Confissões de um Cafamântico, Ricardo Coiro
É com maestria que Ricardo Coiro traz suas confissões através de um texto de qualidade e de uma grande carga literária, usando recursos estilísticos que só a linguagem pode usar. Confissões de um Cafamântico sem dúvida é uma grande obra-prima da nossa literatura contemporânea. A impressão que Coiro quis passar é que seu livro vem de encontro com o que nós de fato precisamos ouvir sobre os assuntos rotineiros da vida, mas que ninguém, de certa forma, quer falar.
Um dos trechos que me chama atenção é “Aquela coisa chamada saudade” onde o autor conseguiu definir, o que muitos não conseguem: a saudade e seus reais efeitos. “Saudade é uma dor imensurável e sufocante presente em cada hiato.” De modo geral, o livro é um desabafo pessoal, um relato que se vive diariamente e também um ensinamento de que vale a pena viver intensamente custe o que custar, e principalmente sem medo.
“Vermelho. Amarelo. Verde. Sou apenas mais um ser humano que agora arranca.” Dentro de uma narrativa interligada e amarrada — é impossível ler isoladamente cada crônica — o Cafamântico se faz presente e vivo. A vida é assim, as pessoas necessitam dessa dose certa de perversidade e de amabilidade. Nem um nem outro é mais valioso; o valor está nas atitudes simples e concretas, além de reais. Mesmo a cena mais bonita, mostrou que romantismo e sensualidade caminham juntos; o amor é diferente do sexo, mas o sexo com amor é mais diferente ainda.
Mostrar a correria da vida em uma das grandes metrópoles me parece fácil, mas mostrá-la de forma simplificada e ao mesmo tempo autônoma é algo inovador. Sentimos uma variedade de sensações ao definir o romântico metropolitano ao cafajeste da grande cidade, e conclui-se que em grandes cidades ou pequenos povos, o que de fato importa é a efervescência das relações entre as pessoas.
Assim o verdadeiro romântico precisa de cafajestagem com pudor necessário para garantir a prisão que é amar. Espero que o Cafamântico possa encontrar suas respostas e que além do mais, continue a celebrar a vida de forma intensa e desmistificada, e assim também faço uma saída silenciosa.
“Um livro de extrema qualidade que impressiona a maneira como as palavras se justapõem; acredito que o romantismo é mais presente do que aquela coisa de ‘totalmente sem noção’ que muitos visam em obras desse calibre. Parabéns ao autor e esperamos novos olhares seus.”
Livro: Confissões de um Cafamântico. Coiro, Ricardo. Schoba, 2013.
É com maestria que Ricardo Coiro traz suas confissões através de um texto de qualidade e de uma grande carga literária, usando recursos estilísticos que só a linguagem pode usar. Confissões de um Cafamântico sem dúvida é uma grande obra-prima da nossa literatura contemporânea. A impressão que Coiro quis passar é que seu livro vem de encontro com o que nós de fato precisamos ouvir sobre os assuntos rotineiros da vida, mas que ninguém, de certa forma, quer falar.
Um dos trechos que me chama atenção é “Aquela coisa chamada saudade” onde o autor conseguiu definir, o que muitos não conseguem: a saudade e seus reais efeitos. “Saudade é uma dor imensurável e sufocante presente em cada hiato.” De modo geral, o livro é um desabafo pessoal, um relato que se vive diariamente e também um ensinamento de que vale a pena viver intensamente custe o que custar, e principalmente sem medo.
“Vermelho. Amarelo. Verde. Sou apenas mais um ser humano que agora arranca.” Dentro de uma narrativa interligada e amarrada — é impossível ler isoladamente cada crônica — o Cafamântico se faz presente e vivo. A vida é assim, as pessoas necessitam dessa dose certa de perversidade e de amabilidade. Nem um nem outro é mais valioso; o valor está nas atitudes simples e concretas, além de reais. Mesmo a cena mais bonita, mostrou que romantismo e sensualidade caminham juntos; o amor é diferente do sexo, mas o sexo com amor é mais diferente ainda.
Mostrar a correria da vida em uma das grandes metrópoles me parece fácil, mas mostrá-la de forma simplificada e ao mesmo tempo autônoma é algo inovador. Sentimos uma variedade de sensações ao definir o romântico metropolitano ao cafajeste da grande cidade, e conclui-se que em grandes cidades ou pequenos povos, o que de fato importa é a efervescência das relações entre as pessoas.
Assim o verdadeiro romântico precisa de cafajestagem com pudor necessário para garantir a prisão que é amar. Espero que o Cafamântico possa encontrar suas respostas e que além do mais, continue a celebrar a vida de forma intensa e desmistificada, e assim também faço uma saída silenciosa.
“Um livro de extrema qualidade que impressiona a maneira como as palavras se justapõem; acredito que o romantismo é mais presente do que aquela coisa de ‘totalmente sem noção’ que muitos visam em obras desse calibre. Parabéns ao autor e esperamos novos olhares seus.”
Livro: Confissões de um Cafamântico. Coiro, Ricardo. Schoba, 2013.
Alex Sandro Petrocelli Ribeiro
Escritor e professor
www.alexsandropetrocelliribeiro.com
Escritor e professor
www.alexsandropetrocelliribeiro.com