Os pressupostos da PNL
A PNL – Programação Neurolinguística – é um conjunto de técnicas que tem como objetivo a pesquisa sistemática da experiência subjetiva humana, com o propósito de identificar e mapear os processos segundo os quais ela é construída dentro da nossa mente. Isso pressupõe que todo comportamento tem uma estrutura que o sustenta.
Como é construída essa estrutura? Como é que aprendemos a fazer as coisas? Como é que adquirimos habilidades e hábitos? Como é que desenvolvemos determinadas competências? O que nos leva a níveis excelentes de desempenho em algumas atividades e nos mantém em níveis medíocres em outras?
Estudando essas questões, os professores Richard Bandler e John Grinder, o primeiro um psicoterapeuta com estudos avançados em informática e o segundo professor de lingüística, ambos trabalhando na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, desenvolveram um interessante método de estudo e desenvolvimento das habilidades humanas. Eles estudaram a forma de atuar de alguns profissionais muito competentes, extremamente hábeis no que faziam, e descobriram que havia um padrão nesses comportamentos que podia ser mapeado. Chamaram a esse aprendizado de Modelagem, e a partir da descrição desse modelo criaram a PNL, sigla da disciplina hoje conhecida como Programação Neurolinguística.(1)
Nesse sentido, o que eles fizeram foi transformar uma tendência apresentada por algumas pessoas – o chamado comportamento positivo – que antes era tratada apenas empiricamente, numa interessante forma de investigar como os comportamentos eficientes são gerados, e melhor que isso, ensinar ás pessoas como fazer isso conscientemente e com regularidade.
Ainda com fulcro nas descobertas realizadas em seus estudos junto a esses profissionais, Bandler e Grinder verificaram que a mente humana é capaz de registrar a totalidade das informações recebidas pelos sentidos, mas só utiliza uma pequena parte delas para formatar o conhecimento que temos do mundo. Isso quer dizer que a totalidade da informação fica registrada na mente inconsciente, mas apenas uma parte dela é transmitida á mente consciente, ou seja, a parte que é compreendida, or-ganizada e filtrada pelo crivo da razão.
Isso significa que grande parcela da informação que os sentidos enviam ao cérebro é suprimida. Em virtude sisso, há sempre uma defasagem entre o mundo real e o que pensamos a respeito dele. Essa defasagem ocorre em razão da incapacidade que a nossa linguagem tem para representar para nós mesmos a experiência, tal qual ela ocorre na realidade.
• Uma das razões dessa defasagem é o fato de que a nossa mente inconsciente trabalha com a linguagem dos símbolos naturais, enquanto a mente consciente se utiliza de símbolos artificiais, criados por ela para representar nossos conteúdos mentais. Claro está que a linguagem humana não tem símbolos gráficos suficientes, nem em quantidade, nem em qualidade, para demonstrar esse conteúdo. Ela se limita a um alfabeto de letras, sinais e números, que nem de longe consegue representar a totalidade de realidades existentes no universo. Por isso, Shakespeare, em uma de suas mais famosas obras, diz que “há mais coisas entre o céu e a terra que supõe a nossa vã filosofia e o fisósofo Wittgeisten afirmou que os limites do mundo são os limites da nossa linguagem.(2)
A partir dessa descoberta, eles deduziram que a mente humana funciona como se fosse uma espécie de biocomputador, que é programado pelos resumos que ela faz das experiências vividas pelo organismo. Esses resumos são semelhantes a pro-gramas de computador, ou seja, são “mapas” que ela elabora para orientar as respostas que damos ao mundo. Isso que dizer que a mente recebe a informação completa, mas só utiliza uma parte dela para desenhar o seu “mapa” de sabedoria. Dai o famoso axioma de Korzibsky: “o mapa não é o território.” (3)
A partir desse pressuposto, podemos inferir que o conhecimento racional que temos do mundo nunca é completo porque a mente consciente omite partes importantes da informação quando ela é processada e transformada em conhecimento.
Deduz-se, portanto, que para tornar o nosso “mapa” do mundo mais real e completo, precisamos ampliar a nossa visão, a nossa audição e nosso sentimento do mundo, que é o mesmo que melhorar a nossa capacidade de recepção de informações; ao mesmo tempo temos que aprender a recuperar as parcelas perdidas da informação, através do enriquecimento dos nossos modelos lingüísticos. Por isso a PNL desenvolveu fórmulas lingüísticas apropriadas, que se destinam a recompor as omis-sões, as generalizações e os cancelamentos que a mente faz quando ela transpõe para a mente racional a informação recebida pelos sentidos. Daí o nome dado á disciplina: Programação Neurolinguística. (4)
Isso tudo implica numa melhor utilização dos nossos sentidos externos e internos, os primeiros para aprender a captar a informação com qualidade e os segundos para representá-la em nossas mentes com bastante acuidade.
A idéia que está embutida nesse processo sugere que se soubermos trabalhar adequadamente as informações que a mente recebe, poderemos modificar a nossa forma de ver o mundo e formatar “programas” capazes de nos dar respostas mais compatíveis com as situações que vivemos no mundo real. Então poderemos aprender mais e executar melhor as habilidades que nos são ensinadas, o que significa uma aprendizagem mais eficiente; poderemos também nos comunicar melhor com as pessoas, pois teremos adquirido a competência de viajar com maior conhecimento dentro do “mapa interno” delas; e finalmente seremos capazes de viver com mais qualidade as nossas próprias vidas, porque então teremos adquirido as ferramentas necessá-rias para desenvolver estratégias mais adequadas para enfrentar os problemas que a ela nos coloca.(5)
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1-Bandler e Grinder- A Estrutura da Magia- Summus Editorial, 1976
2-Wittgeisten, Ludwig – Investigações Filosóficas – Ed. Nova Cultural- 1999.
3-fred Korzibsky (1933- 1994), foi um famoso lingüista que estudou o descompasso existente entre a chamada linguagem de profundidade (o que a mente de fato registra) e a linguagem de superfície (o que ela traduz em comunicação). O seu famoso postulado “o mapa não é o território” quer dizer, na verdade, que o que sabemos do mundo é muito pouco do que realmente ele é.
4-Pgramação porque trabalha com modelos fornecidos pela Informática. Neuro porque se refere á atividade neural e lingüística porque se relaciona com a linguagem humana
Bandler e Grinder- A Estrutura da Magia- Summus Editorial, 1976
[5 Esse padrão de comportamento positivo já tinha sido intuído por alguns ensaístas e filósofos como Ralph Waldo Emerson e Willian James e descritos por vários autores de livros de auto-ajuda, como Dale Carnegie, Norman Vincent Peale, Napoleon Hill e outros. Bandler e Grinder sistematizaram esse tema, dando a ele um caráter epistemológico. O que era apenas “pensamento positivo” tornou-se a ciência do comportamento eficiente.
DO LIVRO CÓDIGOS DA VIDA- CLUNBE DOS AUTORES-2012
A PNL – Programação Neurolinguística – é um conjunto de técnicas que tem como objetivo a pesquisa sistemática da experiência subjetiva humana, com o propósito de identificar e mapear os processos segundo os quais ela é construída dentro da nossa mente. Isso pressupõe que todo comportamento tem uma estrutura que o sustenta.
Como é construída essa estrutura? Como é que aprendemos a fazer as coisas? Como é que adquirimos habilidades e hábitos? Como é que desenvolvemos determinadas competências? O que nos leva a níveis excelentes de desempenho em algumas atividades e nos mantém em níveis medíocres em outras?
Estudando essas questões, os professores Richard Bandler e John Grinder, o primeiro um psicoterapeuta com estudos avançados em informática e o segundo professor de lingüística, ambos trabalhando na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, desenvolveram um interessante método de estudo e desenvolvimento das habilidades humanas. Eles estudaram a forma de atuar de alguns profissionais muito competentes, extremamente hábeis no que faziam, e descobriram que havia um padrão nesses comportamentos que podia ser mapeado. Chamaram a esse aprendizado de Modelagem, e a partir da descrição desse modelo criaram a PNL, sigla da disciplina hoje conhecida como Programação Neurolinguística.(1)
Nesse sentido, o que eles fizeram foi transformar uma tendência apresentada por algumas pessoas – o chamado comportamento positivo – que antes era tratada apenas empiricamente, numa interessante forma de investigar como os comportamentos eficientes são gerados, e melhor que isso, ensinar ás pessoas como fazer isso conscientemente e com regularidade.
Ainda com fulcro nas descobertas realizadas em seus estudos junto a esses profissionais, Bandler e Grinder verificaram que a mente humana é capaz de registrar a totalidade das informações recebidas pelos sentidos, mas só utiliza uma pequena parte delas para formatar o conhecimento que temos do mundo. Isso quer dizer que a totalidade da informação fica registrada na mente inconsciente, mas apenas uma parte dela é transmitida á mente consciente, ou seja, a parte que é compreendida, or-ganizada e filtrada pelo crivo da razão.
Isso significa que grande parcela da informação que os sentidos enviam ao cérebro é suprimida. Em virtude sisso, há sempre uma defasagem entre o mundo real e o que pensamos a respeito dele. Essa defasagem ocorre em razão da incapacidade que a nossa linguagem tem para representar para nós mesmos a experiência, tal qual ela ocorre na realidade.
• Uma das razões dessa defasagem é o fato de que a nossa mente inconsciente trabalha com a linguagem dos símbolos naturais, enquanto a mente consciente se utiliza de símbolos artificiais, criados por ela para representar nossos conteúdos mentais. Claro está que a linguagem humana não tem símbolos gráficos suficientes, nem em quantidade, nem em qualidade, para demonstrar esse conteúdo. Ela se limita a um alfabeto de letras, sinais e números, que nem de longe consegue representar a totalidade de realidades existentes no universo. Por isso, Shakespeare, em uma de suas mais famosas obras, diz que “há mais coisas entre o céu e a terra que supõe a nossa vã filosofia e o fisósofo Wittgeisten afirmou que os limites do mundo são os limites da nossa linguagem.(2)
A partir dessa descoberta, eles deduziram que a mente humana funciona como se fosse uma espécie de biocomputador, que é programado pelos resumos que ela faz das experiências vividas pelo organismo. Esses resumos são semelhantes a pro-gramas de computador, ou seja, são “mapas” que ela elabora para orientar as respostas que damos ao mundo. Isso que dizer que a mente recebe a informação completa, mas só utiliza uma parte dela para desenhar o seu “mapa” de sabedoria. Dai o famoso axioma de Korzibsky: “o mapa não é o território.” (3)
A partir desse pressuposto, podemos inferir que o conhecimento racional que temos do mundo nunca é completo porque a mente consciente omite partes importantes da informação quando ela é processada e transformada em conhecimento.
Deduz-se, portanto, que para tornar o nosso “mapa” do mundo mais real e completo, precisamos ampliar a nossa visão, a nossa audição e nosso sentimento do mundo, que é o mesmo que melhorar a nossa capacidade de recepção de informações; ao mesmo tempo temos que aprender a recuperar as parcelas perdidas da informação, através do enriquecimento dos nossos modelos lingüísticos. Por isso a PNL desenvolveu fórmulas lingüísticas apropriadas, que se destinam a recompor as omis-sões, as generalizações e os cancelamentos que a mente faz quando ela transpõe para a mente racional a informação recebida pelos sentidos. Daí o nome dado á disciplina: Programação Neurolinguística. (4)
Isso tudo implica numa melhor utilização dos nossos sentidos externos e internos, os primeiros para aprender a captar a informação com qualidade e os segundos para representá-la em nossas mentes com bastante acuidade.
A idéia que está embutida nesse processo sugere que se soubermos trabalhar adequadamente as informações que a mente recebe, poderemos modificar a nossa forma de ver o mundo e formatar “programas” capazes de nos dar respostas mais compatíveis com as situações que vivemos no mundo real. Então poderemos aprender mais e executar melhor as habilidades que nos são ensinadas, o que significa uma aprendizagem mais eficiente; poderemos também nos comunicar melhor com as pessoas, pois teremos adquirido a competência de viajar com maior conhecimento dentro do “mapa interno” delas; e finalmente seremos capazes de viver com mais qualidade as nossas próprias vidas, porque então teremos adquirido as ferramentas necessá-rias para desenvolver estratégias mais adequadas para enfrentar os problemas que a ela nos coloca.(5)
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1-Bandler e Grinder- A Estrutura da Magia- Summus Editorial, 1976
2-Wittgeisten, Ludwig – Investigações Filosóficas – Ed. Nova Cultural- 1999.
3-fred Korzibsky (1933- 1994), foi um famoso lingüista que estudou o descompasso existente entre a chamada linguagem de profundidade (o que a mente de fato registra) e a linguagem de superfície (o que ela traduz em comunicação). O seu famoso postulado “o mapa não é o território” quer dizer, na verdade, que o que sabemos do mundo é muito pouco do que realmente ele é.
4-Pgramação porque trabalha com modelos fornecidos pela Informática. Neuro porque se refere á atividade neural e lingüística porque se relaciona com a linguagem humana
Bandler e Grinder- A Estrutura da Magia- Summus Editorial, 1976
[5 Esse padrão de comportamento positivo já tinha sido intuído por alguns ensaístas e filósofos como Ralph Waldo Emerson e Willian James e descritos por vários autores de livros de auto-ajuda, como Dale Carnegie, Norman Vincent Peale, Napoleon Hill e outros. Bandler e Grinder sistematizaram esse tema, dando a ele um caráter epistemológico. O que era apenas “pensamento positivo” tornou-se a ciência do comportamento eficiente.
DO LIVRO CÓDIGOS DA VIDA- CLUNBE DOS AUTORES-2012