Isto é Felicidade - Mário Feijó

Mário Feijó lançou um novo livro, Isto é Felicidade. Transcrevo aqui o Prefácio que tive a honra de escrever para o livro. Um livro que me encantou e que, tenho certeza, encantará a todos os que o lerem.

Prefácio

Li Isto é Felicidade de um só fôlego e fiquei encantada. Então reli, e continuei encantada. Por isso quero convidar você, leitor, a acompanhar-me nesta experiência.

Isto é Felicidade é muito mais que um livro. É um bilhete de viagem. Porque através dele viajamos pelo mundo interior de Mário Feijó. Ele derrama sua alma no papel. E, generosamente, nos acompanhá-lo nesta trajetória de vida. Ficamos conhecendo o menino, o adolescente, o adulto, o homem maduro, suas alegrias, tristezas, sofrimentos, a superação e o aprendizado de uma vida.

Cito textualmente suas palavras: “Escrevo por escrever, pois penso que me faltam técnicas, mas o faço com o coração. Críticos não querem saber de coração, querem saber de técnica e me faltam muitos compêndios para ter o mínimo de técnica.” (Incompetência em viver o hoje)

E porque ele escreve com o coração, nós, leitores, aqui encontramos sinceridade, veracidade, autenticidade, emoção real e viva, e é disso que gostamos. Tenho plena certeza de que Mário escreve por amor. Por amor à escrita, por amor aos filhos, netos, por amor de um modo geral, por amor à vida.

Gostei muito da viagem que fiz ao mundo de Mário Feijó.

“Isto é Felicidade” é um texto que adorei, e que fez lembrar-me de minha avó materna.

“O sol do quintal da tia Lourdes” até provocou-me inveja. Um belo texto de memórias da infância. Coisas que se deve mesmo registrar, para jamais esquecer.

“Quando nasce uma mulher” é uma linda homenagem às mulheres, e um texto poético que muito me agradou. Mas, esta criança interior, que algumas mulheres matam dentro delas, persiste também em muitos homens, como acho que é o caso do autor. Aliás, isto está explícito em “Peixinhos Azuis”.

“Valha-nos Santa Maria” é um texto comovente, de quem já passou pela dor da perda de um filho; e ao mesmo tempo é lúcido ao analisar a exploração midiática das tragédias e ao nos exortar a orar pelas vítimas.

A recusa ao rótulo de velho, em “Você é um vencedor”, tem todo o meu apoio. E todos os sessentões e sessentonas vão gostar de ler este texto.

Sonho lindo de um coração generoso, em “Venha e se aqueça”. Sua abordagem da desigualdade lembrou-me o genial George Orwell em A Revolução dos Bichos: “todos os bichos são iguais, porém uns são mais iguais que os outros”.

Pura poesia o texto “Teus segredos”. Só posso dizer, parabéns!

Quero terminar dizendo que gostei do que aprendi com esta leitura, pois nestes textos o autor nos passa sabedoria de vida, em Pílulas, não só de felicidade, mas de dor e amadurecimento. E, apesar dos pesares, persiste insistindo e perseverando na busca da felicidade. Que encontrou quando aprendeu que ela só depende de nós, de a construirmos em nosso íntimo. E que, querer encontrá-la na dependência alheia, é colocar uma carga muito pesada nos ombros do outro. Seu texto “Balanço da vida” é um primor.

Espero, leitor, que, como eu, você se emocione, se divirta e se encante com este livro.

Lu Narbot

Quem quiser adquirir o livro, entre em contato com o autor pelo email mrffeijo@gmail.com

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