo sem ela e com aqueles tecidos, folhas e livros que ele encontrou, ele também conseguia cria-las.