“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”
Uma história cultural renovada deve acatar o desafio de compreender a relação que cada comunidade mantém com a cultura escrita a partir dos usos e significados que são atribuídos aos textos, assim como as doenças aberrativas modernas erroneamente associadas com os males do fumo e demais drogas psicotrópicas de uso popular.
Embora tenhamos o Iluminismo como peça-chave para o desmonte do Absolutismo, nossa esfera pública ainda constitui-se de um espaço de ideias políticas distantes de serem controladas pelo Estado em favor da liberdade de expressão aos direitos declarados da Boemia. A boemia de Baudelaire e Walt Whitman à beat na tradição poética moderna, de Castro Alves e Marquês de Sade na breve história das drogas psicoativas. A que compreende não mais do que o relato dos oito últimos milênios de benesses associadas e os fenômenos da transformação de água em vinho ao uso dos produtos da maconha pela humanidade.
Das graças do legado científico e literário de autores como Timothy Leary, Terence McKenna e Carlos Castaneda em seus argumentos irretorquíveis pela legalização e importância ao uso de drogas psicodélicas, nos vemos em pleno século XXI tolhidos por situação semelhante aos primórdios da Revolução Francesa, onde cargos dentro da indústria da proibição mantém o status de governos conservadores ditos cristãos para maior arrecadação de impostos e distribuição de cargos pela esfera política, com um alto preço para exercer um hábito milenar doutrinando caretice às gerações mais recentes.
Assim, o presente livro "Boemia & Subversão" veio para contestar a abordagem proibicionista em lançar luz sobre uma das questões mais importantes da evolução humana, seu direito de auto-experimentar as boas novas e velhas da vida através de uma Mente Gaia em conexão com o Reino de Deus.