LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA CADERNOS NEGROS 38
SALVADOR - BAHIA
Em 26 de fevereiro do ano em curso, tivemos a alegria de nos encontrarmos na Biblioteca Central dos Barris – Espaço Quadrilátero – a partir das 18.00 hs. quando foi lançada a antologia Cadernos Negros 38 aqui em Salvador da Bahia.
E nós autores da Bahia e de Sergipe estávamos lá. Jairo Pinto, Ana de Fátima, Benício Santos, Luis Carlos de Oliveira, Aline Soares e Fátima Trinchão. Este grupo de escritores que se reuniu no Espaço Quadrilátero da Biblioteca,honrou sobremaneira a literatura brasileira e em particular a literatura afro brasileira. Cada um trazendo a sua contribuição à literatura nacional através dos vários contos publicados que chegam até nós leitores, proporcionando-nos deleite e nos induzindo a provocação. Mas, provocação essa que traz consigo o poder da reflexão.
É isso! Provocar para refletir, trazer a baila, fazer pensar, educar, transformar, mudar atitudes e pensamentos, pois neste e naquele conto encontro-me nas palavras de um personagem, nas angústias do protagonista, nas peripécias do antagonista, nos ensinamentos morais que o texto me trará e no momento em que inopinadamente vejo-me a comungar com o autor das narrativas inspiradas nas suas memórias e experiências, nas suas vivências, no ouvir falar, enlevo-me na riqueza do texto e vez por outra, descanso o livro por sobre a mesa, fecho os olhos e viajo. Ponho-me a pensar como estou ali tão bem representada. Parece até que o autor ao elaborar a sua criação, o fez pensando em mim. Parece até que alguém que muito bem me conhecia contou para ele a minha história e aquele personagem, protagonista ou antagonista se encaixa tão bem naquilo que sou e vivi.
A noite estava fresca, e a plateia cúmplice.
O evento foi iniciado com uma palestra grandiosa e enriquecedora da Professora Doutora Ana Rita Santiago que tanto nos transmitiu a respeito de nós e da nossa literatura; a apresentação dos autores, que discorreram sobre a sua criação, os seus momentos de inspiração e produção e a performance maravilhosa do Coletivo Boca Quente.
O período de três horas passou tão rápido que nem sentimos e se mais possibilidades de permanecermos juntos existissem, mais tempo ficaríamos.
A sessão de autógrafos muito me emocionou, como foi emocionante todo o acontecimento, os amigos que há tanto tempo não via, os versos e canções, que tanto me recordaram os que já foram e as suas lutas, os incentivos de tantos quantos ali presentes que não se fatigavam de valorizar e enaltecer esta literatura que fala sobre nós, sobre nosso jeito de viver, sobre nossas andanças, sobre a nossa religião,sobre a maneira como somos.
O nosso conto A Santa, relata a fé de um povo, em uma santa, em uma Yabá. Narramos a exteriorização dessa fé, seja através da liturgia da igreja católica, seja através da liturgia da religião dos Orixás.
Tudo é fé, e na fé implícito está o amor e ao final,tudo é amor.
Chegamos aos Cadernos Negros 38, este ano de 2016 será a vez da antologia CN de número 39 e no próximo ano, peçamos a Deus e aos Orixás que completemos os quarenta anos coroados de júbilo e realizações. Realizações não só daqueles que encetaram e venceram originalmente o desafio de uma literatura afro brasileira, mas, de todos aqueles que tiveram a sua estreia nos Cadernos Negros, como escritores, autores da saga de um povo, donos dessas vozes que falam de nós e tantas e tantas vezes,que falam por nós.
Este dom não é obra do acaso e não é licito calar-se.
Nossa gratidão a esses guerreiros, companheiros de todas as jornadas, que é em suma a mesma jornada de todos nós, desde os Cadernos Negros número um até aquele que um dia será.
Evoé,
a todos os autores, escritores,pensadores, filosofos,poetas,contistas,prosadores que fazem a arte literária afro brasileira, e a trazem ao seu público proporcionando-lhe dessa forma um melhor conhecimento de si.
SALVADOR - BAHIA
Em 26 de fevereiro do ano em curso, tivemos a alegria de nos encontrarmos na Biblioteca Central dos Barris – Espaço Quadrilátero – a partir das 18.00 hs. quando foi lançada a antologia Cadernos Negros 38 aqui em Salvador da Bahia.
E nós autores da Bahia e de Sergipe estávamos lá. Jairo Pinto, Ana de Fátima, Benício Santos, Luis Carlos de Oliveira, Aline Soares e Fátima Trinchão. Este grupo de escritores que se reuniu no Espaço Quadrilátero da Biblioteca,honrou sobremaneira a literatura brasileira e em particular a literatura afro brasileira. Cada um trazendo a sua contribuição à literatura nacional através dos vários contos publicados que chegam até nós leitores, proporcionando-nos deleite e nos induzindo a provocação. Mas, provocação essa que traz consigo o poder da reflexão.
É isso! Provocar para refletir, trazer a baila, fazer pensar, educar, transformar, mudar atitudes e pensamentos, pois neste e naquele conto encontro-me nas palavras de um personagem, nas angústias do protagonista, nas peripécias do antagonista, nos ensinamentos morais que o texto me trará e no momento em que inopinadamente vejo-me a comungar com o autor das narrativas inspiradas nas suas memórias e experiências, nas suas vivências, no ouvir falar, enlevo-me na riqueza do texto e vez por outra, descanso o livro por sobre a mesa, fecho os olhos e viajo. Ponho-me a pensar como estou ali tão bem representada. Parece até que o autor ao elaborar a sua criação, o fez pensando em mim. Parece até que alguém que muito bem me conhecia contou para ele a minha história e aquele personagem, protagonista ou antagonista se encaixa tão bem naquilo que sou e vivi.
A noite estava fresca, e a plateia cúmplice.
O evento foi iniciado com uma palestra grandiosa e enriquecedora da Professora Doutora Ana Rita Santiago que tanto nos transmitiu a respeito de nós e da nossa literatura; a apresentação dos autores, que discorreram sobre a sua criação, os seus momentos de inspiração e produção e a performance maravilhosa do Coletivo Boca Quente.
O período de três horas passou tão rápido que nem sentimos e se mais possibilidades de permanecermos juntos existissem, mais tempo ficaríamos.
A sessão de autógrafos muito me emocionou, como foi emocionante todo o acontecimento, os amigos que há tanto tempo não via, os versos e canções, que tanto me recordaram os que já foram e as suas lutas, os incentivos de tantos quantos ali presentes que não se fatigavam de valorizar e enaltecer esta literatura que fala sobre nós, sobre nosso jeito de viver, sobre nossas andanças, sobre a nossa religião,sobre a maneira como somos.
O nosso conto A Santa, relata a fé de um povo, em uma santa, em uma Yabá. Narramos a exteriorização dessa fé, seja através da liturgia da igreja católica, seja através da liturgia da religião dos Orixás.
Tudo é fé, e na fé implícito está o amor e ao final,tudo é amor.
Chegamos aos Cadernos Negros 38, este ano de 2016 será a vez da antologia CN de número 39 e no próximo ano, peçamos a Deus e aos Orixás que completemos os quarenta anos coroados de júbilo e realizações. Realizações não só daqueles que encetaram e venceram originalmente o desafio de uma literatura afro brasileira, mas, de todos aqueles que tiveram a sua estreia nos Cadernos Negros, como escritores, autores da saga de um povo, donos dessas vozes que falam de nós e tantas e tantas vezes,que falam por nós.
Este dom não é obra do acaso e não é licito calar-se.
Nossa gratidão a esses guerreiros, companheiros de todas as jornadas, que é em suma a mesma jornada de todos nós, desde os Cadernos Negros número um até aquele que um dia será.
Evoé,
a todos os autores, escritores,pensadores, filosofos,poetas,contistas,prosadores que fazem a arte literária afro brasileira, e a trazem ao seu público proporcionando-lhe dessa forma um melhor conhecimento de si.