Conceito de Estado e carisma em Max Weber
Para que seja possível refletir sobre os problemas pertinentes à sociedade, Weber busca conceituar alguns pontos para que se possa ampliar a compreensão sobre essa mesma sociedade. Dentro de suas análises, Weber conceituou o Estado como um agrupamento político, e dentro da concepção de Estado contemporâneo como uma comunidade humana, que busca reivindicar o uso da violência de forma exclusiva e sobretudo legitima, o Estado portanto se coloca como fonte do direito à violência.
O Estado age utilizando a violência legítima como instrumento, tornando-se então uma relação de dominação do homem pelo homem, entretanto, o Estado só garante o uso da violência legítima e por tanto sua sustentação, quando o indivíduo dominado se submete à dominação, a qual o Estado como agente da dominação exerce autoridade.
Diversos mecanismos são utilizados para que a dominação seja organizada, Weber elenca o carisma, destacando a sua importância para a manutenção contínua da dominação. O Estado então, exerce a dominação através do líder carismático, camuflando a autoridade atrás de um importante ícone, a fim de cumprir seu propósito. Dentro desse propósito ressalta-se a importância da relação do Estado com a violência, é portanto através da violência que o Estado perpetua o poder, e o papel do líder carismático dentro dessa relação é justamente garantir que a obediência e a autoridade do Estado se dê pela devoção dos indivíduos que compõe a sociedade.
Sendo assim, o carisma é instrumento pelo qual se dá a legitimidade, pois o líder é dentro da relação Estado-Dominação-Carisma, o condutor do individuo, dentro do espaço e da sociedade que ele compõe.