Educação Escolar e as Tecnologias da Informática
Luiz Carlos Pais
Luiz Carlos Pais
Publicado em 2008, pela Editora Autêntica, este livro é composto por uma coleção de ensaios referentes ao movimento de inserção dos recursos da informática na educação. Sua elaboração foi conduzida com o objetivo de tratar das relações entre o uso das tecnologias digitais e a constituição do conhecimento, no território mais específico da educação escolar. Em uma época em que o conhecimento e a informação tornam-se temas obrigatórios para a compreensão da chamada sociedade da informação e das tecnologias. Nesse quadro, os desafios educacionais também se multiplicam, anunciando desafios que não dá fazer vista grossa diante das grande questões da atualidade. Com a intenção de contribuir no estudo dessa temática, optamos por proceder a um recorte de natureza conceitual destacando aspectos para a redefinição das práticas pedagógicas.
O cenário para o qual dirigimos nossas reflexões está pulverizado por inovações emergentes da sociedade da informação e condicionam alterações importantes no processo didático em nível do Ensino Médio e Fundamental. Na tentativa de aprimorar esta tese, destacamos aspectos relacionados à formação de conceitos, quer sejam eles de natureza didática ou científica e ainda outros elementos que podem ser influenciados pelo uso dos novos recursos computacionais nas práticas educativas. Essa análise tem como finalidade destacar observações relativas ao fenômeno cognitivo, colocando em relevo a dimensão da elaboração dos saberes. Trata-se de uma abordagem diversificada, onde nossa intenção é ainda despertar o interesse dos leitores por estudos mais específicos. Por esse motivo, realçamos alterações no contexto da aprendizagem, focalizando conceitos relacionados ao desenvolvimento de idéias que transmigraram da área da informática para a educação.
Na perspectiva de alcançar este objetivo, escolhemos algumas noções didáticas vinculadas ao uso da informática, as quais são analisadas mais particularmente do ponto de vista da elaboração do conhecimento. É neste cenário que compreendemos a projeção educacional de novos conceitos, tais como: interatividade, simulação, redes de computadores, tempo e espaço, hipertexto, virtualidade, contextualização do saberes, entre outros. São conceitos em franco curso de expansão e por este motivo procuramos citar sempre suas fontes bibliográficas, orientando o leitor que tem interesse em continuar o estudo dessa temática.
Para perceber as implicações dessas idéias na prática educativa, é conveniente estudar ainda algumas tendências do atual movimento tecnológico, buscando compreender seus vínculos com a história das ciências e com as práticas educativas. As conexões existentes entre ciência, tecnologia e educação devem ser consideradas de forma indissociável. Partimos do pressuposto de que as projeções desses saberes no contexto da vida cotidiana resultam em alterações significativas para os diversos setores da sociedade, influenciando novas manifestações culturais, alterando as opções de trabalho, modificando padrões de consumo e ampliando as fontes de informações para o processo educativo. O movimento de informatização, condiciona uma redefinição de valores e práticas sociais, alterando os caminhos para a elaboração dos saberes e abrindo espaço para novas aprendizagens. Em suma, essas transformações contribuem para a redefinição de uma nova ordem pedagógica.
Neste estudo não é nossa intenção criticar ou defender a utilização extensiva dos novos recursos da informática em todas os momentos do processo educativo. Acreditamos que propostas nesse sentido, dependem de amplos programas de formação de professores e para isso é preciso envolver uma série de outras variáveis que não são tratada neste texto. A título de exemplo, citamos o desafio de ampliação dos atuais programas de formação básica e continuada de professores, no sentido de possibilitar uma fundamentação mais consistente para a inserção do uso dos computadores em sala de aula. Mas, a superação desse desafio está intimamente ligada à realização de pesquisas educacionais, que ousem buscar redefinições teóricas e práticas relativas aos novos pressupostos didáticos.
Em nível dos saberes escolares, temos ainda a questão da especificidade disciplinar dos saberes constituintes do currículo escolar. Nesse sentido, não é conveniente precipitar com propostas que extrapolem o universo de cada disciplina. Dizemos isto para evitar uma possível confusão entre a valorização da natureza própria dos saberes escolares e da postura interdisciplinar, pois não é conveniente reduzir a dimensão de cada especificidade, que caracteriza a construção histórica dos saberes científicos. Devemos estar vigilantes para não incorrer em generalizações precipitadas, sintetizadas somente com base no calor das observações do imediato. A atitude mais adequada é compreender o desafio de cada especificidade, defendendo a consideração da multiplicidade, o que envolve tanto uma visão disciplinar como sua ampliação para horizontes mais amplos.
O cenário para o qual dirigimos nossas reflexões está pulverizado por inovações emergentes da sociedade da informação e condicionam alterações importantes no processo didático em nível do Ensino Médio e Fundamental. Na tentativa de aprimorar esta tese, destacamos aspectos relacionados à formação de conceitos, quer sejam eles de natureza didática ou científica e ainda outros elementos que podem ser influenciados pelo uso dos novos recursos computacionais nas práticas educativas. Essa análise tem como finalidade destacar observações relativas ao fenômeno cognitivo, colocando em relevo a dimensão da elaboração dos saberes. Trata-se de uma abordagem diversificada, onde nossa intenção é ainda despertar o interesse dos leitores por estudos mais específicos. Por esse motivo, realçamos alterações no contexto da aprendizagem, focalizando conceitos relacionados ao desenvolvimento de idéias que transmigraram da área da informática para a educação.
Na perspectiva de alcançar este objetivo, escolhemos algumas noções didáticas vinculadas ao uso da informática, as quais são analisadas mais particularmente do ponto de vista da elaboração do conhecimento. É neste cenário que compreendemos a projeção educacional de novos conceitos, tais como: interatividade, simulação, redes de computadores, tempo e espaço, hipertexto, virtualidade, contextualização do saberes, entre outros. São conceitos em franco curso de expansão e por este motivo procuramos citar sempre suas fontes bibliográficas, orientando o leitor que tem interesse em continuar o estudo dessa temática.
Para perceber as implicações dessas idéias na prática educativa, é conveniente estudar ainda algumas tendências do atual movimento tecnológico, buscando compreender seus vínculos com a história das ciências e com as práticas educativas. As conexões existentes entre ciência, tecnologia e educação devem ser consideradas de forma indissociável. Partimos do pressuposto de que as projeções desses saberes no contexto da vida cotidiana resultam em alterações significativas para os diversos setores da sociedade, influenciando novas manifestações culturais, alterando as opções de trabalho, modificando padrões de consumo e ampliando as fontes de informações para o processo educativo. O movimento de informatização, condiciona uma redefinição de valores e práticas sociais, alterando os caminhos para a elaboração dos saberes e abrindo espaço para novas aprendizagens. Em suma, essas transformações contribuem para a redefinição de uma nova ordem pedagógica.
Neste estudo não é nossa intenção criticar ou defender a utilização extensiva dos novos recursos da informática em todas os momentos do processo educativo. Acreditamos que propostas nesse sentido, dependem de amplos programas de formação de professores e para isso é preciso envolver uma série de outras variáveis que não são tratada neste texto. A título de exemplo, citamos o desafio de ampliação dos atuais programas de formação básica e continuada de professores, no sentido de possibilitar uma fundamentação mais consistente para a inserção do uso dos computadores em sala de aula. Mas, a superação desse desafio está intimamente ligada à realização de pesquisas educacionais, que ousem buscar redefinições teóricas e práticas relativas aos novos pressupostos didáticos.
Em nível dos saberes escolares, temos ainda a questão da especificidade disciplinar dos saberes constituintes do currículo escolar. Nesse sentido, não é conveniente precipitar com propostas que extrapolem o universo de cada disciplina. Dizemos isto para evitar uma possível confusão entre a valorização da natureza própria dos saberes escolares e da postura interdisciplinar, pois não é conveniente reduzir a dimensão de cada especificidade, que caracteriza a construção histórica dos saberes científicos. Devemos estar vigilantes para não incorrer em generalizações precipitadas, sintetizadas somente com base no calor das observações do imediato. A atitude mais adequada é compreender o desafio de cada especificidade, defendendo a consideração da multiplicidade, o que envolve tanto uma visão disciplinar como sua ampliação para horizontes mais amplos.