Poema - Bala de Prata
Decíduo, por ti, absorto às cegas
num culto insciente à ingenuidade.
Sem sabeis e, de pronto,
chegaste assim, mexediça
Em sua totalidade demasiada.
Exagerada aguilhada inobservável,
ao mesmo passo sutil, igual requinte
de uma pena que vai ao chão e toca,
ao menor ruído, no vértice intrincado
e mais introvertido da alma...
Como um lobisomem suscetível;
Um alvo fácil na mira do projétil
justo na proporção de nomeá-lá:
"Bala de prata!"
Alegada à conatural fatalidade à
perpassar o abstracionismo total
das consequências fatais.