ANTES QUE SEJA TARDE
       O Senhor Pinheiro de Castro ficou incrédulo pelo que via. De fato Luísa Carla havia precisto aquela desgraça:
       _ Não pode acusar minha filha por uma fatalidade do destino
       _ Muito fácil falar porque não é o senhor quem está no meu lugar. Nunca quiz aquele casamento.
       _ Menos ainda eu.
       _È de se admirar senhor Pinheiro de Castro que sua filha seja como é tendo um pai como o senhor.
       _ O que está querendo dizer?
       _Até hoje não cumpriu com suas obrigações quanto ao imóvel que ocupa.
       _ Pensei que tivesse me dado
       _ De modo algum daria nada a ninguém ou paga o que deve ou então mandarei tirar tudo o que tem lá.
       Virou-se indo embora.
        Luísa Carla chegou no Colégio onde estudou. Olhando pelo portão lhe veio recordações do passado. A primeira vez que viu o senhor Alencastro Guimarães quando lá foi pela primeira vez. Na hora do recreio os alunos estavam brincando comendo merenda quando os amigos de Marcos Luís se aproximaram a empurrando no chafariz e caindo na rizada. A freira veio a seu encontro interrompendo seus devaneios:
       _ O que faz aqui moça?
       _ Vim buscar o histórico do Marcos Luís, irmã.
       _ Esses documentos a gente só entrega a família querida.
       _ Sou a viúva dele.
       _ Agora me lembro._ Ar de pêsames: _ O casamento...
       _ De certo que sim irmã.Ocorre que não tenho nenhuma foto dele.
        Abriu o portão permitindo que a levasse até a secretaria:
        _Irmã posso lhe confidenciar uma coisa.
        _ Claro, Luísa Carla, agora me lembro bem daquela terrível tragédia.
        _ Vejo gente morta, irmã. O Dr Castilho disse que isso faz parte da faculdade mediúnica qual eu sofro.
        _ Filha deve se agarrar com deus e a vírgem, somente eles irão lhe ajudar.
        _ E o pior irmã é que oje vi o pai de Marcos Luís no cemitério e estava paralítico como eu previ na casa dele. _ Soluçou baixinho: _ Estou perdida irmã. nem ele nem meu pai querem que eu descubra quem matou meu marido. Acha justo que eu esqueça tudo isso.
       _ Dê um tempo para você mesma filha. olha preciso de ajuda aqui no colégio. Pode vir como voluntária e arrumar as carteiras, guardar os livros.
       O Espírito da madre em desarmonia parecia não se agradar daquela oferta. Não no colégio onde tudo aconteceu. Pensava ela se aproximando. Luísa Carla deixou o colégio menos angustiada.
       Dona Sueli andava preocupada com Luísa Carla que não chegava. Por hora lhe preocupava o fato de Dr Castilho garantir que sua filha era médiun vidente. Entrou na ante sala onde se via seu oratório Ali pôs-e a rezar em voz moderada posicionando seus pensamentos:
       "_ Ò senhor perdoa-me por ter ido até uma bruxa. nunca devia ter feito aquilo. Mas, eu não podia ter filhos por meios coerentes então me disseram que aquela senhora resolvia tudo.
        Luciana ouviu-na:
        _ Como é? Quer dizer que a Luísa Carla nasceu por obra de bruxaria?
        _ Você não tem nada a ver com isso?
        _ Como asim não tenho. Agora me lembro que a senhora e a mamãe viviam sumindo. Quem diria logo a senhora que vivia me culpando pelo simplez fato de eu ter me apaixonado pelo meu tio.
        _ Você não pode mais ficar  aqui.
        _ Me mande ir embora e conto tudo para o meu tio e para Luísa Carla direi qual é sua origem.
        Luísa Carla chegou naquele momento escutando apenas o final da conversa:
       _ Qual é minha origem mamãe?
       _Seu pai e eu filha. Não vê que a Luciana só vive para nos jogar um contra os outros.
       _ Então por que a senhora ficou nervosa?
       Luciana contornou a situação.
       _ Ficou nervosa porque soube que você fugiu da clínica.
       Estupefata olhou sério para a sobrinha sem conhecimento deste fato:
        _ Isso é verdade Luísa Carla
        _ Você não devia ter aberto a boca. _ Avançou em cima dela enqanto dona Sueli as separou:
        _ Chega! Me conte essa história direito.!
       Foi num dia chuvoso que via os internos agitados sendo dopados e levados para seus aposentos. Temia muito as terríveis visões da cadeira que girava sozinha, a mulher de cabelos desgrenhados e sorrisos histéricos e muito desespero a levou não tomar os remédios quando numa certa noite escutou a conversa de duas enfermeiras. Elas diziam que alguns internos iriam para a unidade pública por falta de pagamento. E teve a idéia de lhe oferecer a pulseira de ouro em troca de facilitar a fuga. No dia da  visita foi o mesmo que a lavanderia esteve lá e tudo que podia fazer era se enrolar no tapete e escapar. 
Mazi
Enviado por Mazi em 19/04/2015
Reeditado em 19/04/2015
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