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Protection From Evil - Proteção Contra o Mal - expondo e neutralizando as forças espirituais prejudiciais à luz do Torah e da kabbalah
por Ariel Bar Tzadok
editora: amazon.com.br - edição virtual
original em inglês


Tradução dos trechos apresentados na resenha: Ana Bailune

 



"A humanidade aguarda um salvador pessoal, um ser humano especial que, com poderes especiais de persuasão, nos mostrará como adquirir grandes conhecimentos. Entretanto, este não é o papel do Messias. A esperança de que alguém mais venha e faça o trabalho de encontrar o caminho para o alto para nós, é puro escapismo. É trabalho e destino de cada indivíduo encontrar os segredos da redenção dentro de si mesmo."

Você acredita na existência do mal, ou seja, do Mal? É possível que ele nos cerque, nos prejudique e nos leve a prejudicar a nós mesmos e aos outros? Se suas respostas a estas perguntas foram negativas, não leia este livro, mas se você crê que o Mal existe e que ele ronda pelo mundo a procura de novas vítimas (ou adeptos?), este livro é para você.

Fomos sempre levados a crer que a melhor maneira de reagirmos ao Mal, é ignorá-lo e esperar que ele se vá, mas segundo Ariel Bar Tzadok, este é o pior erro que alguém pode cometer; ao ignorarmos o mal, permitimos que ele espalhe seus tentáculos e tome conta de nós e do mundo que nos cerca. De acordo com seu ponto de vista, o Mal deve ser identificado e combatido ferozmente, pois

"Exatamente como o bom procura o mal para modificá-lo, também o mal procura o bom para modificá-lo."

e também

"Todas as coisas na criação tem ligadas a si algo similar a 'tentáculos grudentos' de energia psíquica. Uma vez que você se aproxima ou abraça algo, este algo corresponde ao seu abraço."

Li o livro cuidadosamente, gostei de alguns trechos, que achei muito verdadeiros e importantes, mas ao mesmo tempo achei-o dogmático ao extremo em alguns pontos, talvez devido à origem judia ortodoxa do autor. Mesmo assim, vale a pena ser lido. 

Alguns de seus pensamentos vão ao encontro dos meus, principalmente quando ele insiste que o Mal não pode ser ignorado:

"Devemos estar sempre alertas quanto a falsa ideia que diz às pessoas que elas devem mostrar-se sempre felizes, e nunca focar no que é errado ou doloroso. A felicidade e a alegria  é o abraçar da verdade, não importa se ela é boa ou ruim. A felicidade não é como um estado de êxtase fantástico, similar ao de quem está sob o efeito de drogas em que tudo é belo, mesmo quando, na verdade, é feio. Este tipo de pensamento é o proverbial lobo em pele de cordeiro. Esta é a maneira como as forças do mal se infiltram em ensinamentos religiosos, ensinando ao religioso como ser passivo e fraco a fim de prevenir-los de lutar contra as forças psíquicas que os atacam. Seis milhões de judeus morreram na Europa nazista porque durante séculos sua filosofia religiosa ensinou-os a serem passivos e a aceitarem qualquer coisa que lhes ocorresse como sendo a vontade Divina."

Gostei, de maneira geral, do tom das palavras de Ariel Bar Tzadok, pois ele nos ensina que devemos ser fortes e estar alertas, tomando em nossas próprias mãos a responsabilidade sobre o nosso destino. Se queremos chegar a algum lugar, devemos definir que lugar é este e qual caminho tomaremos para chegarmos até ele. Tzadok é contra à submissão e à vitimização. Ao mesmo tempo, sabe que alguns caminhos já foram traçados para nós, e que ninguém poderá nos desviar deles.

O autor nos dá um novo ponto de vista sobre os preceitos religiosos que dizem que devemos ser mansos e obedientes como os cordeiros:

"Os leões são os reis da selva. As ovelhas são a comida. Ovelhas são para o sacrifício."

Mas isto não significa que devamos sair por aí aleatoriamente, desconfiando de tudo e de todos e agindo de maneira agressiva:

"A agressividade não significa ferir ou prejudicar o fraco ou o inocente. Os agressores sagrados protegem aqueles que não podem proteger a si mesmos. Os verdadeiros servidores de Deus, aqueles que usam a mecânica da espiritualidade para o serviço do Sagrado e do Paraíso são guerreiros de Deus. Eles são indivíduos humildes e simples, homens e mulheres, que não toleram o prejudicial ataque das forças do mal sobre o fraco e o inocente. Os exércitos do Sagrado não procuram por conflitos, mas se e quando o encaram, não se furtam à sua obrigação.

Quando a batalha começa, o grito é simples: destruir e matar o inimigo; sem acordos, sem entregas e, acima de tudo, sem derrotas."


Para gostar desta leitura, é preciso vencer preconceitos e ler o livro todo de coração aberto. E mesmo que não concordemos com todos os pontos de vista do autor e com seu misticismo às vezes exagerado, não podemos tirar-lhe o mérito da sabedoria e do conhecimento profundo da vida e das coisas da vida; do Bem e do Mal.






 






 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 12/11/2014
Reeditado em 12/11/2014
Código do texto: T5032201
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