ADEUS AO JORNALISTA EXEMPLAR
LUIZ GONZAGA ALCA DE SANT’ANNA

nair lúcia de britto 
 

Todos os sábados eu costumava assistir um programa muito agradável da TV Tribuna (filiada à Rede Globo). Às vezes ficava ouvindo, da cozinha, enquanto eu preparava o café. Mas, quando Luiz Alca de Sant’Anna era anunciado, eu largava o bule de café fumegando e corria para a sala, na frente da televisão, para ouvir com muita atenção suas mensagens, sempre construtivas e amorosas, visando o
bem-estar social.

Hoje o programa Viver Bem lhe prestou uma homenagem de despedida porque no primeiro dia de setembro de 2015, ele nos deixou. Partiu tão tranquilamente quanto viveu, deixando muita saudade.
Lembro-me da primeira vez que eu o ouvi, há vários anos, no rádio do meu Fusquinha, enquanto me dirigia pela orla da praia, para o trabalho. Naquele dia eu estava muito triste, quando ele citou uma mensagem com base no filósofo  chinês Confúcio.
 
Dizia ele que não se devia sofrer por um amor que foi embora; porque se esse amor se foi era  porque não valorizou um sentimento fiel e sincero. Sendo assim, o perdedor era quem perdeu esse amor e não pessoa que ficou; pois, não sendo amada, ela nada tinha a perder.
Depois de ouvir sua voz tão bonita e tão calma, eu me senti bem melhor e capaz de superar a tristeza que eu estava sentindo.  
Acho que o mesmo aconteceu com milhares de outras  pessoas que costumavam ouvi-lo. E, pela paz, alegria e esperança que ele espalhou, ele plantou justamente o que Deus queria que ele plantasse.
Por isso, é claro, foi recebido com glória no céu; e está saboreando os frutos deliciosos de tudo de bom que semeou.
Luiz Alca de Sant’Anna nasceu em Santos e formou-se na Faculdade Católica de Direito e de Filosofia. Mas nunca parou de estudar buscando cada vez mais se aprimorar. Era Professor, Jornalista e Comportamentalista. Inspirou-se muito nos filósofos Ortega y Gasset e Henri Bergson .
Escreveu para o Jornal da Orla a partir de 1985 até o ano 2000. De lá para cá, tinha uma coluna diária no Jornal “A Tribuna”, de Santos onde trabalhou durante os últimos quinze anos.
Escreveu vários livros que se esgotaram rapidamente. O último deles foi Outra Face,  que é uma síntese de toda sua experiência de vida.
Na sua página do facebook ele cita um pensamento do filósofo espiritualista, indiano,  Su Chinmoy, que anuncia:
“Ontem eu era esperto e queria mudar o mundo. Hoje tento ser sábio e estou mudando a mim mesmo.”
 
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 05/09/2015
Reeditado em 07/09/2015
Código do texto: T5371557
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