Fico besta quando me entendem
Cristiano Diniz
Editora Biblioteca Azul
236 páginas
Quer ler um poema de Hilda Hilst?
Para poder morrer
Guardo insultos e agulhas
Entre as sedas do luto.
Para poder morrer
Desarmo as armadilhas
Me estendo entre as paredes
Derruídas
Para poder morrer
Visto as cambraias
E apascento os olhos
Para novas vidas
Para poder morrer apetecida
Me cubro de promessas
Da memória.
Porque assim é preciso
Para que tu vivas.
Hilda Hist
Hilda Hilst produziu, em 50 anos, um universo literário composto de poesia, teatro, prosa de ficção e crônicas. Seu texto, avesso à crítica, é denso, duro, viril, mas mantém o lirismo da poeta e a vontade de comunicar os mistérios do mundo. Nesse emaranhado literário, muitas vezes o leitor se perde: há um limite entre a prosa e a poesia? A prosa não pode ser também lida teatralmente? A sátira das crônicas não está também presente em alguns poemas?
Cristiano Diniz é graduado em Ciências Sociais e mestre em Teoria e História Literária pela Unicamp e especialista em organização de arquivos de escritores.Mais do que dar voz às queixas da autora, a reunião dessas conversas traz uma aproximação de seu universo, da forma como Hilda encarava a vida, a literatura, os amigos, o amor e a morte. Elas desvendam vinte anos de uma mulher sensível, bem humorada, ávida por ser lida – não apenas por vaidade, mas pela certeza de ter o que comunicar.
Cristiano Diniz
Editora Biblioteca Azul
236 páginas
Quer ler um poema de Hilda Hilst?
Para poder morrer
Guardo insultos e agulhas
Entre as sedas do luto.
Para poder morrer
Desarmo as armadilhas
Me estendo entre as paredes
Derruídas
Para poder morrer
Visto as cambraias
E apascento os olhos
Para novas vidas
Para poder morrer apetecida
Me cubro de promessas
Da memória.
Porque assim é preciso
Para que tu vivas.
Hilda Hist
Hilda Hilst produziu, em 50 anos, um universo literário composto de poesia, teatro, prosa de ficção e crônicas. Seu texto, avesso à crítica, é denso, duro, viril, mas mantém o lirismo da poeta e a vontade de comunicar os mistérios do mundo. Nesse emaranhado literário, muitas vezes o leitor se perde: há um limite entre a prosa e a poesia? A prosa não pode ser também lida teatralmente? A sátira das crônicas não está também presente em alguns poemas?
Cristiano Diniz é graduado em Ciências Sociais e mestre em Teoria e História Literária pela Unicamp e especialista em organização de arquivos de escritores.Mais do que dar voz às queixas da autora, a reunião dessas conversas traz uma aproximação de seu universo, da forma como Hilda encarava a vida, a literatura, os amigos, o amor e a morte. Elas desvendam vinte anos de uma mulher sensível, bem humorada, ávida por ser lida – não apenas por vaidade, mas pela certeza de ter o que comunicar.