O leitor assíduo e participante do Clube do Livro ABACE, Antonio Augusto dos Reis Veloso, autorizou-me a publicar esta resenha de sua autoria, que espero sirva aos interesses dos leitores:
"A balada de Adam Henry, de Ian Mc Ewan, Editora Companhia das Letras, 2014, 196 páginas.
"A balada de Adam Henry, de Ian Mc Ewan, Editora Companhia das Letras, 2014, 196 páginas.
- Nascido em 1948, em Aldershot, Inglaterra, o autor, com quarenta anos de carreira, reúne títulos destacados e premiados: entre outros, Amsterdam (vencedor do Booker Prize de 1998), Reparação (ganhador, em 2002, do US National Book Critics Circle Award, e adaptado para o cinema), O Inocente (2003, filmado sob a direção de John Schlesinger), Sábado (2005). O atual lançamento, “A balada de Adam Henry” (2014), é um romance curto e cativante, abrindo margem para intensas emoções. A narradora, Fiona Maye, às vésperas de completar sessenta anos, juíza do Tribunal Superior especializada em direito de família, vive sucesso profissional e é conhecida pela “imparcialidade divina, inteligência diabólica”. Casada há 35 anos com Jack, vive crise matrimonial, não conseguindo manter relação prazerosa com o marido. Além disso, estava arrependida de não ter tido filhos. Na vida profissional, lida no momento com a decisão sobre o caso de Adam Henry, garoto de dezessete anos com leucemia e cujos familiares , Testemunhas de Jeová, resistem à transfusão de sangue necessária para sobreviver. Competente e determinada, Fiona sustenta a tese em favor do bem-estar do adolescente e contrária à crença religiosa da família. Inteligente e
Sensível, Adam se insinua insistentemente na vida da juíza, dedicando-lhe o poema-título do romance e envolvendo-a . Na sua ânsia, Adam persegue Fiona por onde ela vai. Fiona, fragilizada e sob crise conjugal, se deixa envolver e permite que a persistência de Adam interfira e desarrume a trajetória de sua vida exemplar. Sutil e delicado, o texto sugere situações promissoras, embora não chegue verdadeiramente a aprofundar essas circunstâncias ou a se deter melhor em relação aos personagens. The Observer destaca que o romance trata sobre o amor em crise e a respeito de” uma mulher madura no limite de suas forças”. Para o London Evening Standard estamos diante de”um Mc Ewan clássico. Ágil e envolvente, pede para ser lido de um fôlego só”.
Sensível, Adam se insinua insistentemente na vida da juíza, dedicando-lhe o poema-título do romance e envolvendo-a . Na sua ânsia, Adam persegue Fiona por onde ela vai. Fiona, fragilizada e sob crise conjugal, se deixa envolver e permite que a persistência de Adam interfira e desarrume a trajetória de sua vida exemplar. Sutil e delicado, o texto sugere situações promissoras, embora não chegue verdadeiramente a aprofundar essas circunstâncias ou a se deter melhor em relação aos personagens. The Observer destaca que o romance trata sobre o amor em crise e a respeito de” uma mulher madura no limite de suas forças”. Para o London Evening Standard estamos diante de”um Mc Ewan clássico. Ágil e envolvente, pede para ser lido de um fôlego só”.