Conjecturas – Carlos Ventura
O livro "Conjecturas", de Carlos Ventura, faz uma discussão, através de um diálogo dramático e já foi encenado em teatro, dirigido por Tony Ferreira. Trata-se de uma obra que levanta hipóteses, conjecturas, suposições, faz um verdadeiro ensaio sobre a vida artística e suas vitórias e agruras, o sonho da fama e a busca por patrocínio, o envolvimento necessário e cruel com políticas nem sempre públicas e democratizantes.
Traz a debate uma discussão basilar no meio artístico e encaminha a discussão entre um músico e um artista plástico, cada qual com suas razões e motivações, porém ligados pela arte, pelo sonho, o mesmo sonho que deve pagar as contas de água, luz e aluguel no final do mês e que, ainda, deveria trazer alento, alegria, motivos para discutir e desestabilizar a sociedade. Nessa tentativa, o assunto inclui direitos autorais, cachês para quem escreve e para quem interpreta, o papel do ECADE na fiscalização, arrecadação e distribuição de rendas relativas às músicas executadas, preconceitos inerentes a velhice, homossexualidade, solidão etc.
Um dos personagens mais carismáticos é Gigi, codinome de Gilberto, ator negro e gay bem despachado, amigo de todos na trama e que conduz o debate sobre a homossexualidade e o preconceito racial. Em uma das passagens, Gigi desaparece e é encontrado alguns dias depois, machucado, pois foi surrado por um homofóbico. Esta é a realidade de muitos homossexuais, infelizmente. Mas Gigi tem amigos que o amam, cuidam dele e o aceitam como um ser humano lindo que é. E esta é mais uma das conjecturas do livro, que não dá destaque a este assunto importante e atual. Em uma das cenas, Gigi recebe um beijo na boca de Narciso, seu amigo, que tanto pode ser o beijo de um bissexual, como pode ser imaginado como um auto beijo, um beijo imaginário em si mesmo, já que Gigi acaba feliz mas sozinho na trama. É o amor que não ousa dizer o nome.
E assim, conjecturando, o autor nos toca com sua sensibilidade e nos põe na roda pra opinar, ouvir, calar, participar ou sair da dança. É o que a arte nos faz, nos encanta e nos chama à atenção, nos faz rodopiar e pensar sobre o mundo, o outro, o outro artista e a plateia. Reflexão, em todos os sentidos...
Traz a debate uma discussão basilar no meio artístico e encaminha a discussão entre um músico e um artista plástico, cada qual com suas razões e motivações, porém ligados pela arte, pelo sonho, o mesmo sonho que deve pagar as contas de água, luz e aluguel no final do mês e que, ainda, deveria trazer alento, alegria, motivos para discutir e desestabilizar a sociedade. Nessa tentativa, o assunto inclui direitos autorais, cachês para quem escreve e para quem interpreta, o papel do ECADE na fiscalização, arrecadação e distribuição de rendas relativas às músicas executadas, preconceitos inerentes a velhice, homossexualidade, solidão etc.
Um dos personagens mais carismáticos é Gigi, codinome de Gilberto, ator negro e gay bem despachado, amigo de todos na trama e que conduz o debate sobre a homossexualidade e o preconceito racial. Em uma das passagens, Gigi desaparece e é encontrado alguns dias depois, machucado, pois foi surrado por um homofóbico. Esta é a realidade de muitos homossexuais, infelizmente. Mas Gigi tem amigos que o amam, cuidam dele e o aceitam como um ser humano lindo que é. E esta é mais uma das conjecturas do livro, que não dá destaque a este assunto importante e atual. Em uma das cenas, Gigi recebe um beijo na boca de Narciso, seu amigo, que tanto pode ser o beijo de um bissexual, como pode ser imaginado como um auto beijo, um beijo imaginário em si mesmo, já que Gigi acaba feliz mas sozinho na trama. É o amor que não ousa dizer o nome.
E assim, conjecturando, o autor nos toca com sua sensibilidade e nos põe na roda pra opinar, ouvir, calar, participar ou sair da dança. É o que a arte nos faz, nos encanta e nos chama à atenção, nos faz rodopiar e pensar sobre o mundo, o outro, o outro artista e a plateia. Reflexão, em todos os sentidos...