A MEGERA DOMADA
comentário de VALDEZ JUVAL
Por acaso me chega às mãos um livro de teatro. Já faz bastante tempo que, sem motivo que me faça lembrado, não leio uma obra literária desse gênero.
Antes de mais nada recordei João Gabriel Borkman de Henrick Ibsen.
A escolha, a tradução, os ensaios, a consagração.
O Teatro do Estudante da Paraíba, sob a direção de Walter de Oliveira, conquistou o público e o júri, participantes do II Festival Nacional de Teatro, realizado em Santos, São Paulo.
Ano de 1959. Dados constantes do Google e da Wikipédia.
Aplausos com cena aberta e delírio no final da representação.
Participaram conjuntos de todos os Estados Brasileiros.
Modéstia à parte, conquistei o troféu do prêmio de melhores atores. Interpretei o papel título.
Glória e felicidade absoluta!
Mas isso agora é passado.
Comecei a leitura de “The Taming of the Shrew” (em português, a megera domada) de William Shakespeare.
Foi uma das primeiras comédias escritas pelo autor e tem como tema a unificação de outras suas obras, referindo-se ao casamento, a guerra dos sexos e as conquistas amorosas.
A maior parte da estória é dedicada à vida matrimonial.
Não comentarei o enredo. Teatro é para ser assistido.
Fica guardada a surpresa para que alguém, algum dia, tenha a oportunidade de assistir o espetáculo.
No Brasil, três telenovelas foram baseadas na obra de Shakespeare: “A indomável”, “O machão” e “O cravo e a rosa”.
O autor consegue obter em A MEGERA DOMADA, o efeito desejado: o riso.