Sombra e Persona
Todo arquétipo tem seu lado positivo e seu lado negativo. Os termos Sombra e Persona foram utilizados por Jung para designar essas duas facetas da nossa personalidade.[1].
Não há personalidade humana que não tenha em sua composição esses dois aspectos. A eles damos variados nomes e os representamos por diversos símbolos: luz e sombra, virtude e pecado, yin e yang, positivo e negativo, Cain e Abel, a Bela e a Fera, mocinho e bandido,etc.[2]
Ambos atuam com certa independência do ego. Suas manifestações geralmente fogem do controle da nossa vontade. São facetas que a nossa estrutura neurológica desenvolve, muitas vezes com a finalidade de nos proteger. Em PNL elas são chamadas de “partes” e suas ações não são valoradas com conceitos de boas ou ruins. São apenas comportamentos que o nosso sistema neurológico adota para nos defender de alguma experiência que a nossa mente interpreta como perigosa ou inadequada. Tomemos como exemplo um indivíduo que se torna extremamente cínico em relação aos relacionamentos amorosos. Ele registrou, de alguma maneira, em seu inconsciente, uma grande dor em relação a uma aventura amorosa mal sucedida. Pode ser uma aventura vivida por ele próprio ou por outra pessoa significativa para ele. Em conseqüência, suas respostas em relação a amar e se entregar a um relacionamento poderão ser marcadas por cinismo e rejeição. Essa é uma reação de defesa que o seu sistema neurológico lhe inspira.
Devemos nos lembrar que quando fazemos alguma coisa, a
intenção desse comportamento é sempre positiva. E aquilo que chamamos de mal é apenas uma medida de valor com a qual julgamos essa experiência. Assim, tanto o nosso lado Sombra, quanto o Persona, sempre agem com intenção de nos fazer bem, embora o comportamento sugerido possa não levar ao resultado pretendido.
Geralmente nós reprimimos nosso aspecto Sombra por que deixá-lo livre para se manifestar implica em culpa. Ele despreza as convenções sociais e as regras de boa conduta. Também não sabe o que é Ética e Moral. Todos nós temos esse aspecto sombrio que se manifesta, ás vezes, na ausência de testemunhas, ou quando sabemos que não haverá constrangimento nem punições.
Socialmente, a tendência é escondê-lo atrás de uma fachada de benevolência e sociabilidade. Assim, vestimos a máscara do Persona para esconder essa parte sombria da nossa personalidade.
Persona, no sentido que aqui lhe damos, é a máscara que colocamos para atuar no nosso teatro social, mostrando o nosso lado educado, consciente, organizado, enquanto o Sombra é o lado instintivo, inconsciente, que se manifesta sem critério nem censura. Se, de um lado, deixar que o lado Sombra inspire a maioria dos nossos comportamentos representa um grande perigo, também ser constantemente inspirado pelo lado Persona não é uma boa política de comportamento. Essa faceta da nossa personalidade, se não for devidamente equilibrada, pode nos transformar em verdadeiros camaleões sociais, inveterados hipócritas que mostram à sociedade um rosto que pouco tem do nosso “eu” verdadeiro.
Reconhecer e trabalhar o nosso aspecto Sombra é integrá-lo à nossa personalidade como parte importante e necessária dela, da mesma forma que usar adequadamente o Persona nas ocasiões propícias são características de uma personalidade bem equilibrada. Saber quando estamos atuando com um lado ou outro é ter consciência da nossa própria postura em cada ação que praticamos. E assim poder agir conscientemente, sem falsidade nem ambigüidade.
Nós precisamos dos dois lados da nossa personalidade. Não devemos reprimir nem a um nem a outro. Devemos, sim, nos conscientizar quando nosso comportamento está sendo inspirado por um ou outro lado, e procurar entender e respeitar suas razões para estar agindo assim. Como já dissemos, geralmente suas razões são muito legítimas e visam o nosso bem.
A vida controlada só pelo lado Persona é chata e sem emoção. É como o personagem que é sempre bonzinho, correto, politicamente certo e comedido. Geralmente ele tende a nos violentar para obter o beneplácito da sociedade. Então se esconde atrás de uma máscara de candura e compreensão para evitar conflitos. Medo, covardia, conformidade, hipocrisia, são sentimentos que denotam a presença de um Espírito de Luta reprimido, e podem estar na base desses comportamentos.
Já uma vida controlada pelo aspecto Sombra costuma ser extremamente perigosa e avessa a tudo que a moral social recomenda. Pode degenerar para a criminalidade. Aqui temos um Espírito de Luta totalmente fora do controle.
Aspectos da Sombra e do Persona são observáveis em nossos comportamentos pessoais e geralmente refletem ditos populares: bom para os amigos, mau com os filhos; dócil com autoridades, agressivos com a família; anjo na rua, carrasco em casa; na casa de ferreiro o espeto é de pau, faça o que eu digo e não o que faço, etc. Em outras palavras, condescendência e leniência com os fortes, arrogância e autoritarismo com os fracos, comportamento agressivo habitual ou total ausência de combatividade, são sinais de um Espírito de Luta desequilibrado, pendente para um extremo ou para o outro. Esse é um quadro que não se coaduna com o comportamento de um verdadeiro líder. Aprender a equilibrar o nosso arquétipo Guerreiro, nesse caso, pode representar uma escolha entre o sucesso e o fracasso na difícil arte da eficiência pessoal.
Todo arquétipo tem seu lado positivo e seu lado negativo. Os termos Sombra e Persona foram utilizados por Jung para designar essas duas facetas da nossa personalidade.[1].
Não há personalidade humana que não tenha em sua composição esses dois aspectos. A eles damos variados nomes e os representamos por diversos símbolos: luz e sombra, virtude e pecado, yin e yang, positivo e negativo, Cain e Abel, a Bela e a Fera, mocinho e bandido,etc.[2]
Ambos atuam com certa independência do ego. Suas manifestações geralmente fogem do controle da nossa vontade. São facetas que a nossa estrutura neurológica desenvolve, muitas vezes com a finalidade de nos proteger. Em PNL elas são chamadas de “partes” e suas ações não são valoradas com conceitos de boas ou ruins. São apenas comportamentos que o nosso sistema neurológico adota para nos defender de alguma experiência que a nossa mente interpreta como perigosa ou inadequada. Tomemos como exemplo um indivíduo que se torna extremamente cínico em relação aos relacionamentos amorosos. Ele registrou, de alguma maneira, em seu inconsciente, uma grande dor em relação a uma aventura amorosa mal sucedida. Pode ser uma aventura vivida por ele próprio ou por outra pessoa significativa para ele. Em conseqüência, suas respostas em relação a amar e se entregar a um relacionamento poderão ser marcadas por cinismo e rejeição. Essa é uma reação de defesa que o seu sistema neurológico lhe inspira.
Devemos nos lembrar que quando fazemos alguma coisa, a
intenção desse comportamento é sempre positiva. E aquilo que chamamos de mal é apenas uma medida de valor com a qual julgamos essa experiência. Assim, tanto o nosso lado Sombra, quanto o Persona, sempre agem com intenção de nos fazer bem, embora o comportamento sugerido possa não levar ao resultado pretendido.
Geralmente nós reprimimos nosso aspecto Sombra por que deixá-lo livre para se manifestar implica em culpa. Ele despreza as convenções sociais e as regras de boa conduta. Também não sabe o que é Ética e Moral. Todos nós temos esse aspecto sombrio que se manifesta, ás vezes, na ausência de testemunhas, ou quando sabemos que não haverá constrangimento nem punições.
Socialmente, a tendência é escondê-lo atrás de uma fachada de benevolência e sociabilidade. Assim, vestimos a máscara do Persona para esconder essa parte sombria da nossa personalidade.
Persona, no sentido que aqui lhe damos, é a máscara que colocamos para atuar no nosso teatro social, mostrando o nosso lado educado, consciente, organizado, enquanto o Sombra é o lado instintivo, inconsciente, que se manifesta sem critério nem censura. Se, de um lado, deixar que o lado Sombra inspire a maioria dos nossos comportamentos representa um grande perigo, também ser constantemente inspirado pelo lado Persona não é uma boa política de comportamento. Essa faceta da nossa personalidade, se não for devidamente equilibrada, pode nos transformar em verdadeiros camaleões sociais, inveterados hipócritas que mostram à sociedade um rosto que pouco tem do nosso “eu” verdadeiro.
Reconhecer e trabalhar o nosso aspecto Sombra é integrá-lo à nossa personalidade como parte importante e necessária dela, da mesma forma que usar adequadamente o Persona nas ocasiões propícias são características de uma personalidade bem equilibrada. Saber quando estamos atuando com um lado ou outro é ter consciência da nossa própria postura em cada ação que praticamos. E assim poder agir conscientemente, sem falsidade nem ambigüidade.
Nós precisamos dos dois lados da nossa personalidade. Não devemos reprimir nem a um nem a outro. Devemos, sim, nos conscientizar quando nosso comportamento está sendo inspirado por um ou outro lado, e procurar entender e respeitar suas razões para estar agindo assim. Como já dissemos, geralmente suas razões são muito legítimas e visam o nosso bem.
A vida controlada só pelo lado Persona é chata e sem emoção. É como o personagem que é sempre bonzinho, correto, politicamente certo e comedido. Geralmente ele tende a nos violentar para obter o beneplácito da sociedade. Então se esconde atrás de uma máscara de candura e compreensão para evitar conflitos. Medo, covardia, conformidade, hipocrisia, são sentimentos que denotam a presença de um Espírito de Luta reprimido, e podem estar na base desses comportamentos.
Já uma vida controlada pelo aspecto Sombra costuma ser extremamente perigosa e avessa a tudo que a moral social recomenda. Pode degenerar para a criminalidade. Aqui temos um Espírito de Luta totalmente fora do controle.
Aspectos da Sombra e do Persona são observáveis em nossos comportamentos pessoais e geralmente refletem ditos populares: bom para os amigos, mau com os filhos; dócil com autoridades, agressivos com a família; anjo na rua, carrasco em casa; na casa de ferreiro o espeto é de pau, faça o que eu digo e não o que faço, etc. Em outras palavras, condescendência e leniência com os fortes, arrogância e autoritarismo com os fracos, comportamento agressivo habitual ou total ausência de combatividade, são sinais de um Espírito de Luta desequilibrado, pendente para um extremo ou para o outro. Esse é um quadro que não se coaduna com o comportamento de um verdadeiro líder. Aprender a equilibrar o nosso arquétipo Guerreiro, nesse caso, pode representar uma escolha entre o sucesso e o fracasso na difícil arte da eficiência pessoal.
[1]Murray Stein - Jung – O Mapa da Alma, Ed Sextante, pg. 199
[2] A dualidade do ser humano também é representada na religião através dos conceitos de bem e mal, Deus e o Diabo, etc.