POR UMA NOVA GESTÃO PÚBLICA

A edificação da nova administração pública

• “Neste capítulo, abordamos as bases teóricas e as origens dos modelos de reforma e gestão do Estado que sustentam a nova administração pública.” (p. 27).

• “Elementos teóricos que contribuíram para sua edificação: o pensamento neoliberal e a teoria da escolha pública.” (p. 27).

• “Em segundo lugar, avaliamos sua dinâmica, examinando a atuação dos think tanks e os movimentos neoconservadores.” (p. 27).

• “Em terceiro lugar, apresentamos o contexto que favoreceu a disseminação dessa nova abordagem de administração pública: crise do keynesianismo, a expansão do movimento gerencialista e abordamos as características da nova administração pública britânica.” (p. 27).

• “Os movimentos neoconservadores buscaram aumentar a eficiência do Estado.” (p. 27).

• “A literatura sobre o movimento neoconservador evidencia que ele está diretamente relacionado com alguns dilemas do pensamento político liberal.” (p. 28).

• “No que se refere à administração da economia, o pensamento liberal defende o laissez-faire, ou não intervenção do Estado.” (p. 28).

• “Com o sucesso delas (medidas da New Deal), consolidou-se a crença de que as crises capitalistas são contornáveis.” (p. 29).

• “Hayek costuma enfatizar o coletivismo como núcleo da organização econômica nazista e stalinista, atribuindo à planificação econômica um risco de autoritarismo político.” (p. 29).

• “Para os pensadores neoclássicos liberdade não é sinônimo de autorrealização, não se confunde com o poder de atuar e não é o mesmo que autonomia, ou seja, não tem um sentido emancipatório.” (p. 30).

• “O monetarismo é um conjunto de políticas econômicas que se opõe ao keynesianismo e que foi aplicado pelos governos alinhados com o livre-mercado a parte da década de 1980.” (p. 30).

• “Três centros de pensamento se destacaram na formulação e consolidação desta sociedade: a London School of Economics; a escola austríaca, representada por Hayek, Mises e Popper; e a escola de Chicago, constituída em torno de Milton Friedman.” (p. 31).

• “Os neoliberais defendem um Estado suficiente para cumprir quatro objetivos: proteger os cidadãos dos potenciais inimigos; garantir que cada cidadão seja autossuficiente para o seu desenvolvimento; manter uma estrutura que possibilite uma competição e uma cooperação eficientes entre os homens, viabilidade o bom funcionamento do livre-mercado; criar um ambiente seguro para os cidadãos, garantindo não a igualdade material, mas as condições de competição, ou seja, o acesso aos recursos que todos necessitam para competir.” (p. 32).

• “A teoria da escolha pública se caracteriza por aplicar princípios econômicos para explicar temas que preocupam os cientistas políticos.” (p. 33).

• “Alguns teóricos argumentam que os burocratas públicos se movem de acordo com seus interesses egoístas, maximizando salários, status e poder.” (p. 34).

• “No caso da agency theory, os teóricos estão se referindo à teoria da iniciativa de Adam Smith, que se baseia nas abordagens utilitaristas e nas visões de livre-mercado.” (p. 35).

• “Anos mais tarde, a atuação dos think tanks for reforçada pelo Adam Smith Institute, que fundado nos Estados Unidos em 1977, mas transferiu suas operações para Londres em 1979.” (p. 38).

• “Paralelamente ao caso britânico, a revolução intelectual conservadora também chegava ao seu auge nos Estados Unidos, em 1980 com a vitória de Ronald Reagan sobre Jimmy Carter.” (p. 42).

• “Vale ressaltar que a ruptura em relação ao keynesianismo antecedeu o governo Reagan.” (p. 45).

• “O fordismo se consolidou no pós-guerra quando a consciência dos efeitos desastrosos das flutuações de mercado fez surgir um novo modelo de desenvolvimento econômico.” (p. 49).

• “A valorização da cultura empreendedorista também sinaliza a nostalgia dos britânicos em relação à prosperidade da era vitoriana.” (p. 51).

• “A forma como essa experiência for reproduzida nesses países denota que a nova administração pública se consolidou sob influência de outros elementos políticos e culturais.” (p. 51).