Trabalho e Capital Monopolista: A degradação do Trabalho do Século XX AS ORIGENS DA GERÊNCIA
• O capitalismo industrial começa quando um significativo número de trabalhadores é empregado por um único capitalista. (p. 61).
• Os trabalhadores já estão adestrados nas artes tradicionais na indústria anteriormente praticada na produção feudal e no artesanato das guildas. (p. 61).
• Até mesmo uma reunião de artesão atuando independentemente exige coordenação, se tivermos em mente a necessidade de ter-se uma oficina e os processos, no interior dela, de ordenar as operações, centralização do suprimento de materiais, um escalonamento mesmo rústico das propriedades, atribuição de funções, manutenção dos registros de custos, folhas de pagamento, matérias-primas, produtos acabados, vendas, cadastro de crédito e cálculos de lucros e perdas. (p. 61).
• O capitalista assumiu essas funções como gerente em virtude de sua propriedade do capital. Nas relações capitalistas de troca, o tempo dos trabalhadores assalariados era propriedade dele tanto quando a matéria-prima fornecida e os produtos saídos de sua oficina. (p. 62).
• As primeiras fases do capitalismo industrial foram assinaladas por um continuado esforço por parte do capitalista para desconsiderar a diferença entre a força de trabalho e o trabalho que pode ser obtido dela, e para comprar trabalho do mesmo modo como como ele adquiria suas matérias-primas: como uma determinada quantidade de trabalho, completa e incorporada no produto. (p. 62).
• Observou-se que no Estados Unidos o sistema de contrato era característico da indústria metalúrgica até quase o fim do século XIX: fundidores e outros trabalhadores especializados nos ofícios de ferro e aço eram pagos por tonelada numa escala móvel aos preços do mercado, e assalariavam seus próprios ajudantes. (p. 63).
• Embora todos esses sistemas implicassem o pagamento de salários por tarefa ou á base de subcontrato, não se deve supor que isto fosse seu aspecto essencial. (p. 64).
• Os sistemas de subcontratação e produção domiciliar eram afligidos por problemas de irregularidade da produção, perdas de material em trânsito e desfalques, lentidão no fabrico, falta de uniformidade e rigor na qualidade do produto. (p. 64).
• O controle de turmas grandes de trabalho antecede de muito à época burguesa. (p. 65).
• O capitalista, porém, lidado com o trabalho assalariado, que representa um custo para toda hora não produtiva, numa sequência de tecnologia rapidamente revolucionaria, para a qual seus próprios esforços necessariamente contribuíram, e espicaçado pela necessidade de exibir um excedente e acumular o capital, ensejou uma arte inteiramente nova de administrar, que mesmo em suas primitivas manifestações era muito mais completa, autoconsciente, esmerada e calculista do que qualquer coisa anterior. (p. 66).
• Em todos esses primeiros esforços, os capitalistas estavam tateando em direção a uma teoria e prática de gerência. ( p. 67).
• O verbo to manage (administrar, gerenciar), vem de manus, do latim, que significa mão. (p. 68).
• E o controle é, de fato, o conceito fundamental de todos os sistemas gerenciais, como foi reconhecido implícita ou explicitamente por todos os teóricos da gerência. ( p. 68).
• “A gerência implica controle. Em certo sentido os termos são intercambiáveis, visto que gerência sem controle não é concebível. (p. 68).