CINQUENTA TONS DE CINZA

Não, esta não é uma Resenha, apenas classifiquei assim por estar comentando sobre os romances da Trilogia que estou lendo. Já li os dois primeiros volumes e agora passo para o terceiro.
Tenho um amigo que diz que "O papel aceita tudo".
Tudo o que um escritor quiser inventar ou narrar, é preto no branco, a liberdade do autor é total.
Os leitores leem e se distraem, ou adquirem cultura, passam o tempo numa boa ou má leitura.
Cada um tem seu palpite, seu parecer. Seu gosto próprio. Cada um com a bagagem que adquiriu e adquire pela vida
aceita ou não a estória que lhe cai nas mãos.
Eu fico pensando ( não me atrevo a fazer julgamentos) que a autora tem uma tendência a ser machista, porque?
Ela escolheu uma heroina jovem e virgem no século XXI, num dos países mais desenvolvidos do planeta.
A moça é antenada, corajosa, acabou de se formar na
faculdade e nem sequer havia beijado alguém pra valer...rs
O rapaz é um jovem que aos vinte e sete anos tem um Império financeiro, é cheio de taras ( essa palavra é antiga, eu sei) e pelas tantas moças que submeteu (quinze ao todo), não daria para ele ter feito mais nada nos finais de semana do
que ficar com elas exercitando sua ideias malucas.
Ah! mas ele é muito inteligente, rico, tem bom coração!! etc...e enche as moças de palmadas, chicotadas e tudo o mais que a autora tenta mostrar com muito romantismo quando se trata da nova mulher que ele encontra a seus pés, a intrépida Anastácia....
Sim a autora  justifica as demências com uma estória triste, tocante, mostrando que ele é um rapaz traumatizado, pervertido por uma mulher mais velha etc e tal...
Será que isso o isenta da responsabilidade pelo que faz?
Aparece na trama uma das suas submissas, Leila, que ele deixou em determinado momento de seu passsado.
A jovem está totalmente desestruturada, aparece para atormentar a vida do casal e ele a interna num sanatório...
Nossa, como ele é bom! rs
Olha, penso que a autora é machista e dá valor demais ao dinheiro porque o tempo todo ela conta sobre os presentes que ele dá para a nova parceira e faz questão de mencionar as grandes Marcas de tudo...
Eu leio e fico a pensar e me lembrar das histórias reais que conheço...
As mulheres submissas a seus maridos, as jovens que entraram no caminho das drogas e não conseguiram sair, e uma delas que se matou...
Um mundo machista sim, porque o irmão dela que também ia para o mesmo caminho encontrou uma boa moça que o ajudou a sair disso e eles hoje tem uma família...
Um mundo machista sim, porque um amigo dele que tbém era usuário de drogas hoje dá palestras de auto-ajuda e encontrou uma moça virgem que o amparou e deu a eles muitos filhos...
Ele simplesmente vive disso, de contar o que viveu
e como superou tudo, mas não o vejo trabalhar,
a mulher dele sim trabalha...

Faço aqui uma pergunta para quem já leu o livro ou vai ler:
E se a heroina da estória que fosse uma sádica, que já tivesse tido quinze amantes subjugados à ela e que ela tivesse tido uma infância muito ruim, será que um jovem casto  e honesto a amaria?

Ah! não posso deixar de dizer que muitas pessoas
tem traumas de infância e nem por isso se tornam
perversas.
Conheço uma moça que passou por problemas
na infância  semelhantes ao do personagem
Christian Grey e que optou por não se relacionar românticamente.  Hoje é Ministra de Eucaristia e ajuda em várias obras de caridade. Ela tem um orgulho imenso em dizer: Hoje vou servir ao
Senhor!

Estou começando o terceiro volume, quando terminar eu volto para contar o que achei dele também.

Abraços!


 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 18/02/2016
Reeditado em 18/02/2016
Código do texto: T5547442
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