mar de dentro, poesias de Lílian Gattaz
vai louca vai,
desentranha,
ato penúltimo,
santo seio,
cacos,
que se guarde aqui as penas,
eu te compreendo
Os versos destacados são títulos das poesias de Lílian Gattaz no seu primeiro livro, mar de dentro, lançado pela Editora Limiar, com o apoio da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, premiado como revelação de autor inédito.
mar de dentro é uma teia que consome e devora, sua leitura provoca uma busca incessante no ponderável claroobscuro que habita cada um de nós. Posto que é mar é infinito, quanto mais se lê, menos se sabe, a busca já é o fim. A releitura, um novo começo e assim essa viagem que nunca termina nos põe a gozar por alegria ou sofrimento. Lílian não põe antagônicos nenhum sentimento ou situação, tudo celebra a vida numa ilha submersa que de tão improvável e discutível existência, torna-se real, exata, cópia fiel do que vai na alma humana.
Além da beleza e da harmonia contida em cada verso e em todo o livro, há um brilhante prefácio de Claudio Willer e considerações sobre a autora e sua obra por Renata Pallottini.
No poema abaixo, bem... por si só ele já mostra do que é capaz captar a inteligência e a sutileza do olhar que Lílian põe sobre cada momento.
TRISTEZA
sobre a mancha da camisa
o ferro quente desfazia rugas
e o meu pranto provocava outras
vai louca vai,
desentranha,
ato penúltimo,
santo seio,
cacos,
que se guarde aqui as penas,
eu te compreendo
Os versos destacados são títulos das poesias de Lílian Gattaz no seu primeiro livro, mar de dentro, lançado pela Editora Limiar, com o apoio da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, premiado como revelação de autor inédito.
mar de dentro é uma teia que consome e devora, sua leitura provoca uma busca incessante no ponderável claroobscuro que habita cada um de nós. Posto que é mar é infinito, quanto mais se lê, menos se sabe, a busca já é o fim. A releitura, um novo começo e assim essa viagem que nunca termina nos põe a gozar por alegria ou sofrimento. Lílian não põe antagônicos nenhum sentimento ou situação, tudo celebra a vida numa ilha submersa que de tão improvável e discutível existência, torna-se real, exata, cópia fiel do que vai na alma humana.
Além da beleza e da harmonia contida em cada verso e em todo o livro, há um brilhante prefácio de Claudio Willer e considerações sobre a autora e sua obra por Renata Pallottini.
No poema abaixo, bem... por si só ele já mostra do que é capaz captar a inteligência e a sutileza do olhar que Lílian põe sobre cada momento.
TRISTEZA
sobre a mancha da camisa
o ferro quente desfazia rugas
e o meu pranto provocava outras